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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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Peço que, quem queira continuar acompanhando o meu trabalho, siga o novo blog.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Lula detona a Veja

Dana de Teffé, Elisa Samúdio e Álvaro Uribe

Capa da extinta revista "O Cruzeiro"
sobre o Caso Dana de Teffé

Dana de Teffé, Elisa Samúdio
e Álvaro Uribe


Por Laerte Braga (*)

Quando o presidente da Colômbia Álvaro Uribe, a oito dias de deixar o governo de seu país, arma uma confusão envolvendo a Venezuela, critica o presidente do Brasil que pede que o assunto seja discutido com o novo chefe de governo da Colômbia, está apenas fazendo como o advogado de Bruno, ex-goleiro do Flamengo, que arrolou Elisa Samúdio como testemunha no processo a que seu cliente responde.



Não há corpo, logo não há crime, é a teoria do advogado. Esquece-se que também não há vida. Uribe quer mostrar ao público interno – tráfico e militares – que ainda está forte, continua confiável e não vai aceitar eventuais processos por crimes vários. Desde o tráfico de drogas, a assassinato de opositores e a clássica corrupção de governantes tucanos aqui ou na Colômbia. Tucano é um estado de espírito criminoso em sua essência, em sua genética. Transcende ao Brasil.



Leopoldo Heitor ocupou o noticiário de jornais, revistas, rádios e tevês por boa parte de sua vida. Páginas policiais de um modo geral. Esteve no centro de dois crimes que comoveram a opinião pública. O crime do Sacopã, no Rio e o assassinato da baronesa Dana de Tefé.



Em 1952 o tenente da FAB – Força Aérea Brasileira – Alberto Bandeira foi acusado de ter assassinado uma sua namorada de nome Marina. O tenente Bandeira como ficou conhecido apresentou um álibi desmontado por uma testemunha falsa que Leopoldo Heitor colocou em cena. Bandeira foi condenado por um júri popular, quinze anos, perdeu a patente e só em 1972 conseguiu provar sua inocência. Participação decisiva do “homem da capa preta”, o deputado Tenório Cavalcanti.



O assassino era outro e a testemunha que Leopoldo Heitor apresentara à época, fajuta.



Em 1961 o advogado Leopoldo Heitor, conhecido como “advogado do diabo”, foi preso e acusado de ter matado a baronesa tcheca Dana de Tefé. Na versão do advogado em uma viagem do Rio para São Paulo ele e Dana teriam sido assaltados na estrada e ela assassinada. O detalhe é que todos os bens da baronesa pertenciam a Leopoldo Heitor que se valeu de uma procuração com poderes absolutos para transferi-los. Ficou preso nove anos, mas acabou absolvido e o corpo de Dana de Tefé nunca foi encontrado.



Dana também não. Na versão mirabolante do advogado, que chegou a escrever uma peça de teatro sobre o caso e fugiu no dia da apresentação, Dana voltou ao seu país e foi presa e morta pelo governo comunista à época.



O governo terrorista de Israel proibiu o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, de entrar em Gaza. É que um hospital com recursos brasileiros, da Índia e da África do Sul vai ser construído na faixa. Os líderes sionistas/nazistas de Tel Aviv, anteriormente, haviam impedido o ministro do exterior da Alemanha de fazer o mesmo.



O número de mortos em Gaza por doenças, fome, por falta de atendimento médico, água (foi roubada por Israel) é revoltante. O número de mulheres estupradas por soldados de Israel, de presos torturados e assassinados é algo que vai virando uma trágica e cruel rotina contra os palestinos.



Hans Blinx, ex-inspetor de armas da Nações Unidas, em entrevista a jornalistas na Grã Bretanha, disse que em 2003 alertou os Estados Unidos e o Reino Unido que não tinha convicções sobre a existência de armas proibidas no Iraque. O país foi invadido assim mesmo e as tais armas nunca foram encontradas.



O petróleo iraquiano sim. É propriedade de empresas norte-americanas e britânicas.



O relatório de Blinx, oficial à época, disse que os EUA pareciam “embriagados” com seu poderio militar. Não havia o tal “perigo de destruição em massa” que os norte-americanos e britânicos justificaram para invadir, ocupar e saquear o país, o que fazem até hoje.



