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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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sábado, 1 de janeiro de 2011

Carta à Presidenta Dilma Rousseff


Por Idelber Avelar* 

Que história, hein Dilma? Parecida com a de Lula em muitos aspectos, ela é singular em tantos outros. Quando, ainda no Estadual, você optou pela resistência à ditadura, não estava claro para ninguém que a derrota seria tão amarga. Não podia estar, não importa o que digam os profetas do acontecido. Garota de classe média, você tinha todas as condições de atravessar a ditadura como uma jovem conformista, ouvindo seu Dom e Ravel, seus Beatles, seu Caetano, ou mesmo seu Chico Buarque ou Geraldo Vandré. Todos sabemos que o conteúdo da cultura consumida não diz nada, por si só, sobre a ética ou a política de quem a consome. Você poderia ter feito isso, mas escolheu lutar. Isso não mudaria nunca em você, ainda que os métodos de luta variassem ao longo do tempo, como deve ser o caso, aliás, em qualquer luta inteligente.

Tantos fizeram autocríticas fáceis e autocomplacentes daquele período, não é mesmo? Sabe, Dilma, o grande escritor argentino Ricardo Piglia criou a personagem perfeita para definir essa turma do arrependimento confortável. Está num lindo livro intitulado A cidade ausente. A personagem se chama Julia Gandini, e é vítima de uma lobotomia virtual que lhe impõe um discurso automortificante, cheio de certezas acerca de quão erradas estavam as certezas passadas. Nesse discurso autocomplacente, platitudes sobre a violência mascaram o fato de que a ditadura foi a grande responsável pelas atrocidades. Julia Gandini repete como um papagaio a lição da boa menina arrependida, prestando esse enorme desserviço à educação das novas gerações, levando-as a crer numa falsa simetria entre verdugos e vítimas. Qualquer semelhança com o discurso de certo deputado verde não é mera coincidência, não é, Dilma?


A Aliança Contra o Santo Ofício

De esquerda para direita e de cima para baixo: Rui Martins, Eduardo Suplicy, Fred Vargas, Maria Luiza Fontenelle, Tarso Genro, Celso Lugaretti

Carlos A. Lungarzo

Anistia Internacional


Ninguém pode ter certeza sobre conjeturas contra-factuais, mas todos sabemos que a demorada justiça que se fez com Cesare Battisti (e que ainda não está completa) teria sido impossível sem a pressão exercida por diversas pessoas e grupos. Quero fazer uma breve resenha daqueles que foram mais importantes, especialmente em território brasileiro. Entretanto, dado o enorme número dos militantes ativos, é provável que não me possa lembrar de todos, inclusive de alguns muito importantes. A eles, peço humildemente desculpas, mas lembro que a Secretaria Especial de Direitos Humanos tem um documento que eu entreguei no mês de setembro, no qual há quase 4 mil nomes, entre os quais estão os deles.

Movimentos de Direitos Humanos
As ONGs brasileiras de direitos humanos tiveram uma imediata reação a favor de Battisti. Em abril de 2007, o Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos se pro­nunciou vigo­rosamente pela liberdade do detento, e organizou uma visita à prisão junto com a Comissão de Direitos Humanos da Câ­mara de Deputados.
Uma campanha poderosa e precoce contra a prisão de Cesare veio do Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM), fundado em 1985 por antigos presos da ditadura e familiares dos mortos e desaparecidos. Em fevereiro de 2009, o Grupo difundiu um comunicado apoiando a decisão do ministro da Justiça Tarso Genro, exigindo a imediata liberdade do prisioneiro e a extinção do processo de extradição. O grupo denunciou o clima de maniqueísmo criado pela imprensa, com uma expressão irretocável: “lógica fascista, histérica e, mesmo, terrorista”. O ministro Genro foi reivindicado, como um cidadão que “teve a honradez e a ética de cumprir na prática a Conven­ção Relativa ao Estatuto dos Refugiados da ONU de 1951 e o Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados da ONU de 1967, dos quais o Brasil é signatário”.

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