O NÓ DOS MÉDICOS FORMADOS EM CUBA
Laerte Braga
Cidadãos do Haiti (país ocupado pelos EUA com forças auxiliares dentre as quais brasileiras) preferem fazer longas filas diante dos hospitais de campanha montados pelos médicos cubanos logo após o terremoto que devastou o país, que enfrentar o risco dos médicos norte-americanos ou brasileiros.
O risco de médicos brasileiros e norte-americanos não diz respeito à competência, falo da barbárie instalada no país, seja pelo terremoto, é anterior a ele, seja pelas forças de ocupação. Não estão nem aí para a epidemia de cólera, o problema é outro, dentre eles, petróleo.
Cuba não integra o esquema decidido pela OEA – Organização dos Estados Americanos – e está lá por pura solidariedade.
Os médicos norte-americanos, todos formados em portentosas universidades, receberam ordens do comando militar dos EUA proibindo-os de recorrer aos cubanos. Se o paciente vai morrer, paciência; é um sacrifício em prol da “democracia”. Para os cubanos é uma vida que deve ser salva.