A propósito, militares dos Estados Unidos não conseguem explicar o destino de parte das verbas liberadas para o Iraque. Mais de oito bilhões e meio de dólares sumiram. Com certeza vão usar o jargão “operações secretas para a garantia da segurança dos cidadãos norte-americanos e da propriedade privada”.



Álvaro Uribe fez o diabo, o possível e o impossível para conseguir um terceiro mandato. Subornou juízes, inventou perigos vindos da Venezuela, das FARCs-EP, assassinou inimigos políticos, comprou a mídia (a chamada grande mídia existe para ser comprada sempre e sempre foi assim).



Não conseguiu. Entre outras dificuldades que enfrentou um veto discreto do governo de Washington diante de denúncias feitas pela Agência de Combate a Drogas ligando o presidente (e principal aliado na América Latina) ao tráfico de drogas.



A menos de oito dias de deixar o poder o presidente/traficante Álvaro Uribe arranja uma grande confusão com a Venezuela com o objetivo de deixar claro para seus adversários políticos e aliados (o novo presidente é aliado, mas já se afasta do traficante) que continua vivo e não vai tolerar qualquer tipo de ação que possa colocá-lo em risco. E nem os rendimentos do tráfico.



Em caso de dúvidas quanto à sua inocência Uribe vai chamar os milhares de líderes sindicais, comunitários e trabalhadores e camponeses assassinados durante o seu governo para prestarem depoimentos a seu favor. Não há corpo, ou se há, no caso de Uribe existem aos montes, a culpa é das FARCs-EP, da Venezuela e da ação de agentes iranianos na América Latina.



De quebra o presidente brasileiro. Um jeitinho de criar um fato político para tentar eleger o Uribe daqui, José Arruda Serra.



Quando o ex-inspetor da ONU fala em “embriagados” pelo poder militar, ou quando afirma que os relatórios não conseguiram encontrar vestígios de armas proibidas no Iraque, está exatamente mostrando a face real tanto de norte-americanos, como do presidente da Colômbia, dos generais do Paquistão, ou do advogado do goleiro Bruno. E outros tantos



O que menos importa é a verdade. O lema da REDE GLOBO. Importa a versão que se dá aos fatos e se presta a guerras sórdidas em cima de pretextos falsos, ou mesmo que a versão seja de pesquisas de intenções de voto.



São iguais em dimensões diferentes, mas correndo todos para desaguar no mesmo mar.



Cheio de petróleo da British Petroleum.



O mundo que se dane.



Um trilhão de dólares para guerras? E daí? Madeleine Albright já dizia que “é o preço que se paga pela democracia”. Estava respondendo a uma pergunta sobre a morte de crianças iraquianas por conta de um bloqueio imoral dos EUA imposto àquele país. O mesmo que os terroristas da suástica de Tel Aviv impõem a Gaza e se regalam nas drogas produzidas e comercializadas por Uribe.



Com uma diferença. O diabo de Leopoldo Heitor era um diabinho diante do diabo de Obama, de Uribe, dos nazi de Tel Aviv.



*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no “Estado de Minas” e no “Diário Mercantil”. É colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?

Zé vampiro e Zé trololó


Ubiratan Dantas (ou simplesmente Bira) é um cartunista, chargista e ilustrador paulistano. Colabora com o blog "Quem tem medo do Lula?".

Soledad, a mulher do Cabo Anselmo


Soledad, a mulher do Cabo Anselmo
Por Urariano Mota (*)

Recife (PE) - Quem lê “Soledad no Recife” pergunta sempre qual a natureza da minha relação com Soledad Barrett Viedma, a bela guerreira que foi mulher do Cabo Anselmo. Eu sempre respondo que não fomos amantes, que não fomos namorados. Mas que a amo, de um modo apaixonado e definitivo, enquanto vida eu tiver. Então os leitores voltam, até mesmo a editora do livro, da Boitempo: “mas você não a conheceu?”. E lhes digo, sim, eu a conheci, depois da sua morte. E explico, ou tento explicar.

Quem foi, quem é Soledad Barrett Viedma? Qual a sua força e drama, que a maioria dos brasileiros desconhece? De modo claro e curto, ela foi a mulher do Cabo Anselmo, que ele entregou a Fleury em 1973. Sem remorso e sem dor, o Cabo Anselmo a entregou grávida para a execução. Com mais cinco militantes contra a ditadura, no que se convencionou chamar “O massacre da granja São Bento”. Essa execução coletiva é o ponto. No entanto, por mais eloquente, essa coisa vil não diz tudo. E tudo é, ou quase tudo.

