O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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Peço que, quem queira continuar acompanhando o meu trabalho, siga o novo blog.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ativista de Direitos Humanos é morto no Tocantins


Foi assassinado neste domingo (27) em Gurupi, no Estado do Tocantins, Sebastião Bezerra da Silva, coordenador do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia (TO) e secretário do Regional Centro-Oeste do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).

O corpo de Sebastião, que tinha 40 anos, foi encontrado na madrugada desta segunda (28) na Fazenda Caridade, em Dueré, sul do Estado. Ele estava desaparecido desde o sábado. As primeiras informações indicam que Sebastião Bezerra da Silva foi torturado antes de ser morto e que houve uma tentativa de enterrá-lo de forma apressada.

A polícia local trabalha com a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, já que o carro e todos os documentos foram levados. O Movimento Nacional de Direitos Humanos espera mais informações antes de se pronunciar oficialmente, mas disse estranhar o fato de o corpo apresentar sinais de tortura.

O ativista do MNDH deverá ser sepultado no município de Araguaçu, onde moram seus familiares, assim que o corpo for liberado pelo Instituto Médico Legal (IML). Sebastião era casado e tinha duas filhas.

*Com informações do MNDH

Luci Choinaki – A única deputada federal eleita por Santa Catarina

Salve minha candidata eleita!

Por Raul Longo (*)

Nunca escondi que não entendo de política partidária. Não entendo e não gosto.

Não gosto porque para mim a política só tem sentido como atividade de promoção de evolução de classes sociais e essa se faz, sobretudo, nas ruas, nas comunidades, nas associações populares.

A maioria dos políticos de partidos sobrepõe interesses individuais aos coletivos e dentro dos partidos formam grupos que disputam situações e condições para atender interesses restritos. Muitos, se alguma vez tiveram preocupações coletivas, acabam esquecendo-se do conjunto ao qual se sentiram inseridos nos velhos tempos de militância e quando lembram é com sorriso complacente aos arroubos dos tempos da própria juventude.

Por este parâmetro ainda sou muito jovem e não preciso de lembranças. Sou o presente, me importa o futuro.


EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A PREPARAM ATAQUE A LÍBIA

EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A PREPARAM ATAQUE A LÍBIA


Laerte Braga


O principal executivo do grupo EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A na Europa, David Cameron, responsável pelo extinto Reino Unido a mais importante filial do conglomerado naquele continente declarou que tropas das bases da OTAN ali localizadas podem atacar a Líbia para garantir a “democracia”.

Petróleo mudou de nome.

A secretária Hilary Clinton, integrante do conselho diretor executivo do conglomerado repetiu as declarações de Cameron. É o mesmo jogo jogado por George Bush para anunciar o ataque ao Iraque a partir da mentira das armas químicas e biológicas. Mandou o comunicado ser lido por Tony Blair, então gerente geral do antigo Reino Unido.

PRAGMATISMO DEMAIS ENGORDA E CEGA

PRAGMATISMO DEMAIS ENGORDA E CEGA


Laerte Braga


A maçã nem sempre é um símbolo do “pecado original”. Pode ser só maçã e pronto. Uma das primeiras “xuxas” do Brasil foi George Savalla Gomes, conhecido como CAREQUINHA. Nasceu num circo, literalmente, transformou-se em ídolo do que à época se costumava chamar de “garotada”.

Ele e Fred (seu parceiro), além do programa que apresentavam numa das emissoras de tevê na década de 50, século passado, deitavam-se em shows pelo País, gravavam músicas carnavalescas e numa perspectiva de tempo e espaço terão sido um fenômeno muito maior que Xuxa, à medida que as comunicações não comportavam todo o processo de fabricação de artistas que vemos hoje.

Marlene Matos era assessora do circo e deve ter aprendido ali a possibilidade de fabricar uma fada vazia e insossa. Sou mais Luísa Brunet.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mexida no tabuleiro internacional


Mexida no tabuleiro internacional


Por Mario Augusto Jakobskind (*)

O foco agora é a Líbia, governada por quase 42 anos por Muammar Khadafi, o dirigente árabe que passou a ser aceito pelo Ocidente a partir de 2003, quando decidiu fazer uma série de concessões, inclusive deixando de lado o programa nuclear. O ditador, homem forte, ou seja lá que denominação tenha, caiu nas graças dos Estados Unidos e da Europa. Afinal, o general petróleo pesa muito na balança.

De concessão em concessão, Kadhafi em 2006 abriu as portas da Líbia ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial adotando programas econômicos de austeridade em que o povo é sempre a principal vítima. As vozes roucas das ruas já se faziam sentir, mas o homem forte líbio/ditador se lixava.

Khadafi, hoje amigão do italiano Silvio Berlusconi, com quem firmou acordos petrolíferos de milhões de euros em 2008, chegou até a receber a visita da então Secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice. O dirigente líbio abriu o tapete vermelho para saudá-la. Esta, lépida e faceira, disse sorrindo que as relações estadunidenses-líbias entravam em uma nova etapa.



O mundo vai mudar

O mundo vai mudar


Por Rui Martins (*)

Vivemos um momento histórico. O vento da revolução sopra nos países árabes, cujas ditaduras ou regimes de partido único, dirigidos pelos que, no Ocidente se chamavam senhores feudais, vão ser substituídos por regimes pluripartidários e democráticos.

Os EUA e a Europa se posicionam e condenam tardiamente os ditadores, como se, de repente, descobrissem a necessidade de se respeitar os direitos humanos. Mas, nem todos somos de memória curta. Ainda há pouco, todos se banqueteavam com os ditadores, vendiam-lhes armas e os recebiam com tapete vermelho, submetendo-se aos seus caprichos.

A desculpa era a ameaça dos fanáticos islamitas. Não queriam que a institucionalização da democracia tivesse o mesmo resultado das eleições na Argélia, há cerca de vinte anos, quando os islamitas mostraram sua força e poderiam instalar um regime teocrático ao lado da Europa.



