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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Relato de um psicólogo norte-americano que esteve em Cuba recentemente.

Certo dia de 1962, quando eu tinha uns dez anos, estava brincando no quintal de um amigo da vizinhança em Tulsa, Oklahoma. Meu amigo teve uma rusga com sua mãe e me deixou surpreso quando gritou para ela: "Vou te mandar para Cuba!". Como regra, tinha-se a crença de que Cuba era o pior lugar do mundo e gritar uma coisa dessas para a mãe, poderia ser interpretado como uma das piores coisas imagináveis de se dizer.



Quarenta e oito anos depois eu fui a Cuba para ver por mim mesmo. Eu fiz parte de uma delegação de profissionais de saúde que visitou a Ilha, de 08 a 18 Janeiro de 2010, para estudar o serviço de saúde cubano. A delegação foi organizada pela agência de viagens Marazul, uma das poucas licenciadas pelo EUA, para facilitar as viagens de cidadãos norte-americanos a Cuba.



Depois de quase 50 anos, ainda são proibidas de viagens cidadãos dos EUA para a ilha. Cuba é o único país no mundo que os cidadãos norte-americanos não podem viajar livremente.



E Cuba, como muito bem me expressou uma mulher cubana, "não é o céu, mas tampouco é o inferno".



A nossa delegação, composta pelas organizações Witnesses for Peace (Testemunha para a Paz) e o Grupo de Trabalho para a América Latina, na qualidade de consultores, visitou muitos centros de saúde em Havana, e alguns centros de saúde rurais em Puerto Esperanza. Muitas de nossas reuniões tiveram lugar no Centro Martin Luther King Jr., em Havana. Ao lado deste Centro encontra-se a Igreja Batista Ebenezer.



Participamos dos cultos da igreja, que foram muito gratificantes. As pessoas são amigáveis. O sermão centrou-se na libertação da opressão. As pessoas presentes estavam muito emocionadas e nos abraçamos e unimos nossas mãos, durante o serviço. Expressava-se um verdadeiro sentido de solidariedade com os seres humanos que lutam por uma vida melhor.



Muito tem sido escrito sobre o governo cubano restringir os serviços religiosos, mas não vi nada parecido. Visitamos várias igrejas católicas, a Igreja Batista e uma igreja pentecostal. Em Cuba, a atenção à saúde é considerada um direito da mesma forma que consideram a educação como um direito. Os cuidados de saúde e educação são fornecidos a todos os cidadãos, sem nenhum custo. Eu estava impressionado com o amor e o cuidado de saúde onde estávamos. Eu não vi longas filas nos ambulatórios, apesar do fato de que a assistência médica é pró-ativa e vão para os bairros para ajudar os pacientes carentes. Acredite ou não, há médicos de família com visitas regulares às casas em cada bairro. Eles enfatizam a prevenção como tratamento.



Visitamos também a famosa Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), perto de Havana, onde os alunos recebem formação para se tornarem médicos, sem custo para os estudantes e suas famílias. Há alunos dos EUA e nos reunimos com eles. Os cubanos exigem para sejam aceitos com alunos, na ELAM, que ao retornar às suas comunidades, após a graduação, sirvam as populações carentes, ou seja, os pobres e as minorias. Anteriormente, no edifício da ELAM funcionava uma academia naval, que por decisão do governo tornou-se uma escola de Medicina.



Os cubanos enviaram cerca de 135.000 profissionais de saúde a mais de 100 países do mundo. Países como Venezuela e Haiti, e muitos países da América do Sul e África são os destinatários dos médicos formados em Cuba. Cuba mantém um programa de intercâmbio com a Venezuela, em troca de petróleo venezuelano, o que tem sido benéfico para ambos os países.



Os cubanos também tendem a dar grande ênfase à cultura e história. O Palácio Presidencial que foi ocupado pelo ditador Fulgêncio Batista, foi transformado em um museu. Uma das mansões do Batista é agora um estúdio de dança. Os edifícios que cercam a casa de Batista, que antes eram quartéis, agora são escolas.



A criminalidade é praticamente inexistente e é seguro andar pelas ruas de Havana, em todos os momentos do dia. As pessoas são muito simpáticas e prestativas e pareciam genuinamente interessadas em falar com os norte-americanos. Eu conheci um idoso afro-cubano que tinha vivido nos EUA durante 26 anos e decidiu voltar para Cuba para se aposentar. Nós nos encontramos com duas mulheres norte-americanas que decidiu se mudar para Cuba, onde vivem com seus maridos cubanos.



