O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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terça-feira, 6 de julho de 2010

Quando a limpeza não cheira bem

A Itália, depois de promover uma perseguição política através da chamada operação “Mãos Limpas”, elegeu Silvio Berlusconi. Já uma lei do tipo na África do Sul não teria permitido a eleição de Nelson Mandela, cuja “ficha suja” envolvia condenação por “terrorismo”.

Por Ana Helena Tavares (*)


Como se sabe, a esquerda, embora progressista, não é toda democrática. Exultado pelos dois pólos da política, stalinista e fascista são alguns dos nomes que se aproximam perigosamente do chamado “Ficha Limpa”. O que é essa nova lei? Uma limpeza moral à força? Você? Se fosse um político arrependido de seus crimes não gostaria do direito à segunda chance?


De onde vem a idéia

Peço a quem puder que me cite uma ditadura que não tenha sido instaurada em nome do “combate à corrupção”. Um dos vídeos, criados ainda ano passado em defesa do projeto, é um primor de moralismo hipócrita. Apresenta a proposta de uma varredura que “faria com que os que os eleitores pudessem confiar (?) em quem votar e mudaria o país”. Em política, cruzadas desse tipo invariavelmente acabam em vitória da direita - e mais corrupção. A última que vingou por aqui (travestida de “Marcha pela família com Deus pela Liberdade”) eu ainda nem era nascida, mas sei bem que resultou em 20 anos de ditadura.

O jornalista e ex-deputado federal Marcos Rolim lembra: “Foi a ditadura militar que, com a Emenda Constitucional nº 1 e a Lei Complementar nº 5, estabeleceu a cassação dos direitos políticos e a inegibilidade por “vida pregressa””, disse Rolim em seu artigo “Boa intenção, má solução”, onde acusa ainda o projeto de legalizar a “presunção de culpa”.

Afinal, quem pode ser condenado por “vida pregressa” sem, ao menos, ter direito à sentença condenatória com trânsito em julgado, como quer a nova lei? Quem é “ficha limpa” no mundo e na política de hoje?

O Maluf que conseguiu provar inocência em todos os inquéritos nos quais foi processado e, por isso, não entra na roda? Ele votou a favor do projeto e está aí agora posando de justiceiro.

Taí um papel renegado pelo ministro Marco Aurélio Melo, único do TSE a votar contra a nova lei: “Eu não sou um justiceiro. Eu sou juiz. Aprendi desde cedo que no sistema brasileiro o direito posto visa a evitar que o cidadão tenha sobre a sua cabeça uma verdadeira espada de Dâmocles. Aprendi que a lei não apanha fatos passados.” Isso é o que reza o artigo 5º da nossa Constituição, ao afirmar que a “lei não pode retroagir em detrimento do acusado”.

No final das contas, uma lei desnecessária

Aprendi recentemente com o consagrado jurista, Dr. Hélio Pereira Bicudo, que esse artigo é quebrável por crimes imprescritíveis, como a tortura e o seqüestro contínuo. Crimes de lesa-humanidade. Só. E, segundo o mesmo Dr. Hélio, para o caso específico de eleições, é quebrável também pelo “princípio da inelegibilidade”, apresentado no artigo 14, parágrafo 9, da Constituição de 88, que reza que: “Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada a vida pregressa do candidato (...)”.

É esse o artigo usado em defesa da lei pelo “Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral”, responsável pela organização do projeto na sociedade civil e que o chama de “democrático radical”. E é esse o artigo que faz Dr. Hélio chamar a lei de “obsoleta”.

O respeitável jornalista Jânio de Freitas resumiu, em seu artigo “Ficha Limpa” (Folha de S. Paulo, 13 de Maio de 2010): “Trata-se de um projeto de iniciativa popular, cuja aprovação vale como uma advertência para a presença desse direito na Constituição.” Ou seja, já existia. Mas será mesmo válida essa “advertência”?