O Berlusconi da floresta - "Essa coisa"

O Berlusconi da floresta - "Essa coisa"

Por José Ribamar Bessa Freire (*)

Eles são dois irmãos siameses, embora nascidos com três anos de diferença a quase dez mil quilômetros de distância. Olhando os dois, de perto, um ao lado do outro, podemos afirmar o que disse dona Rhea Silvia vendo seus dois filhos gêmeos Rômulo e Remo mamando na loba, antes da fundação de Roma: Facies Uni, Culus Alteri. O que significa, em bom português, na tradução simultânea feita pelo professor Agenorum: a cara de um é o fiofó do outro.

A IDENTIDADE OBAMA

A IDENTIDADE OBAMA


Laerte Braga


O filme IDENTIDADE BOURNE, do diretor Doug Liman, lançado em 2002 e que acabou virando uma trilogia (SUPREMACIA BOURNE e ULTIMATO BOURNE), conta a história de um projeto terrorista montado pelos serviços de inteligência dos EUA para eliminar governantes e figuras hostis aos interesses do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Jason Bourne, interpretado pelo ator Matt Dammon é considerado uma “arma” fluente em vários idiomas, conhecedor de técnicas de combate e que cumpre “missões” mundo afora. Recrutado nas forças armadas do conglomerado é treinado e transformado em Jason ao custo de 39 milhões de dólares para os acionistas. Seu nome real e seu passado desaparecem, vira apenas a arma de 39 milhões de dólares.

Num dado momento foge do controle – quando aborta uma das missões, assassinar um líder africano – e passa a ser perseguido por seus criadores. Vira um perigo em potencial.

"FOLHA" ADMITE ENTREGA DA DIREÇÃO DA FT A ENTUSIASTAS DA REPRESSÃO

Celso Lungaretti (*)
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Assim a FT noticiou a morte do 'Bacuri', 
preso 108 dias antes e triturado nas torturas.

Suzana Singer, a ombudsman da Folha de S. Paulo, repreende o jornal na coluna deste domingo, por ter transformado a comemoração dos seus 90 anos de existência numa festa imodesta

Eu usaria outro adjetivo para qualificar a imagem maquilada que Calibâ produziu de si mesmo para fins de efeméride, mas ombudsman que não doura a pílula deixa de ter seu mandato renovado pelo herdeirozinho que manda e desmanda...

Sobre o caderno comemorativo, Singer diz algo interessante:
"É verdade que o especial de 90 anos da Folha teve (...) a coragem de explicar o apoio do jornal ao golpe militar e o alinhamento da Folha da Tarde à repressão contra a luta armada. Trouxe também críticas duras feitas pelos ex-ombudsmans. Mas foram apenas notas dissonantes [grifo meu]".

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

OS JOVENS NORTE-AMERICANOS - MADISON, WISCONSIN

OS JOVENS NORTE-AMERICANOS – MADISON, WISCONSIN


Laerte Braga


O diretor Michael Moore decidiu abrir um JORNAL ESCOLAR com o intuito de publicar tudo o que os jovens norte-americanos escrevem para os jornais e blogs de suas escolas e a censura não permite que seja publicado. Michael Moore é uma versão norte-americana do brasileiro Sílvio Tendler, um dos nossos maiores diretores de cinema.

Há cerca de uma semana atrás, na série CRIMINAL MINDS, um dos agentes especiais do FBI referindo-se ao modus operandi de um criminoso disse o seguinte – “ele age como os iranianos agem” –.

Em setembro de 2010 os norte-americanos executaram com uma injeção letal Teresa Lewis, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido. A execução aconteceu em meio a protestos de organizações nacionais e internacionais de direitos humanos. De declarações de juristas e médicos em todo o mundo. Teresa Lewis era incapaz mentalmente. O fato estava documentado no processo.

Mas... Enfim, democracia cristã e ocidental é assim, a lei acima de tudo...


Sem oposição, sem remédio

Eles dão as mãos e o povo fica a ver navios
Quando o governador e o prefeito eram outros, e faziam oposição entre si, as coisas funcionavam. A partir do momento em que o Palácio Laranjeiras se aliou à Prefeitura do Rio, tudo desandou.

Por Ana Helena Tavares (*)

Anteontem, quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011, acompanhei minha mãe à Defensoria Pública para entregar um documento que comprova que os postos de distribuição alegam não ter o medicamento Anastrozol, que deveria ser fornecido gratuitamente a ela e a outras pessoas para o tratamento do câncer de mama. Chegando lá, me deparei com o sofrimento de muitos outros cidadãos que têm seus direitos essenciais negados por razões das mais diversas.

Só para fazermos a entrega do tal documento, tivemos que esperar mais de duas horas. Imaginem casos mais complicados, como as varas de família – maioria lá. O povo mofa esperando e muitos passam mal, pois chegam lá cedo, não conseguem fazer refeições adequadas e ainda se desidratam com o forte calor.

Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, e Eduardo Paes, prefeito da capital, são mais odiados por aquelas pessoas do que Judas em quarta-feira de cinzas. Mas todos lá estão tão desiludidos que acabam incluindo as três esferas no mesmo saco.

Uma senhora, chamada Arlete Colis, me contou em detalhes sua triste história de luta por seus direitos. Clique aqui para ouvir o indignado desabafo dela.

Aposentada por invalidez, necessita de dois medicamentos básicos. Nenhum deles, nem mesmo o mais barato, ela consegue receber gratuitamente. Chegou a contar que, certa vez, lhe indicaram que ela fosse a uma favela, onde haveria um local em que ela conseguiria seus remédios. Ela foi, sofreu um assalto na porta e não conseguiu o que buscava.

Cobrou “solução pra ontem e vergonha na cara”, em especial do "Seu" Sérgio Cabral. Falava dele com tal raiva que apontava para o gravador como que querendo que ele estivesse em sua frente. Sorte dele que não estava, porque, certamente, levaria umas boas bolsadas e não seria só dela. Logo ele que fez fama por "defender" os idosos...

Com toda a razão, Colis reclamou do atendimento na Defensoria.

