O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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quinta-feira, 10 de março de 2011

Ministro do TCU desmente Estadão

Fonte: Nassif online

Infelizmente os jornalistas Rui Nogueira, diretor da sucursal do Estado em Brasilia, e Ricardo Gandour, diretor de conteúdo, transformaram-se em assassinos de reputação de colegas. Uma pena.

Qualquer jornalista iniciante sabe distinguir relatório inicial do TCU - que depende da opinião individual de um auditor - de julgamento final., no qual todas as partes são ouvidas e a decisão é dos ministros do tribunal. Durante a campanha, uma das "denúncias" contra Dilma Rousseff - encampada pelo próprio Estadão - foi um relatório preliminar que foi derrubado no julgamento final do Tribunal de Contas do Estado.

No ano passado transformaram em "denúncia" a mera presença do filho do Franklin na inauguração da TV Brasil em São Paulo.

Não sei onde Gandour e Nogueira pretendem chegar com esse estilo. A tradição do Estadão nunca foi essa, de uso de denúncias falsas ou incompletas como vendetta pessoal. O respeito pelos fatos e por pessoas transformou o Estadão em um jornal respeitado inclusive pelos adversários. Onde se pretende chegar com esse jogo? 

Da série recordar é viver: "A que ponto chegamos?"

Nota do QTML?: O texto abaixo já é bem antigo, mas, por se encaixar perfeitamente na proposta deste blog, me foi sugerido recentemente por Appólo Natali, jornalista. O texto é do escritor Rubem Alves, atualmente professor da Unicamp. Vale leitura e reflexão.

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A que ponto chegamos?

Por Rubem Alves*

“Vejam só a que ponto chegamos. Agora ele está querendo ser presidente. Não se enxerga? A começar pelos ancestrais, que não são coisa que se recomende. Há fortes boatos de descender de uma mulher de costumes frouxos e suscetível a amores proibidos. O pai, ao que parece,não conseguiu se fixar em emprego algum e alguns chegam mesmo a descrevê-lo como tendo alma de vagabundo. É certo que não seria nunca escolhido como operário padrão.E que dizer do lugar onde nasceu? Estado dos mais atrasados, sotaque típico, crescido em meio à rudeza dos que não se refinaram para as lides públicas. Podem imaginar o seu comportamento num banquete? Seria vergonhoso, cotovelos sobre a mesa, empurrando a comida com o dedão, falando de boca cheia. Seria um vexame nacional. Acresce o fato de não haver nem mesmo terminado o curso primário, sua educação formal se restrigindo a ler, escrever e fazer as quatro operações. Como trabalhador braçal, excelente. Na verdade, ali é o seu lugar. Como acontece com as pessoas que trabalham muito com o corpo e pouco com a cabeça, seu corpo se desenvolveu de forma invejável.Testemunhas oculares relatam mesmo que, em certa ocasião,não vacilou em se valer dos seus músculos para dobrar um grupo de adversários.

Mas, o que assusta mesmo, é o seu radicalismo em relação às questões do trabalho, especialmente no campo. Pois não é da iniciativa e do capital dos patrões que vêm a riqueza do país? E agora este matuto quer colocar o carro na frente dos bois. Se sua política agrária for colocada em prática é certo que vamos ter uma convulsão social no País. O nosso sistema de produção vai se desmantelar, com imprevisíveis conseqüências sociais. No final, parece que os empregados tomarão conta de tudo e ao patrões não resta outra alternativa que deixar o País. “Love it or leave it”.

A COLCHA DE RETALHOS DA REFORMA POLÍTICA

A COLCHA DE RETALHOS DA REFORMA POLÍTICA


Laerte Braga


Weber afirmou que os partidos políticos “são uma associação que visa a um fim deliberado, seja ele objetivo como a realização de um plano com intuitos materiais ou ideais, seja pessoal, isto é destinado a obter benefícios, poder e conseqüentemente glórias para o chefe e sequazes, ou então voltado para todos esses objetivos conjuntamente”.

Maurice Duverger considera que os sindicatos são fontes geradoras de partidos políticos, tanto quanto as “sociedades de pensamento, as igrejas, as associações de antigos combatentes”. “Devem ser citadas como organismos externos capazes de gerar partidos políticos”.

Há os que consideram os partidos políticos como partes – dentro da própria expressão partido – de uma sociedade, nação, voltada para a conquista do poder, a disseminação de idéias, dentro ou não do jogo político institucional, do modelo desenhado por essa sociedade ou nação, que, historicamente é dinâmico, do contrário não tem sentido. Não é uma regra geral e nem pode ser, pois os Estados Unidos têm dois partidos nacionais – Democratas e Republicanos – e ambos são conservadores, cabe melhor a expressão reacionários, à medida que aprisionados dentro de um sistema que se mantém em qualquer circunstância ou governo.

Não há diferenças entre as políticas de Bush e Obama exceto em detalhes e quase sempre detalhes voltados para o público interno, digamos assim.

Mas que merda foi essa, Ziraldo?

Mas que merda foi essa, Ziraldo?