Pesando os prós e contras

Apesar de assumi-la como dispensável e muito provavelmente inútil, e, mesmo admitindo que “O candidato pode não ter sido condenado criminalmente, mas ter sua vida partilhada de circunstâncias que comprometem uma probidade imprescindível para o exercício de um mandato público.”, em artigos recentes, Dr. Hélio tem se mostrado simpático à nova lei, porque considera legítima e bem intencionada a iniciativa popular. Legítima, sem dúvida, é. O problema é que o diabo mora nos detalhes e é inegável que lá também mora com ele um sem número de pessoas “bens intencionadas”.

Jânio de Freitas também acha que a lei tem pontos a serem considerados como vitória. “É um caso raro de aprovação contra o interesse de grande número de parlamentares.”, garante. Será mesmo? A quem serve a desmoralização da classe política senão aos próprios políticos que se vêem beneficiados pelo desinteresse de um povo que vota por mera obrigação?

Compreendo e integro a indignação popular diante do fato de políticos usarem o mandato para escapar da punição por seus crimes. Indignação que levou à atitude extrema da criação de tal lei. Não há, no entanto, nada que me convença de que este seja o caminho.

Tal como o Dr. Hélio Bicudo, o advogado Erick Wilson Pereira também considera a lei desnecessária, alegando, porém, outros motivos: "O Brasil é a única democracia no mundo que precisa de uma lei para dizer que os políticos precisam ter ficha limpa. Ter vida pregressa idônea é uma obrigação do agente público. Porém não se pode inverter os valores democráticos. Afinal o grau de civilidade de uma nação se mede pelo princípio da presunção de inocência."


A presunção de inocência e a condenação sumária

O professor de Direito Penal, Túlio Viana, em seu desabafo “Sobre o projeto Ficha Limpa”, vai mais longe: “Se o “ficha-limpa” não fere a presunção de inocência (defendida pelo art.5º LVII da nossa Constituição), é pior ainda, pois vão tolher a exigibilidade do cidadão mesmo sendo inocente. Êh argumento jurídico bão: nós continuamos te considerando inocente, mas não vamos te deixar candidatar mesmo assim! Que beleza! Ou o cara é presumido inocente ou é presumido culpado. Não tem meio termo. Muitos dos corruptos brasileiros possuem “ficha limpa” – especialmente os mais espertos, que não deixam rastros. Por outro lado, várias lideranças sindicais brasileiras possuem condenações em segunda instância por “crimes” que envolveram participação em greves ou em lutas populares; devemos impedir que se candidatem?”, indagou Viana.

Como se vê, a polêmica idéia trata-se de uma aberração, que, pelo mundo, tem apresentado resultados com efeito contrário. A Itália, por exemplo, depois de promover uma perseguição política através da chamada operação “Mãos Limpas”, elegeu Silvio Berlusconi. Tão limpo quanto Maluf. Já uma lei do tipo na África do Sul não teria permitido a eleição de Nelson Mandela, cuja “ficha suja” envolvia condenação por “terrorismo”.

No vídeo citado no início deste texto, o jurista Aristides Junqueira alega que “diferentemente do que em direito penal, no direito eleitoral impera a precaução sobre a presunção”. Por que essa diferença? Não seria a “precaução” uma forma de condenação sumária?


“Ordem e precaução”

Muito se fala em “pôr ordem na casa”. E eu pergunto: a que tem se prestado a palavra “ordem” em nossa história? O que é o “choque de ordem”, de Eduardo Paes, atual prefeito do Rio de Janeiro, senão a criminalização da pobreza? O que foi o Departamento de Ordem Pública e Social (vulgo DOPS), instaurado por nossa ditadura militar, senão uma caçada a “terroristas”, como Mandela? Pode-se citar ainda episódios desconhecidos de nossa história, mas que, certamente, não foram os únicos. O que foi a “Operação mata-mendigo” (bem contada no filme “Topografia de um desnudo”), que, na década de 60, objetivou “pôr ordem” na cidade do Rio para visita da Rainha Elizabeth? Os mendigos foram brutalmente torturados e jogados no rio Guandu. Policiais e funcionários do então Governo da Guanabara foram indiciados. Porém, com o Golpe de 64, os inquéritos foram todos arquivados e o episódio quase apagado da história do Brasil.