Estagiários atolados de serviço e completamente tontos em meio a tanta gente, chegam à beira do desespero e não dão conta de toda a demanda. Além disso, a maioria das pessoas é atendida em pé, no próprio salão. Os estagiários escrevem com uma prancheta na mão e, desta maneira, os problemas de cada um ficam expostos para todos. Os defensores, ditos públicos, ficam confortavelmente instalados em seus gabinetes privados e, como pude comprovar, os cidadãos que eles defendem não sabem nem o nome deles.

No que diz respeito à área de saúde, o Município e o Estado recebem verba do Governo Federal para comprar remédios como o de minha mãe e muitos outros, desde hipertensão à diabetes. Tais medicamentos devem ser repassados gratuitamente a quem necessita. No caso de minha mãe, como não está havendo o repasse, a verba destinada à compra do remédio deverá ser cortada e o dinheiro entregue diretamente a ela.

Segundo um homem, que não quis se identificar, quando o governador e o prefeito eram outros, e faziam oposição entre si, as coisas funcionavam. A partir do momento em que o Palácio Laranjeiras se aliou à Prefeitura do Rio, tudo desandou.

Tem lógica. Não que os governantes anteriores fossem melhores – não eram –, mas é óbvio que, quando as esferas municipal, estadual e também a federal não trocavam sorrisos mútuos, se uma pisasse na bola e não distribuísse um determinado remédio, a outra tratava de fazê-lo para mostrar serviço.

Vai daí que é sempre sadio haver oposição organizada, pois evita acomodamentos. Não tê-la não é saudável em lugar nenhum do mundo, como provam os países árabes que padecem da falta dela.

*Ana Helena Tavares, jornalista, escritora e poeta eternamente aprendiz. Editora-chefe do blog "Quem tem medo do Lula?"

OAB pede que Dilma investigue crimes da ditadura

Presidente da OAB
do MídiaMaxNews
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, enviou nesta quinta-feira (24) ofício à presidente Dilma Rousseff em que cobra a apuração dos crimes cometidos por agentes públicos durante a ditadura militar (1964-1985). A entidade pede ainda a “identificação e entrega dos restos mortais dos desaparecidos aos familiares e a instituição da Comissão Nacional da Verdade”.
Na documento enviado à presidente, a entidade cobra o cumprimento integral da decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) que condenou o Brasil por não punir os responsáveis pelo desaparecimento de 62 pessoas, entre 1972 e 1974, na região do Araguaia, entre Tocantins e Pará. Na região, militantes de esquerda promoveram uma guerrilha contra o regime militar.



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A EXTRADIÇÃO DE JULIAN ASSANGE - OS DISCURSOS DE OBAMA

A EXTRADIÇÃO DE JULIAN ASSANGE – OS DISCURSOS DE OBAMA

Laerte Braga

O governo líbio de Muammar Gaddafi tem cerca de 32 bilhões de dólares depositados em bancos norte-americanos e distribuídos em contas de até 500 milhões de dólares. Tem investimentos em Londres, tudo reflexo de um acordo feito há alguns anos atrás entre o chefe da Autoridade Líbia e o embaixador dos EUA em Trípoli. O fato está em documentos oficiais norte-americanos revelados pelo site WIKILEAKS.

O juiz britânico Howard Riddle disse na quinta-feira, dia 24 de fevereiro, que Julian Assange, criador do site – WIKILEAKS – pode ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Segundo o juiz os crimes imputados a Assange são passíveis de extradição “e não há nenhum motivo para acreditar que houve qualquer erro no mandado internacional de prisão expedido pela Suécia”.

A Europa Ocidental hoje vive uma situação complicada. Países como a Grã Bretanha, Itália, Suécia, Bélgica, França e outros são meras colônias do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, através da subsidiária OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE –.

SEM A MÍNIMA COERÊNCIA

Celso Lungaretti (*)



O salário-mínimo foi instituído em 1940 por Getúlio Vargas para garantir a uma família-padrão de quatro pessoas (o casal e dois filhos) o suficiente para sua subsistência, com alguma sobra.

A Constituição de 1988 reafirmou que o mínimo deve atender às necessidades do trabalhador e sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SALADA MISTA COM MOLHO DE GENTE PICADINHA

SALADA MISTA COM MOLHO DE GENTE PICADINHA


Laerte Braga


Eu não sei o que Dilma (também não sei se permanece Roussef, ou já virou Serra ou Neves) foi fazer na festa do jornal FOLHA DE SÃO PAULO. Mas sei com certeza que as centenas de corpos de presos políticos assassinados pela ditadura militar e desovados pelos caminhões da FOLHA para que os militares pudessem simular atropelamentos, assaltos, etc, foram pisoteados, picados e servidos no cinismo da presidente.

“Venho aqui como presidente, está aqui a presidência da República”. A frase de Dilma é típica de uma vingança infantil (o que a desqualifica para o cargo que ocupa, mostra-se um conto do vigário eleitoral aplicado a Lula e aos brasileiros que nela votaram). Se é que se trata disso, pode ser apenas e tão somente a capitulação da presidente. O desejo ardente de receber um diploma da baronesa do esquema FIESP/DASLU.

Em toda a história das campanhas políticas desde o fim da ditadura nunca se viu tanta podridão e mentira através da mídia privada como se fez em relação à candidatura Dilma tentando eleger José Arruda Serra. É uma constatação que não é minha, é de vários jornalistas estarrecidos com a presença da presidente na festa de um dos veículos mais venais da mídia privada brasileira, se é que existe algum mais venal.

Todos são.

EXPANDINDO A DISCUSSÃO SOBRE A IMPUNIDADE DOS TORTURADORES

 Celso Lungaretti (*)

Em termos formais, o entendimento do jurista Carlos Weis sobre a condenação que o Brasil sofreu na Corte Interamericana de Direitos Humanos e a posição que deverá tomar face a ela é dos mais consistentes e embasados.

