Conselho Federal de Psicologia considera kit feito pelo MEC, adequado à faixa etária de alunos que o utilizarão.
Um material elaborado pelo Ministério da Educação para combater a homofobia nas escolas gerou polêmica no fim do ano passado. Mesmo sem data para chegar aos colégios de ensino médio do País, o kit – formado por vídeos, guia de orientação para o professor e cartilhas – foi criticado em apresentação prévia na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Agora, o Conselho Federal de Psicologia entrou na discussão em defesa do material.
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Nesta segunda-feira, o conselho publicou um parecer favorável ao kit do Projeto Escola sem Homofobia. Uma comissão de psicólogos e especialistas se debruçou sobre o material para avaliar a qualidade técnica, didática e pedagógica dos vídeos e textos e a adequação do conteúdo à faixa etária do público que o receberá. A previsão é de que 6 mil colégios tenham acesso ao material este ano. Para o CFP, os filmes e livretos que abordam conflitos de adolescentes em relação à sexualidade têm linguagem correta para os alunos que serão alvos do projeto e trata de forma cuidadosa os temas.
“Representa material de vanguarda, pois são instrumentos de capacitação e formação continuada para o próprio professor. O kit reforça a atenção e cuidado com os temas transversais da educação nas relações de ensino-aprendizagem, como no caso do respeito à diversidade sexual”, diz o relatório. A entidade diz que faz parte do compromisso profissional de qualquer psicólogo contribuir para reflexões sobre preconceito e o fim de discriminações sexuais.
O texto de cinco páginas começa justificando a importância da discussão do tema nas escolas, que têm a responsabilidade de formar cidadãos éticos e que respeitem as diferenças, segundo os psicólogos. “A discussão principal sobre o tema refere-se à necessidade de tratar preconceitos e discriminações que refletem uma violência (verbal, simbólica) reverberando nos espaços de convivência escolar”, afirma o texto.