Será incontável o número de artifícios malabaríticos que, já tão usados pelos políticos, surgirão ainda com mais freqüência, como drible para a “mão pesada” da nova lei. Já se tem notícia, por exemplo, de um que candidatou a esposa. É o incentivo a esse tipo de “precaução laranja”, à sujeira encoberta por debaixo do pano para melhor ludibriar o eleitor, que buscamos para nossa sociedade e política?


Por que (e para que) será?

Será que os pequenos delitos diários, não condenáveis pela justiça, não corrompem muito mais nossa política? É muito fácil demonizar os políticos. E nossa “grande mídia” é a primeira a atirar todas as pedras. Por que será? Imaginem se Lula vetasse a lei. Seria massacrado nas capas dos jornalões, ainda mais do que já é. E se fosse proposto um projeto “Ficha Limpa” para a profissão de jornalista, quantos sobrariam? Haja hipocrisia!

Tamanha foi a pressão popular, convenientemente apoiada pela mídia, que todos os deputados votaram pela aprovação do projeto. Ops... Menos um, que, com medo da reação da opinião pública, se apressou em alegar “ter trocado os botões no painel de votação por cansaço”. Os eleitores se enganam, porém, quando imaginam que a nova lei impedirá a reeleição de figuras como Renan Calheiros, José Sarney ou Fernando Collor. Todos estão em dia com a Justiça, a começar por Collor, que se elegeu senador depois de ficar inelegível por oito anos, situação em que se encontram os ex-deputados José Dirceu e Roberto Jefferson.

“E os casos de compra de voto e abuso do poder econômico?”, é o que indaga o ex-deputado José Dirceu em seu artigo “A mídia em mais uma de suas jogadas”. De fato, estes casos raramente levam a condenações. Por que não se tem coragem de falar em reforma política? Uma reforma que proporcionasse reais mudanças na legislação sobre as eleições, no sistema de financiamento das campanhas, nos guetos que ainda permitem que votos sejam trocados por dentadura?

Será que alguém já parou para pensar que a aprovação do projeto significou dar poder de veto de candidaturas às oligarquias regionais, que controlam a maioria dos Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Eleitorais? Por que não se discute a sério uma reforma no Judiciário que proporcionasse maior rapidez nos julgamentos, não apenas impedindo a candidatura dos corruptos, mas fazendo com que eles de fato fossem condenados e presos?

Por que não pensarmos antes em educar a população, desde as classes mais básicas do ensino, levando-lhe ao entendimento de que o eleitor é o agente responsável pelas mudanças de uma nação, que é ele que detém nas mãos o verdadeiro poder e mostrando-lhe o caminho para saber escolher melhor seus representantes? Se houver a conscientização de que voto é direito e não dever, para que mesmo uma lei que impõe ao povo o que é ou não condenável?

Hitler tinha a ficha limpa?

Numa atitude desesperada e destemperada, em grande parte repleta de boas intenções, foi o próprio povo que a avalizou. Faltou lembrar que Hitler, o senhor da “mobilização popular”, tão pregada pelo movimento (“radical democrático”) que deu origem ao projeto, era um exemplo de “moral e bons costumes”: para aproximar sua figura a de Gandhi, Goebbles, ministro da Propaganda de Hitler, o “vendia” como vegetariano, enquanto, alertam historiadores, “ele comia macarrão recheado com carne picante e coberto com molho de tomate”. Na busca por “pureza”, não bebia, não fumava.

Estão claras as diferenças contextuais: o Fürer alemão foi um ditador. Mas que, em nome da busca por uma “raça pura” – ou “limpa”, não faz muita diferença – gozou de grande popularidade em sua terra.


*Ana Helena Tavares, jornalista por paixão, futura jornalista com diploma. Editora-chefe do blog "Quem tem medo do Lula?".