Então, como ponto de partida desta discussão, eu reproduzirei na íntegra seu artigo desta 4ª feira na Folha de S. Paulo:



DECISÃO JUDICIAL: CUMPRA-SE
Carlos Weis (*)
"Dadas suas recentes manifestações, a presidente da República vem indicando ter um compromisso decidido com a realização dos direitos humanos. Mas há um ponto sensível, que precisa ser enfrentado com firmeza: o pleno cumprimento da sentença condenatória proferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cidadãos acima de qualquer suspeita


Autoridades fluminenses não só não apuram as denúncias contra a corrupção e a truculência policial, como os denunciadores passam a ser perseguidos.


Por Mario Augusto Jakobskind (*)

É muito grave a crise na polícia do Rio de Janeiro com a série de denúncias envolvendo cidadãos acima de qualquer suspeita. Há poucas semanas, o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, era só elogio ao recém-exonerado chefe de polícia, Allan Turnowski, indiciado pela Polícia Federal com a acusação que teria vazado informação sobre Operação Guilhotina, que prendeu policiais envolvidos em corrupção. Turnowski se diz inocente, vamos ver. Tudo muito nebuloso.

Todo mundo lembra que nas operações de ocupação da Favela Cruzeiro e Complexo do Alemão Turnowski era apresentado pela mídia de mercado como o “grande policial”. O Governador Sérgio Cabral também tecia elogios ao referido. A série de denúncias sobre ilegalidades cometidas pela polícia, denunciadas por moradores e pela entidade Justiça Global passavam ao largo.



Caso Battisti: Novo Libelo

Caso Battisti: Novo Libelo
Versão Atualizada e corrigida

Carlos A. Lungarzo
AIUSA 9152711
Recentemente, a revista brasileira Carta Capital publicou um conjunto de argumentos contra Cesare Battisti, assinados pelo magistrado Walter F. Maierovitch. A revista publica desde 2008 numerosos textos destinados a acusar Battisti dos supostos crimes que se lhe atribuem na Itália, a reforçar a posição do judiciário italiano e uma parte do judiciário brasileiro, e a denegrir todos aqueles que questionam a culpabilidade do escritor italiano, e/ou a performática vingança que os peninsulares tentam impingir.
Até onde eu pude ver, a maioria desses artigos são altamente redundantes e, embora muitas vezes falem dos autos e das sentenças, nunca tenho visto nenhuma citação concreta dos mesmos, muito menos alguma referência contextual que permita que o leitor verifique se as afirmações dos autores são o não verdadeiras.  Tenho evitado sempre a discussão deste assunto, por entender que o caráter emocional, não fundamentado e tendencioso destes libelos transformaria em objeto respeitável de polêmica um conjunto de mensagens de ódio. Além disso, os ativistas de direitos humanos devem, na minha opinião, tentar desvendar a verdade e não estimular a diatribe alienante. Portanto, um conjunto de afirmações só deve ser discutido quando sua falsidade pode ser demonstrada.

A DESCOBERTA DA PÓLVORA

A DESCOBERTA DA PÓLVORA

Laerte Braga

O que querem os jovens árabes? Ocidentalizar seus países, jogar por terra uma cultura de milênios e instalar em cada esquina uma loja da cadeia MaDonalds substituindo seus valores por um hambúrguer e um monte de suas variedades?

Coca cola, tênis de marca, jeans que soa como liberdade?

Só é possível entender uma revolução contra regimes ditatoriais de figuras abjetas, caso do presidente do Egito o general Hosni Mubarak, ou o da Líbia, o coronel Muamar Gaddafi, o do Iêmen, do Barein, o rei saudita, se houver um propósito definido nessa ânsia de democracia.

Democracia tutelada pelos generais egípcios com Mubarak numa estação de veraneio?

Democracia na definição clássica “é o governo do povo, pelo povo e para o povo”. A intervenção norte-americana (por enquanto através de pressão e controle exercido sobre os militares do Egito) sepulta qualquer chance de democracia.

Aceitar passivamente a política terrorista do governo de Israel, ignorar o drama do povo palestino?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um mundo em rota de colisão com a liberdade

Voar é ser livre? Foto tirada da janela de uma barca com a câmera do celular (Ana Helena Tavares)
Voar é ser livre? Foto tirada da janela de uma barca com a câmera do celular (Ana Helena Tavares)

Um mundo em rota de colisão com a liberdade



Por Ana Helena Tavares* em 20 de Fevereiro de 2011


Rui Barbosa dizia que “um povo cuja fé se petrificou é um povo cuja liberdade se perdeu”. Substituamos o conceito de fé pelo de esperança...

Hoje, quando caminho pelas ruas das grandes cidades, vejo que o bicho homem deixou sua esperança se petrificar e vive preso dentro de sua própria casa. Seja por opção, seja por medo. Pra quê se a vida, por si só, é perigosa? Como viver, em plenitude, sem a coragem que nos cobrava Guimarães Rosa?

Antigamente, costumava haver placas nas portas com a inscrição: "bem-vindo". Agora há placas, espalhadas ao longo de arames eletrizados, onde se lê "perigo"... Foi pra isso que a humanidade "evoluiu"?

E como o passarinho pousará no telhado? E como o vizinho se aventurará a pedir açúcar? E como as crianças terão um sorriso doce?

Por que o trauma tem que vencer a vida? Por que o medo tem que esconder os rostos? Por que o luto tem que tolher a paz?

O mundo árabe vive uma fase de luta por direitos essenciais, o maior deles: a liberdade. Mas, ao redor do planeta, essa palavra – esse conceito, essa utopia – ainda é o objeto de desejo mais caro e mais mal usado.

Tão logo se chega “lá”, tão logo se lambuza com o novo “brinquedo”, de tal forma que ele fica fora de controle. De tal forma que o desejo saciado desorienta.

A pergunta é: será que o homem quer a liberdade?

O embaixador da China sobre o Brasil

''O Brasil precisa melhorar a infraestrutura'"

Do jornal O Estado de S. Paulo*


A escalada de reclamações contra os chineses não passou despercebida pela segunda maior economia do mundo. O governo de Pequim está disposto a reequilibrar o comércio entre as duas nações, mas o embaixador Qiu Xiaoqi tem certeza deque a origem dos problemas de alguns setores da indústria não está do outro lado do mundo.