Soledad em Montevidéu, antes de
embarcar ao Brasil, início dos anos 1970
Entre os assassinados existem pessoas inimagináveis a qualquer escritor de ficção. Pauline Philipe Reichstul, presa aos chutes como um cão danado, a ponto de se urinar e sangrar em público, teve anos depois o irmão, Henri Philipe, como presidente da Petrobras. Jarbas Pereira Marques, vendedor em uma livraria do Recife, arriscou e entregou a própria vida para não sacrificar a da sua mulher, grávida, com o “bucho pela boca”. Apesar de apavorado, por saber que Fleury e Anselmo estavam à sua procura, ele se negou a fugir, para que não fossem em cima da companheira, muito frágil, conforme ele dizia. Que escritor épico seria capaz de espelhar tal grandeza? E Soledad Barrett Viedma não cabe em um parêntese. Ela é o centro, a pessoa que grita, o ponto de apoio de Arquimedes para esses crimes. Ainda que não fosse bela, de uma beleza de causar espanto vestida até em roupas rústicas no treinamento da guerrilha em Cuba; ainda que não houvesse transtornado o poeta Mario Benedetti; ainda que não fosse a socialista marcada a navalha aos 17 anos em Montevidéu, por se negar a gritar Viva Hitler; ainda que não fosse neta do escritor Rafael Barrett, um clássico, fundador da literatura paraguaia; ainda assim... ainda assim o quê? Soledad é a pessoa que aponta para o espião José Anselmo dos Santos e lhe dá a sentença: “Até o fim dos teus dias estás condenado, canalha. Aqui e além deste século”. Porque olhem só como sofre um coração. Para recuperar a vida de Soledad, para cantar o amor a esta combatente de quatro povos, tive que mergulhar e procurar entender a face do homem, quero dizer, a face do indivíduo que lhe desferiu o golpe da infâmia. Tive que procurar dele a maior proximidade possível, estudá-lo, procurar entendê-lo, e dele posso dizer enfim: o Cabo Anselmo é um personagem que não existe igual, na altura de covardia e frieza, em toda a literatura de espionagem. Isso quer dizer: ele superou os agentes duplos, capazes sempre de crimes realizados com perícia e serenidade. Mas para todos eles há um limite: os espiões não chegam à traição da própria carne, da mulher com quem se envolvem e do futuro filho. Se duvidam da perversão, acompanhem o depoimento de Alípio Freire, escritor e jornalista, ex-preso político:

“É impressionante o informe do senhor Anselmo sobre aquele grupo de militantes - é um documento que foi encontrado no Dops do Paraná. É algo absolutamente inimaginável e que, de tão diferente de todas as ignomínias que conhecemos, nos faltam palavras exatas para nos referirmos ao assunto.

Depois de descrever e informar sobre cada um dos cinco outros camaradas que seriam assassinados, referindo-se a Soledad (sobre a qual dá o histórico de família, etc.), o que ele diz é mais ou menos o seguinte:

‘É verdade que estou REALMENTE ENVOLVIDO pessoalmente com ela e, nesse caso, SE FOR POSSÍVEL, gostaria que não fosse aplicada a solução final’.

Ao longo da minha vida e desde muito cedo aprendi a metabolizar (sem perder a ternura, jamais) as tragédias. Mas fiquei durante umas três semanas acordando à noite, pensando e tentando entender esse abismo, essa voragem”.

Esse crime contra Soledad Barrett Viedma é o caso mais eloquente da guerra suja da ditadura no Brasil. Vocês entendem agora por que o livro é uma ficção que todo o mundo lê como uma relato apaixonado. Não seria possível recriar Soledad de outra maneira. No título, lá em cima, escrevi Soledad, a mulher do Cabo Anselmo. Melhor seria ter escrito, Soledad, a mulher de todos os jovens brasileiros. Ou Soledad, a mulher que aprendemos a amar.

*Urariano Mota é jornalista e escritor. Autor do livro “Soledad no Recife”, recriação dos últimos dias de Soledad Barret, mulher do Cabo Anselmo, executada pela equipe de Fleury com o auxílio de Anselmo. Urariano é pernambucano, nascido em Água Fria e residente em Recife. É colunista do site “Direto da redação” e colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”

"Dissidentes"? Talvez. Mas... do que dissidiam?