Atualmente existe uma legislação no Congresso americano destinada a levantar a proibição de viagens a Cuba. A versão da Câmara é a HR 874 e a versão do Senado é a S 428. Este é o momento para as pessoas contactar os seus deputados para expressar a sua opinião sobre esta questão.



Parece irônico que nos Estados Unidos, uma nação que se orgulha de ser "livre", os seus cidadãos não pode viajar para este belo país, há apenas 90 milhas de nossas costas.

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James Thompson, Ph.D. é psicólogo, em Houston.

Contato: pthompson1959@comcast.net



Fonte: CUBA DEBATE

Tradução: Robson Luiz Ceron - Blog Solidários.


FONTE: http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=c23497bd62a8f8a0981fdc9cbd3c30d9&cod=5982

CURTA PORTUGUÊS GANHA LEOPARDO DE OURO

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Rui Martins* - do Festival de Cinema de Locarno, Suíça

Apenas um filme de língua portuguesa foi premiado pelo júri do Festival de Locarno – Uma História de Mútuo Respeito.

Terminou hoje [14/8], depois de dez dias de projeções de filmes de todo o mundo, o Festival Internacional de Cinema de Locarno, com a cerimônia de entrega dos prêmios Leopardos de ouro e de prata.

Os brasileiros Helena Ignez e Ícaro Martins, diretores do filme Luz nas Trevas, que estreou no Festival de Locarno, como uma continuação do Bandido da Luz Vermelha, só ganharam um prêmio de um grupo paralelo de críticos de cinema, o prêmio Boccalino. Nenhum prêmio foi concedido ao filme brasileiro pelo júri oficial.

O mesmo ocorreu com Ricardo Targino, diretor do curta-metragem Ensolarado. Mas o cinema de língua portuguesa ou lusófono teve seu prêmio, o Leopardo de Ouro de curta metragem foi para Uma História de Mútuo Respeito, codirigida pelos jovens portugueses Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt em Brasília e nas Cataratas de Iguaçu. O curta-metragem de 23 minutos fez parte da paralela Leopardos de Amanhã. Ambos já tinham sido premiados no festival IndieLisboa com o Media Recording por esse mesmo filme.

Confirmando ser um festival de filmes de autor, o Leopardo de Ouro para filme de longa-metragem foi para o filme chinês Han Jia, Férias de Inverno, de Li Hongqi, com conversas e debates entre quatro jovens sobre temas como o amor e sua influência sobre os estudos e a importância da formação escolar.

O prêmio especial do júri foi para Morgen, ou Amanhã. Filme romeno de Marian Crisan, que trata da questão da imigração ilegal dentro da União Européia. Nelu, um velho romeno, trabalha como segurança num supermercado e, nas folgas, vai pescar. É na pesca que encontra um imigrante turco ilegal, e o leva para casa. Os dois não se entendem por falarem idiomas diferentes, o romeno e o turco, mas a única coisa que Nelu entende é que Nelu quer ir para a Alemanha. Curiosidade, o diretor Marian Crisan confessou, em Locarno, que seu ator turco é imigrante clandestino na Romênia.

O prêmio de melhor direção foi para o canadense Denis Côté, com o filme Curling, onde o personagem principal é esquizofrênico e mantém sua filha isolada totalmente do mundo, sem ir à escola e sem ter amigos, desenvolvendo comportamentos estranhos diante de certas situações. O ator desse filme Emmanuel Bilodeau ganhou o prêmio de melhor interpretação, enquanto o prêmio de melhor atriz foi para a sérvia Jasna Duricich, do filme Beli Beli Svet, rodado numa cidade mineira da Sérvia, onde a miséria leva seus habitantes a viverem dramas e tragédias como o incesto.

Na Piazza Grande, onde uma média de 6 mil pessoas viu, à noite ao livre, num telão de 300 m2, 16 filmes, foi premiado pelo público o filme israelense de Eran Riklis, O Responsável Pelos Recursos Humanos, contando as complicações para o enterro de uma cristã ortodoxa morta em Jerusalém num atentado kamikase.