"As indústrias brasileiras têm de fortalecer sua competitividade econômica e comercial. É preciso investir, melhorar a infraestrutura", afirmou o embaixador da China no Brasil em entrevista exclusiva ao Estado.

pendências que esperam ser resolvidas pelo governo Dilma Rousseff. A principal é o reconhecimento da China como economia de mercado, promessa feita por Lula em 2004 e até hoje não cumprida.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

O governo Dilma Rousseff está fazendo uma reavaliação das relações Brasil-China. Qual é a expectativa de Pequim?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O discurso dos surdos

LIBRAS é a arte de falar com as mãos. Foto: Luciano Magalhães Dinis
O discurso dos surdos

Por José Ribamar Bessa Freire (*)


Ao Jau, que ficou de fora e à Teca, que me colocou por dentro

Eles não sabem o que é a música da chuva no telhado, nunca adormeceram embalados por ela.  Nunca ouviram, na hora da fome, o chiado do bife na frigideira. Desconhecem o latido do cachorro, o miado do gato, a buzina do carro, a voz das pessoas. É que eles não ouvem os sons cotidianos e triviais que os outros ouvem, nem mesmo aquilo que os outros falam. Por isso, muitas vezes, são discriminados e excluídos.
Na luta pela inclusão, eles conquistam, agora, o diploma de professor conferido pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em solenidade realizada nessa segunda-feira, 21 de fevereiro, em Manaus. É a primeira vez, na América Latina, que uma universidade oferece um curso prioritariamente a alunos surdos. A Licenciatura em Letras-Libras, organizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é ministrada para 500 alunos em parceria com oito instituições públicas de ensino superior do Ceará, Bahia, Brasília, Santa Maria (RS), Goiás, São Paulo e Amazonas.  

EUA vetam na ONU projeto que condena colonização israelense e Palestina vai ter que "reavaliar" processo de paz

Reunião da ONU em que os EUA determinaram seu veto
Da AFP*

A Autoridade Palestina vai "reavaliar" o processo das negociações de paz, após o veto americano na ONU ao projeto condenando a colonização israelense, afirmou na noite desta sexta-feira Yasser Abed Rabo, secretário geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

"Vamos reexaminar nossa avaliação de todo o processo de negociação" com os israelenses. "Foi (o veto) uma decisão infeliz e desequilibrada, que afeta a credibilidade da administração americana", disse Abed Rabo, um dos principais negociadores palestinos.

Pouco antes do veto, em um discurso na sede da Autoridade Palestina em Ramallah, o dirigente Mahmud Abbas lembrou que "o povo palestino quer o fim da colonização e da ocupação". "A colonização é inaceitável e ilegal em nossa terra".

Os Estados Unidos vetaram hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas o projeto de resolução árabe que condenava a política de colonização israelense nos territórios palestinos.

Israel, por sua vez, convocou após o veto os palestinos a retomar as negociações sem condições prévias.


Vídeo: a senadora Gleisi Hoffmann mostra as diferenças da era Lula/Dilma para a era FHC

A Herança Maldita de Lula segundo "O Globo"


Analisando uma Matéria Econômica tendenciosa do Jornal “O Globo”


Por Gustavo A. Medeiros (*)

É impressionante como o jornal “O Globo” tenta criar uma suposta herança maldita advinda do governo Lula. Só Freud explica o motivo de os oposicionistas viscerais (e isto inclui a velha grande mídia) tentarem colocar todos os defeitos da era FHC no governo do Presidente Lula, isto quando não conseguem atribuir as conquistas do ex-presidente operário a uma mera continuação da política econômico-social de FHC.

Em uma análise rápida da matéria acima, dá para perceber que sua finalidade é mais uma vez desacreditar o último governo petista. Os gráficos negativos são colocados logo na parte de cima da matéria com curvas vermelhas, que chamam mais atenção, com o título bem sugestivo mais acima: “A Conta que sobrou para Dilma”. A parte escrita também fica em cima e lateralmente à esquerda. Uma aula de manipulação e negativação da notícia. Os gráficos positivos ficam em baixo e em azul, dando menos destaque à parte positiva. Além disso, são colocados 7 gráficos desfavoráveis ao governo anterior contra apenas 4 favoráveis (se quisessem, eles poderiam colocar mais gráficos positivos como a diminuição da desigualdade, o aumento das reservas internacionais etc.). Fora a pequena tabela com 3 linhas desfavoráveis.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um império contra um operário

A mídia, Globo na frente, não dá trégua ao ex-presidente
Por Maurício Dias, na revista "Carta Capital"

Nunca foram boas as relações entre a mídia brasileira e o torneiro mecânico Lula, desde que, nos anos 1970, ele emergiu no comando das jornadas sindicais no ABC paulista, onde estão algumas das empresas do moderno, mas ainda incipiente capitalismo brasileiro. Em consequência, quase natural, o operário não foi recebido com entusiasmo quando, após três fracassos, venceu a disputa para a Presidência da República, em 2002.

Os desentendimentos se sucederam entre o novo governo e o chamado “quarto poder” e culminaram com a crise de 2005 quando televisões, jornais, rádios e revistas viraram porta-vozes da oposição que se esforçava para apear Lula do poder. Inicialmente, com a tentativa de impeachment. Posteriormente, após esse processo que não chegou a se consumar, armou-se um “golpe branco” em forma de pressão para o presidente desistir da reeleição, em 2006.

Lula ganhou e, em 2010, fez o sucessor. No caso, sucessora. Dilma Rousseff sofreu quase todos os tipos de constrangimentos políticos. Ela tomou posse e, no dia seguinte, foi saudada por deselegante manchete do jornal O Globo, do Rio de Janeiro: “Lula elege Dilma e aliados preparam sua volta em 2014”.
A reportagem era um blefe político. Uma “cascata” no jargão jornalístico. O jornal O Globo, núcleo do império da família Marinho, tornou-se a ponta de lança da reação conservadora da mídia e adotou, desde a posse de Lula, um jornalismo de combate onde a maior vítima, como sempre ocorre nesses casos, é o fato. Sem o fato abre-se uma avenida para suspeitas versões.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

OS 71 DIAS QUE ABALARAM O MUNDO: VIVE LA COMMUNE!