A lei e a ordem - A diferença entre Wyatt Earp e Paulo Hartung


A lei e a ordem - A diferença entre Wyatt Earp e Paulo Hartung

Por Laerte Braga (*)


Wyatt Berry Stapp Earp inspirou vários filmes do gênero western e tornou-se uma das lendas do velho Oeste nos Estados Unidos. Foi um dos protagonistas de um célebre duelo o do OK Corral, na cidade de Tombstone, estado do Arizona, onde era xerife e tinha como auxiliares seus irmãos Virgil e Morgan, além do dentista, jogador e pistoleiro Doc Hollyday. Earp foi contemporâneo e parceiro em algumas situações de outra figura legendária, Bat Masterson.



Wyatt Earp morreu aos oitenta anos de idade, rico, sem nunca ter levado um único tiro. Foi xerife tanto quanto em determinado momento teve que fugir do estado do Arizona para o Colorado, acusado de vários homicídios.



Os filmes que retratam a história de Earp de um modo geral mostram-no como intransigente defensor da lei, da ordem e da justiça.



O célebre duelo do Ok Corral durou dezessete segundos e nele foram disparados dezessete tiros. É o que conta um trabalho de resgate dos fatos e que no Brasil foi apresentado no programa GLOBO REPÓRTER há cerca de uns trinta aos atrás.



Os Earps e Holliday mataram Ike Clanton, seus filhos e dois pistoleiros do grupo no tal duelo. Eram rivais no negócio de gado.



Earp, na verdade, mantinha a lei e a ordem e promovia a justiça dos grandes proprietários de terra das cidades onde foi xerife, ou agia segundo os interesses da Wells Fargo (à época companhia de diligências e já com uma pequena rede bancária no Oeste). Para prestar esses serviços, ele, seus irmãos e o Holiday cobravam um percentual sobre todos os negócios e exigiam o controle dos saloons (cassinos).



Os Clanton operavam com gado roubado, mas na verdade isso era o que menos incomodava a Earp. Os criadores de gado da região de Tombstone estavam perdendo o poder já que os rivais vendiam o gado a um preço mais acessível às companhias do Leste. Um concorrente a mais. Isso incomodava.



O governador do antigo e extinto estado do Espírito Santo, hoje um grande latifúndio de empresas como a VALE, ARACRUZ, CST e outras, não é nenhum Wyatt Earp. Os tempos são outros e Paulo Hartung jamais entraria em duelos, nunca enfrentaria alguém, quem quer que fosse, pela frente. Gosta do estilo traiçoeiro de apunhalar pelas costas e na escuridão.



Edson José dos Santos Barcellos era um sindicalista na cidade de Conceição da Barra, no extinto Espírito Santo. Por volta das sete horas da manhã de segunda-feira, à porta de sua casa, foi abordado por dois homens, seqüestrado e terça-feira seu corpo foi encontrado carbonizado, em Aracruz – cidade propriedade da empresa do mesmo nome –.



Edson José dos Santos Barcelos pertencia à direção do sindicato dos servidores públicos municipais. lutava contra políticas e práticas corruptas e criminosas de grupos de Paulo Hartung e em sua cidade enfrentava a quadrilha do prefeito Jorge Donati, protagonista de um dos mais vergonhosos episódios da história do judiciário capixaba (se é que existe algo não vergonhoso no judiciário capixaba).



Criminoso de várias facetas, envolvido em qualquer tipo de atividade ilícita, o tal prefeito controla a cidade com mão de ferro. Tipo dono de tudo. Ano passado, num procedimento judicial em que duas testemunhas depunham e confirmavam a compra de votos nas eleições municipais de 2008, o juiz, se é que isso é juiz, mandou prender as testemunhas para que “pensassem melhor sobre suas declarações”.



Foram soltas quarenta e oito horas depois por intervenção direta do ministro da Justiça, então Tarso Genro e do Conselho Nacional de Justiça, diante das denúncias levadas até essas autoridades.




No extinto Espírito Santo além do controle do judiciário, do legislativo e do executivo (com letra minúscula mesmo) as quadrilhas que controlam e operam a antiga unidade da Federação, controlam e operam a mídia – a grande mídia – também. No caso específico a REDE GAZETA, por “coincidência” afiliada da REDE GLOBO.



O que tem de fraude nessa história de REDE GAZETA é de fazer inveja a qualquer Marinho da vida.