* * *

A estréia do novo diretor, Olivier Père, na direção do Festival Internacional de Locarno, foi considerada como bastante positiva pela crítica de cinema e se pode falar numa boa safra. Porém, se os espectadores puderam ter bons filmes, tanto na Piazza Grande com seu telão de 300 m2 como nas paralelas e na retrospectiva com filmes de Ernst Lubitsch, ficou difícil se prever sobre os prováveis ganhadores dos leopardos de ouro e de prata.

Na lista dos prováveis vencedores está o excelente filme italiano Pietro, de Daniele Gaglianoni, tendo no papel principal Pietro Casella, que poderia ganhar facilmente o prêmio de melhor ator não fôsse a presença de Michel Bouquet, num filme concorrente. É a história de um deficiente mental, pouco acima da debilidade, que distribui publicidade nas ruas e com isso consegue manter seu irmão viciado em drogas. Pietro é vítima do seu irmão que o ridiculariza diante dos amigos, para rirem. Filmado em Torino, mostra a desumanidade a que são submetidos os simplórios e como podem, de repente, reagir.

Se Periferic, filme rumeno, não for premiado, é quase certo que sua atriz, Ana Ulari, ganhará. O filme trata de uma detenta com liberdade por um dia para ir ao entêrro da mãe, porém, aproveita para recuperar uma soma de dinheiro, deixada com o irmão e o ex-amante. É um dia muito particular para a prisioneira Matilda, que espera fugir com o dinheiro para outro país e recuperar seu filho, que vive num internato. Rejeitada pela família, tenta obter, sem êxito, do ex-amante o dinheiro que lhe deixara ao ser presa, Na discussão, provoca um acidente de carro, o amante morre e ela se apossa do dinheiro, vai buscar o filho, mas descobre ser um delinquente e prostituto. Mesmo assim, parte com ele, rumo à liberdade. Porém, seu filho, aproveitando-se do momento em que ela dorme no trem, rouba todo dinheiro e desaparece, pondo assim fim ao seu sonho de liberdade.

Outro provável é o filme rumeno Morgen, Amanhã, de Marian Crisan, que trata da questão da imigração ilegal dentro da União Européia. Nelu, um velho rumeno, trabalha como segurança num supermercado e, nas folgas vai pescar. É assim que encontra um imigrante turco ilegal, que leva para casa. Os dois não se entendem por falarem idiomas diferentes, o rumeno e o turco, mas a única coisa que Nelu entende é que Nelu quer ir para a Alemanha. Curiosidade, o diretor Marian Crisan confessou, em Locarno, que seu ator turco é imigrante clandestino na Rumênia.

Haverá um prêmio para O Pequeno Quarto (La Petite Chambre) das suíças Stephanie Chuat e Veronique Raymon ? Elas mostram o veterano Michel Bouquet, no papel de um idoso que não quer ir ao asilo, mas que resmunga e rejeita a enfermeira que vem cuidar dos seus remédios. Ela mesma, a enfermeira, tem o problema psíquico de não aceitar ter nascido morto seu filho. A próxima morte do idoso, cujo apartamento o filho esvazia para vender ou alugar, enquanto seu pai estava se tratando de uma queda no hospital, e a morte do recém-nascido são o tema em torno do qual giram as personagens. Após a projeção pública, o filme uma estrondosa salva de palmas, quase standing ovation. O excelente Michel Bouquet será o ator premiado ?

Bas fonds é um filme de gritos de mulheres, que vivem num apartamento sem móveis, sem limpeza. São duas irmãs e a amante da irmã mais velha, mais gritona e mais mandona. A linguagem é de carroceiro, de baixaria, de palavrões, como se duas dessas mulheres tivessem sido acometidas de histeria. Quando o trio adota um cachorro encontrado na rua, o cachorro é o único que parece normal no apartamento. A maldade e o clima de loucura acabam levando duas delas a abatem, sem motivo, um padeiro, numa padaria vazia por ser ainda madrugada. A diretora do filme, Izild Le Besco, se inspirou num caso de real assassinato, mas foge de qualquer interpretação política do seu filme.

E a essa lista deve-se acrescentar Luz Nas Trevas, de Helena Ignez e Ícaro Martins, e o filme sérvio Beli Beli Svet já comentados.