Celso Lungaretti (*)

A primeira experiência de tomada de poder pelos trabalhadores na era capitalista, a heróica Comuna de Paris, ocorreu em 1871, de 18 de março a 28 de maio. Está, portanto, completando 140 anos.

Várias atividades marcarão a efeméride. Vocês encontram a programação completa e muitas outras informações no blogue Amigos da Comuna

Para relembrar este episódio histórico de extrema relevância para quem luta por uma sociedade livre, justa e solidária, nada melhor do que os textos de Marx e Engels, lançados logo após a sangrenta repressão desencadeada contra os  communards. Fiz uma síntese:
"Na alvorada de 18 de março de 1871, Paris foi despertada por este grito de trovão: "VIVE LA COMMUNE!"

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Argentina intercepta avião militar dos EUA com armas e drogas

Avião militar estadunidense tentou entrar com carregamento não declarado

Por Horacio Verbitsky*

Pagina 12

O governo da Argentina impediu a entrada de uma "carga sensível" secreta que chegou ao aeroporto internacional de Buenos Aires, em um voo da Força Aérea dos Estados Unidos e sobre cujo emprego não foram oferecidas explicações satisfatórias. A expressão "carga sensível" foi utilizada na segunda-feira passada pela Conselheira de Assuntos Administrativos Dorothy Sarro ao solicitar autorização para que um caminhão com reboque pudesse ingressar na plataforma de operações. O enorme C17, um cargueiro Boeing Globmaster III, maior do que os conhecidos Hércules, chegou na tarde de quinta-feira com um arsenal de armas poderosas para um curso sobre manejo de crise e tomada de reféns oferecido pelo governo dos Estados Unidos ao Grupo Especial de Operações da Polícia Federal (GEOF), que deveria acontecer durante fevereiro e março.

O governo estima que o custo total do transporte e do curso giram em torno de dois milhões de dólares. O curso estava autorizado pelo governo argentino, mas quando a equipe verificou o conteúdo da carga com a lista entregue de antemão, apareceram canhões de metralhadoras, uma carabina e uma estranha mala que não haviam sido incluídas nas declarações. Embora o curso seja destinado às forças policiais argentinas, a carga chegou em um transporte militar e, no aeroporto, foi recebida por funcionários militares e de defesa, os coroneis estadunidenses Edwin Passmore e Mark Alcott. Todas as caixas tinham o selo da 7ª Brigada de Paraquedistas do Exército com sede na Carolina do Norte. Tentaram passar de forma clandestina mil pés cúbicos, equivalentes a um terço da carga que chegou no avião, depois de fazer escalas no Panamá e em Lima.

Empresa britânica vai explorar cabo submarino entre Cuba e Venezuela

Por Jorge Seadi*

A empresa britânica Cable & Wireless Communication vai ser a responsável pela operação e exploração da ligação por fibra ótica entre a Venezuela e Cuba. O cabo submarino já foi colocado no oceano e deve entrar em operação no mês de julho. Segundo a empresa inglesa, o acordo assinado com os governos de Cuba e da Venezuela tem duração de 25 anos.

A Cable % Wireless Communication também será parceira da Jamaica na operação do cabo submarino de fibra ótica, que fará parte da ligação de Cuba com a Venezuela e é de 240 km. Com a ligação até a Jamaica, serão 1.500 km de cabo submarino. Na Venezuela, o cabo entra no país pelo porto de Guaira e na ilha na cidade de Santiago de Cuba. Na Jamaica, o cabo submarino se liga com a rede interna Ochos Rios.

A ligação submarina vai permitir que Cuba tenha acesso à rede de internet internacional com mais rapidez e maior capacidade. Hoje, Cuba só tem acesso à internet através de satélite. O gerente da Cable & Wireless, Tony Rice, afirmou que a empresa vai utilizar o que há de mais moderno e isto “vai permitir um grande desenvolvimento nas comunicações de Cuba.”

Com informações do El Mundo.

Saiba qual foi o acordo para o reajuste do mínimo

Para o Dieese, salário deveria atender todas as necessidades do trabalhador e da família

Do R7*, com Agência Brasil

As negociações entre o governo e as centrais sindicais para um cálculo de reajuste do salário mínimo começaram em 2005, quando foi estipulado o cálculo levando em conta a inflação do ano anterior mais o Produto Interno Bruto de dois anos antes. O acordo tem validade até 2023..

Como resultado da mobilização dos trabalhadores, em 2005, o salário mínimo passou de R$ 260 para R$ 300. Em abril de 2006, subiu para R$ 350 e, um ano depois, para R$ 380. Em março de 2008, o salário mínimo foi a R$ 415; em fevereiro de 2009, para R$ 465; e, em 2010, chegou a R$ 510..

Agora, as discussões em torno do reajuste para 2011 levaram a diversas propostas, seja por parte do governo, das centrais e da oposição, entre elas R$ 540, R$ 545, R$ 580 e R$ 600..

A REFORMA POLÍTICA

A REFORMA POLÍTICA


Laerte Braga


O pós Lula promete surpresas maiores que as já vividas nesses primeiros momentos do governo de Dilma. Por exemplo. A presidente é Serra ou Neves? Roussef não é mais. Pode ser Jobim. É um dos principais sócios do condomínio que controla o Planalto (os outros dois principais são Palloci e Manteca).

O presidente do Senado Federal, José Sarney, uma versão brasileira de Sílvio Berlusconi, no mínimo proibido para menores de 80 anos, anuncia que a comissão especial que vai cuidar de estudar, debater e propor um projeto de reforma política terá a presença de dois ex-presidentes. Collor de Mello e Itamar Franco.

Corremos o sério risco de voltar às capitanias hereditárias. Donatários dos estados transformados em província.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Lungaretti: “A anistia foi ampla, geral e oportunista” – Especial pro QTML?