Por Rui Martins (*)

Nem tudo é Carnaval no Brasil pós-Lula, como provou a polêmica levantada pelo bloco com camisetas desenhadas pelo cartunista Ziraldo, mostrando o escritor Monteiro Lobato agarrado numa mulata. Mas Que merda é Essa, ironizava Ziraldo, diante da celeuma provocada pelo Conselho Nacional de Educação ao considerar impróprio para a criançada, por racismo, o livro Caçadas de Pedrinho, do consagrado autor do Sítio do Picapau Amarelo, paulista de Taubaté.

Com sua costumeira irreverência, Ziraldo quis por um fim na polêmica « Lobato era racista ? » mas sua brincadeira teve o efeito de merda jogada no ventilador, e o próprio Ziraldo, nesta quarta-feira de cinzas deve estar sorrindo amarelo. Sua explicação de racismo com ódio e racismo sem ódio não convenceu e foi interpretada como conversa de quem é racista enrustido.

Na verdade, Ziraldo nisso não é exceção. A maioria da sociedade brasileira é racista enrustida, o que o jornalista Dojival Vieira, da comunidade negra Afrokut, define como « racismo bonzinho » na versão ipanemense de Ziraldo. Se o racismo bonzinho brasileiro não deu origem à criação de um Klu Klux Klan brazuca, como lamentava Monteiro Lobato, em sua correspondência revelada pela escritora negra Ana Maria Gonçalves, se manifesta numa sociedade de pessoas cor-de-rosa e pessoas marrom, como bem retrata o livro O Menino Marrom, do próprio Ziraldo.



A viúva que amamos


A viúva que amamos

Por Urariano Mota (*)

 

Recife (PE) - De Raquel deve ser dito que se não fosse ela, todos que fomos à sua casa poderíamos hoje estar mortos. Ela, viúva, louca e desfrutável para os nossos corações, somente para os nossos corações de esperança e mais nada, doou a sua granja para encontros clandestinos da organização Ação Popular.

Quanto eram solitários, desertos e secos de tudo aqueles anos. Essa mulher, que foi combustível de nossa imaginação, também cozinhava como uma feiticeira, e produzia umas galinhas caipiras, e temperava um arroz natural, e, achando pouco, gargalhava e sorria conosco, não sei se por um instinto de perversão, de serena crueldade, porque, mais velha que nós, e sendo por natureza, formação e vontade fêmea, devia adivinhar o efeito do seu riso aberto. Nós então sorríamos também, sorríamos muito, sorríamos até de nervoso, mas sorríamos, como quem diz, vamos sorrir, porque talvez amanhã os nossos risos sejam apenas os dentes.

Lembro que a conheci duas vezes. Na primeira, ela foi apresentada por Tonhão, o negro mais alto e irresponsável que os nossos olhos já viram. Tonhão, de batismo Antonio Agostinho, era um homem bom, sei agora. Sei porque só a generosidade poderia apresentar a pessoa amorável de Raquel. Claro, nisso havia também exibicionismo, para nos mostrar a mulher que ele poderia ter. O futuro do pretérito então era um remoto futuro do presente.



AFINIDADE COM GADDAFI REVELA O LADO 'MONSTRO' DOS 'MÉDICOS' LIBERAIS

Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia


Está devastadora a coluna desta 5ª feira do Clóvis Rossi, Liberais só com a vida alheia, sobre a saia justa em que ficaram dois dos papas do pensamento econômico burguês, em função de sua promiscuidade com a ditadura Gaddafi.

Sobre Anthony Giddens, que formulou e difundiu o conceito de "terceira via" (opção ao viés estatizante da velha social-democracia e ao liberalismo econômico impiedoso), Rossi constata:
"Giddens (...) queria menos intervenção do Estado na economia, o que se tornou, de resto, o pensamento hegemônico no planeta. Mas tolerava, ao dialogar com Gaddafi, a pior forma de intervenção do Estado, que é a de decidir quem vive e quem morre, quem é torturado e quem é banido".
O colunista não foi menos contundente com Howard Davies, bom parceiro de Gaddafi quando dirigia a London School of Economics:

Comissão da Verdade é imperiosa

Por Mair Pena Neto*

Em uma quarta-feira de cinzas em que a gente acorda não esperando nada mais do dia além da apuração do resultado das escolas de samba no Rio, apareceu nos jornais documento das Forças Armadas, enviado ao ministro da Defesa Nelson Jobim, com críticas à instalação da Comissão Nacional da Verdade, destinada a esclarecer os crimes cometidos na ditadura militar.

A comissão parece irreversível e o documento seria apenas a queixa natural do setor mais envolvido com as atrocidades cometidas durante os 25 anos do regime de exceção, mas merece observação pelos argumentos levantados pelos militares, que, mais do que evitar, justificam o esclarecimento da verdade sobre esse período trágico da história brasileira.

Os militares argumentam que a instalação da comissão “provocará tensões e sérias desavenças ao trazer fatos superados à nova discussão”. Que tensões e desavenças surgirão do debate é natural. O tema é delicado e dolorido para ser tratado com indiferença ou restrito aos debates do Congresso sem o envolvimento da sociedade. É até bom que assim seja para que a questão seja encarada de frente e resolvida de uma vez por todas, de acordo com os resultados e suas conseqüências.

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