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*Rui Martins é ex-correspondente do Estadão e da CBN, após exílio na França. Autor do livro “O Dinheiro Sujo da Corrupção”, criou os Brasileirinhos Apátridas e propõe o Estado dos Emigrantes. Vive na Suíça, colabora com os jornais portugueses Público e Expresso, é colunista do site Direto da Redação. Colabora com a Agência Assaz Atroz e com este "Quem tem medo do Lula?".
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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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CASO SAKINEH:: RESPOSTA DO IRÃ A LULA FOI GROSSEIRA

É inaceitável o comunicado do Irã em resposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ofereceu asilo a Sakineh Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento em função de mero adultério.

Supondo que sejamos perfeitos otários, as autoridades iranianas insistem na invencionice posterior de que a pena capital se deveu a cumplicidade em assassinato, embora a sentença reze o contrário. Não cola.

Mahmoud Ahmadinejad se nega a transferir um "problema" para Lula, como se nosso presidente fosse um incapaz necessitado de tutela externa ao tomar suas decisões.

Pior ainda foi o comunicado oficial, no qual o Irã simplesmente nos insultou, ao fazer indagações ofensivas e acintosas:
"Em relação à presença ou ao exílio de Sakineh Mohamadi no Brasil, é necessário considerar alguns pontos e questões significativas. Quais são as consequências desse tipo de tratamento aos criminosos e assassinos?

"Esse ato não promoverá e não incitará criminosos a praticar crimes?

"Será que a sociedade brasileira e o Brasil precisarão ter, no futuro, um lugar para os criminosos de outros países em seu território?"
Mereciam receber uma resposta sincera: oferecemos asilo a Sakineh porque temos certeza de que não se trata de nenhuma criminosa, mas sim do alvo da vez de psicopatas que utilizam a religião para acobertar seus impulsos sádicos e homicidas.

Não consigo imaginar seres humanos tão vis e covardes a ponto de apedrejarem uma mulher até a morte. Estão mais para bestas-feras.

Quanto ao  lugar para os criminosos de outros países em território brasileiro, prometo lutar até o fim para que nele não sejam admitidos os responsáveis por atos tão hediondos, quando o povo iraniano finalmente os escorraçar como merecem.

Infelizmente, estavam certos os que criticaram Lula por tentar introduzir um pouco de racionalidade na discussão sobre sanções ao Irã.

Nosso presidente tinha ótimas intenções, mas se desgastou inutilmente tentando ajudar fanáticos delirantes, ingratos ao extremo. Perda total.

A mesma boa vontade ele mostrou ao se dispor a receber Sakineh, não só pela compaixão  que seu caso naturalmente inspira, mas também para oferecer ao Irã uma saída honrosa de um episódio que está deixando sua imagem em cacos.

Os mandatários iranianos, se utilizassem a desculpa de estarem atendendo o pedido de um governante amigo, salvariam as aparências.

Mas, preferiram insistir em sua intransigência obtusa.

Agora, ou assassinam Sakineh e serão vistos pelo mundo inteiro como trogloditas.

Ou poupam Sakineh e darão apenas demonstração de fraqueza, pois parecerá que se vergaram a pressões, embora continuassem errados nas convicções.

Em qualquer das hipóteses, o mal está feito: haverá bem menos solidariedade ao Irã, se os EUA desfecharem um ataque para que os israelenses possam dormir sem pesadelos com bombas atômicas (já os vizinhos perderem o sono por causa dos petardos judeus faz parte da ordem natural das coisas...).

E a imprensa informa que as pressões por uma intervenção militar estão aumentando nos EUA.

Ahmadinejad e sua trupe sinistra mostram um talento todo especial... para marcarem gols contra.

De quebra, trataram a pontapés o único presidente de uma grande nação que lhes estendeu a mão.

REAÇÃO BRASILEIRA
 
O ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, respondeu à altura, afirmando que o Brasil continuará empenhando-se para que o caso de Sakineh tenha uma solução humanitária e se referindo a Mahmoud Ahmadinejad como o que ele realmente é: um  ditador. Bravo!

Vocês já viram esses pobres tolos enterrando-se cada vez mais nos caça-níqueis, sem ânimo para ir embora porque já perderam durante horas a fio e querem acreditar que a sorte acabará virando?

Pois é, nunca vira e eles despencam até o fundo do poço.

A situação é a mesma. O Brasil já perdeu muito apostando no Irã e perderá mais ainda  insistindo. É hora de respeitar a si próprio e de se fazer respeitar por estrangeiros insolentes.

Então, espero que o Itamaraty não atrapalhe: Vannuchi  está falando pelo Brasil.
Por Celso Lungaretti, jornalista e escritor. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com
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