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Caros leitores, foi difícil fazer a postagem desta matéria. O nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe precisou tomar uma atitude considerada antidemocrática e até constrangedora.

Explico.

O cartunista escalado para criar uma charge ilustrativa para esta matéria, publicada originalmente no site do jornal russo PRAVDA, não conseguia conter a crise de riso da qual foi acometido ao final da leitura do texto. Foi então que o nosso editor chefe precisou agir como um ditador colonial-imperial-escravista, desses que mandam derrubar governos em repúblicas-satélite, e trancafiou o coitado numa sala sem ar refrigerado, apenas com o mínimo conforto padrão hotel 4 estrelas, até que ele se decidisse a trabalhar.

Resultado.

O coitado, não suportando a degradante situação a que fora submetido, fez o seu trabalho e foi liberado do castigo, voltando a ocupar o majestoso ateliê da sede de nossa agência, com o humano direito de usufruir de todas as mordomias disponíveis aqui na nossa redação.

Ao final do trabalho o nosso editor chefe questionou a performance da charge, que foi considerada pouco criativa, sem a expressão digna de figurar nas páginas de nossa agência. O cartunista defendeu-se alegando que, nesse caso, o verdadeiro espírito humorístico está no fato; não, no traço

Cordialmente.

Editor-Assaz-Atroz-Assistente

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Cubanos em Madri: os "dissidentes" se rebelam

“Aqui na Espanha eu não sou um homem livre, porque o MEU futuro não depende de mim e sim dos funcionários que me impõem as suas decisões” declarou um dos ex-presos cubanos.

Os primeiros ex-presos “dissidentes” que chegaram à Espanha fizeram declarações públicas que têm deixado os espanhóis boquiabertos: no mínimo eles esperavam palavras de agradecimento em vez das críticas que têm sido realizadas por parte dos recém chegados.

Todos, em sua aparência, estão muito bem de saúde. Mostram-se gordinhos e rosados e não famélicos como se dizia na imprensa antes de serem postos em liberdade.
Uma manchete no diário espanhol El Mundo diz hoje [17 de julho], na primeira página: “Dissidentes cubanos denunciam que na Espanha não são livres”. Foi o que disse um deles, Julio César Gálvez, quando lhe perguntaram como se sentia em Madri. A resposta foi: “Aqui na Espanha não sou um homem livre porque o MEU futuro não depende de mim e sim dos funcionários que me impõem as suas decisões”.

Outro deles, Normando Hernández, enfileirou os canhões para a hospitalidade espanhola quando disse: "Estamos em um hostal com outros imigrantes. Não temos neste hotel banheiros privados. Neste lugar não existe privacidade e me dizem que nos levarão para um povoado de Valencia para viver em instalações onde terei que conviver com umas 40 pessoas”.

Depois lançou um bombardeio carregado de mal agradecimento. Disse: "Creio que se o Governo de Zapatero se comprometeu a nos acolher, também terá que nos proporcionar o que nós merecemos como refugiados”, acrescentando na linha seguinte que era em Miami que ele queria viver.

Omar Saludes, outro dos liberados, atacou o Ministro de Relações Exteriores da Espanha, um dos que arquitetou a liberação dos dissidentes: “É inaceitável que o Ministro Moratinos peça que a Europa levante a “posição comum contra Cuba”, disse Saludes, desafiador e mal agradecido.

Os comentários dos espanhóis não se fizeram esperar. Um deles escreveu uma carta ao jornal El Mundo, de Madri, visando falar por todos os espanhóis. Disse o madrileno, indignado pela conduta dos recém chegados: “Eu creio que mandá-los de volta ao seu país é o mais acertado, lá o senhor com problemas de banheiro privado não terá nenhuma queixa, e podem contar ao seu presidente todos os seus problemas e queixas, assim como todas essas ideias maravilhosas de liberdade a custa de outros”.

Comentário que fez nosso Duende Madrileño [codinome utilizado pelo repórter] desde a capital espanhola, onde esteve de corpo presente na conferência de imprensa dos “dissidentes” liberados, que chegaram a Madri: “Se essa é a mostra, como será o pacote?!”.

(Traduzido por Roberta Moratori)

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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