Foto tirada numa manifestação do Movimento
dos Sem-Mídia na porta da "Folha de S. Paulo"
Celso Lungaretti é paulistano, neto de italianos, e trabalhou durante 34 anos como jornalista profissional, atuando no grupo encabeçado pelo jornal "O Estado S. Paulo", na Imprensa do Palácio dos Bandeirantes, em revistas de variedades e agências de comunicação empresarial. É autor do livro "Náufrago da Utopia" (Geração Editorial, 2005). Participou da resistência à ditadura militar, como militante estudantil e membro da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). Foi preso e duramente torturado. Falsamente acusado de delator, ficou de fora da lista de guerrilheiros a serem soltos e exilados, trocados pelo embaixador alemão (seqüestrado em 70), e passou muitos anos sendo injustiçado por companheiros da esquerda. Só conseguiu provar sua inocência nisso no final de 2004, a partir da revelação de um relatório secreto militar e da intervenção em seu favor do historiador Jacob Gorender.

Hoje com 60 anos, considera-se em plena forma para atuar na profissão, mas, conforme foi se tornando mais notória sua condição de articulista de esquerda, passou a não encontrar mais nenhuma porta aberta na mídia. Para continuar cumprindo, "na contramão do sistema", seu papel de formador de opinião, mantém dois blogues, colabora em outros espaços virtuais e tem seus artigos divulgados por uma ampla rede de amigos. É também um dos principais defensores do escritor e perseguido político Cesare Battisti, em favor de quem já escreveu mais de 200 artigos.

Nesta entrevista, concedida em exclusivo ao blog “Quem tem medo do Lula?”, de onde é colaborador e co-editor, Lungaretti diz que a Lei de Anistia foi “irrestrita no mau sentido. O termo oportunista cai melhor”. E devia ter sido revista em 1985: “Agora, que os ainda vivos são septuagenários ou mais idosos ainda, há vários problemas. Considero mais importante assegurarmos que o papel histórico dessa canalha fique bem conhecido”, disse.

Conhecimento este que é prejudicado pela forma como a mídia atua no assunto. Uma atuação definida por ele como “assustadora” e somente comparável ao que se viu nos “EUA no auge do macarthismo”.

Lungaretti deixa a indagação: “Se os crimes não só deixarem de ser punidos, como forem também acobertados, que mensagem legaremos aos que virão depois de nós? A de que não há risco em se derrubar um presidente legítimo, rasgar a Constituição, cometer arbitrariedades de todo tipo, torturar, estuprar, assassinar e dar sumiço em restos mortais?”

E diz que torce para que a presidenta Dilma Rousseff “reabra a questão”. Pois, “indignidade tem limite”.

Por Ana Helena Tavares

1-      Carlos Lamarca, de quem você foi companheiro na VPR, o acusou de delator. Sua inocência quanto a isso só foi provada em 2004. Queria que você começasse falando sobre essa história.

Revolução cubana na passarela do samba de Flor

As ilhas da magia da união popular


Há 5 décadas bloqueada pela maior potência político/bélica e econômica do mundo, a resistência de Cuba pela sobrevivência de sua soberania como nação, não deixa de ser uma magia. E ao homenageá-la, o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba União da Ilha da Magia tem obtido para o carnaval de Florianópolis inédita promoção popular.

Por Raul Longo (*)

Ilha da Magia é o dístico de Florianópolis em função da mitologia local que confere à colonização açoriana, a participação de algumas bruxas.

Bruxas eram comuns nos Açores porque ao arquipélago no meio do Atlântico, equidistante de Europa e América, os poderosos de Portugal degredavam seus contestadores.


Vídeo: denúncia de propinas de multi-nacionais nos governos Alckmin, Serra e Arruda



Agradeço à companheira Lúcia Adélia Fernandes pelo envio do vídeo.

Atos em Defesa de Cesare Battisti



Atos em Defesa de Cesare Battisti
Carlos A. Lungarzo
Amn. Int. 9152711

A organização CesareLivre (http://cesarelivre.org) que coordena as entidades que defendem, desde o começo da perseguição no Brasil, a liberdade do escritor italiano Cesare Battisti, têm organizado uma série de atos em São Paulo e Brasília para apoiar seus direitos e repudiar o seqüestro ao qual está submetido por iniciativa do presidente do Supremo Tribunal Federal, e seu principal colaborador, o presidente do período anterior. A continuação, transcrevo literalmente a comunicação do movimento, e faço alguns comentários na segunda seção deste artigo.

Transcrição da Convocação
Fortalecer a campanha pela imediata liberdade de Cesare Battisti!
Quase quatro anos se passaram e Cesare Battisti continua preso no Brasil. A prisão preventiva mantém-se graças às pressões que o governo de Silvio Berlusconi exerce sobre Brasília para que o ex-ativista político seja extraditado para a Itália. Toda espécie de arbitrariedades políticas e jurídicas está sendo realizada para condenar Cesare Battisti por quatro assassinatos que não cometeu. Apesar de Lula ter negado a sua extradição, o escritor italiano ainda é mantido preso, a espera de uma nova e absurda apreciação do Supremo Tribunal Federal.
O ministro relator do caso, Gilmar Mendes, declara agora que “tudo será considerado a seu tempo”, sinalizando que arquitetará novo malabarismo jurídico para prolongar a agonia de Cesare Battisti.
Como lutadores sociais, sabemos que a perseguição ao ex-ativista é, antes de mais nada, um recado àqueles que ousam se levantar contra o regime de dominação e exploração. Na pessoa de Cesare Battisti, buscam punir exemplarmente lutadores de todas as gerações.
Várias entidades, movimentos sociais, organizações políticas, coletivos, ativistas ligados aos direitos humanos e às reivindicações democráticas tiveram a iniciativa de conformar comitês em várias regiões do país a fim de lutar contra a extradição de Cesare Battisti, e exigir - seja do STF ou do Poder Executivo -sua imediata liberdade e concessão de asilo político no Brasil. Apenas uma mudança na correlação de forças poderá acabar com a “fuga sem fim” do escritor italiano. Vários debates e manifestações foram realizados no Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Mas estes foram apenas os primeiros passos de uma longa jornada, para a qual devemos nos preparar.
Para os próximos dias, convocamos aqueles ativistas, organizações, movimentos e entidades sindicais que ainda não aderiram à campanha a ingressar ativamente nestas atividades, conforme calendário a seguir:
v Manifestação com concentração no MASP
Na seqüência caminharemos até o Consulado Italiano, na Av. Paulista.
18 de fevereiro, sexta-feira, às 17 horas
v Plenária ampliada com entidades, movimentos e representações políticas:
19 de fevereiro, sábado, às 15:00
Espaço Mané Garrincha
Rua Silveira Martins, 131, sala 11.
Saída do Metrô Sé pelo Poupa-Tempo.
v Saída da caravana a Brasília
22 de fevereiro, terça-feira, 16 horas
v Ato político em Brasília e visita a Cesare Battisti
23 de fevereiro, quarta-feira

Dilma joga duro com ministros

Na conta dos ministros

Executivo exige que titulares de pastas cobrem de suas bancadas no Congresso a aprovação do piso nacional de R$ 545 na votação de amanhã e Carlos Lupi fica em saia justa

Autor(es): Ivan Iunes, Igor Silveira, e Leandro Kleber - Especial para o Correio
Correio Braziliense - 15/02/2011

A determinação dada pelo Palácio do Planalto para que os ministros convençam suas bancadas a votar o salário mínimo de R$ 545 estabelecido pelo governo colocou em uma encruzilhada o titular da pasta do Trabalho, Carlos Lupi. Presidente licenciado do PDT, ele foi o único entre os colegas a declarar publicamente ser favorável aos R$ 560, fruto de um acordo costurado pelo partido com as centrais sindicais e a oposição. Pressionado pelo governo, que não admite dissidências, ele mudou o entendimento, ainda na semana passada, e hoje reúne a bancada do PDT, às 10h, para tentar fazer com que deputados e senadores da sigla sigam a cartilha do Executivo, embora saiba que dificilmente a legenda aceitará o valor estipulado pela equipe econômica. Antes desse compromisso, Lupi se encontra com a presidente Dilma Rousseff, que deve reforçar a cobrança.

Além do PDT, existe o receio de que outros partidos oficialmente fechados com a proposta governamental apresentem altos índices de traição na votação em plenário. Até mesmo o PT, sigla de Dilma, ameaça ir rachado para a votação, pelo menos no Senado.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Governo do Rio de Janeiro deveria ser responsabilizado pela atuação de policiais no Complexo do Alemão

Operação da Polícia Federal comprovou
denúncia das organizações de direitos humanos
A “Operação Guilhotina”, realizada pela Polícia Federal (PF), comprova as denúncias feitas por organizações de direitos humanos e moradores sobre a ocupação policial no Complexo do Alemão e da Penha. Em manifesto divulgado no dia 21 de dezembro de 2010, afirmávamos: “...toda a região está sendo ‘garimpada’ por policiais, no que foi classificado como a ‘caça ao tesouro’ do tráfico”. Na última sexta-feira, escutas telefônicas veiculadas pela imprensa mostraram policiais comparando a região com a Serra Pelada.
Durante visitas às favelas da região, tivemos contato com diversos moradores que tiveram suas casas reviradas e saqueadas. A confirmação dessas denúncias reforça ainda as suspeitas, levantadas também por moradores e organizações de direitos humanos, de que o número de mortos nessa operação foi maior do que aquele oficialmente divulgado.
A ação da PF demonstrou que, assim como no governo anterior, a corrupção continua incrustada na cúpula da polícia fluminense. Essa investigação puxou uma das linhas de um novelo que vai dar no conluio das milícias e seu poder econômico com a máquina do Estado. O fato de mais um policial do alto escalão da Polícia Civil ter sido preso por uma operação da PF – há menos de três anos, outra operação levou o ex-chefe e ex-deputado federal Álvaro Lins para a cadeia – reforça o que as organizações afirmaram em dezembro: “as forças policiais exercem um papel central nas engrenagens do crime. Qualquer análise feita por caminhos fáceis e simplificadores é, portanto, irresponsável.
Neste sentido, é importante rechaçar mais uma vez o discurso da ‘vitória’ do ‘bem’ contra o ‘mal’, adotado pelo governo após as ocupações policiais de novembro. A prisão do inspetor que foi transformado em uma espécie de ‘herói’ da mega-operação do Complexo do Alemão em 2007 – que terminou com 19 mortos em apenas um dia – é um claro sinal de alerta para o perigo deste discurso. A tentativa do governo do estado de melhorar a imagem de suas tropas é evidente, mas essa é apenas uma estratégia de propaganda que não altera as condições estruturais que permitem que o crime se organize facilmente por dentro das corporações policiais.
O resultado da Operação Guilhotina reforça, portanto, a necessidade urgente de retomar de forma objetiva o debate sobre a reforma das polícias. Não podemos depender apenas de investigações eficientes da Polícia Federal e, muito menos, de investigações internas que frequentemente são contaminadas pelo corporativismo ou até mesmo por disputas internas. Temos que pensar em novas estruturas que garantam a transparência, a fiscalização e o controle externo e independente da atividade policial.  
A Justiça Global acredita que o governo do estado do Rio de Janeiro deve ser responsabilizado pelos roubos e pelas invasões de domicílio praticados por policiais nas favelas do Complexo do Alemão e da Penha. Vamos lembrar que, logo após a ocupação, o coronel Mario Sergio Duarte, comandante da Polícia Militar, foi à imprensa e deu carta branca aos abusos e às violações de direitos na região ao afirmar: “A ordem é vasculhar casa por casa”. Acreditamos que, com as provas levantadas pela PF, o Estado tem obrigação de fazer um pedido de desculpas formal à população local, e de reconhecer e indenizar os danos morais e materiais dos moradores ati ngidos pela violência estatal. 
Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2011.
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