O assassinato de Edson José Barcellos dos Santos é mais um dos crimes destinados a calar a boca dos que denunciam toda essa bandalheira generalizada que permeia a cumplicidade entre empresas, políticos e máquina estatal.



Por isso o silêncio da grande mídia. No chamado noticiário on line, aquele que relata os fatos de última hora, até as 15 horas de terça-feira nada sobre a morte do sindicalista. Estavam, ou ainda estão, naturalmente, aguardando ordens sobre como noticiar.



É um escárnio que um criminoso como Jorge Donati seja prefeito de uma cidade. É um acinte que um criminoso como Paulo Hartung seja “governador” de um extinto estado o Espírito Santo. E ambos têm “ficha limpa”.



O histórico de crimes praticados pela dupla e pelo grosso dos políticos e empresas que operam o crime organizado no grande latifúndio capixaba transcende o País. É recente a denúncia de organizações internacionais sobre “as masmorras de Paulo Hartung”. O assassinato de Edson já repercute em outros países.



O silêncio das chamadas autoridades, com toda a certeza, é para a limpeza da cena do crime, de todos os passos do crime para que tudo possa desembocar em dois ou três testas de ferro dispostos a assumir a autoria por motivos fúteis, escondendo as reais razões da barbaridade.



Essa prática é antiga.



E nem se diga que Edson José Barcellos dos Santos era um ativista de esquerda, ou “terrorista”, jargão ou epíteto que costumam aplicar aos que se atrevem a enfrentá-los. O sindicalista era filiado ao DEM. Ou por equívoco, ou por ingenuidade, acreditava que esse partido pudesse representar alguma coisa diferente que não interesses de quadrilhas formadas por banqueiros, empresários e latifundiários, com controle de políticos e máquina estatal no caso do extinto Espírito Santo..



O medo permeia o cidadão comum, cumpridor de seus deveres nessa antiga unidade da Federação. E torna-se maior se o cidadão ou grupo de cidadãos for credor de alguma coisa, bem, o que seja, caso por exemplo de precatórios, o que envolve o dito governo do estado.



A morte é a certeza quando se luta contra tal esquema.



Foi o que aconteceu a Edson José Barcellos dos Santos.



Num “estado”, vá lá, onde boa parte dos desembargadores do Tribunal de Justiça foi presa por prática de irregularidades várias. Onde a mídia, grande mídia, é literalmente parte da grande quadrilha. Onde os serviços públicos se voltam para interesses privados. Onde o governador tem em seus ombros a responsabilidade de ter sido um dos mandantes do assassinato de um juiz honrado. Num “estado” assim, a vida se torna mais difícil que a de qualquer ladrão de gado do velho Oeste que tenha pela frente o “justiceiro” Wyatt Earp e seu parceiro Doc Holliday, até porque há uma diferença de tempo, espaço e de atitude.



Earp e Holliday mandavam os inimigos sacarem primeiro, era cara a cara. Hoje a covardia sofistica-se na crueldade do seqüestro e do assassinato na certeza da impunidade, tem o amparo da lei.



Reveste do caráter de lei e ordem. A lei e a ordem da barbárie.



Parte da trajetória dessa turma pode ser vista em



http://protogenescontraacorrupcao.ning.com/profiles/blogs/a-corrupcao-organizada-e-a



ou ainda



http://nandatardin-igrat.spaces.live.com/blog/cns!EAACB9B2BE3F619D!297.entry



Só isso já dá para ter uma idéia do “currículo” das quadrilhas. O jornal on line SÉCULO DIÁRIO é um dos que escapa ao controle dos bandidos. Tem um monte de matérias exibindo a face corrupta e perversa dessa gente. É inacreditável que estejam soltos e pior, que exerçam os cargos que exercem.



Edson José Barcellos dos Santos, na contabilidade dessa gente, certa da impunidade, é só mais um obstáculo eliminado.



*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no “Estado de Minas” e no “Diário Mercantil”. É colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”.

É como se nada tivesse acontecido

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“O importante foi preservar a aliança”, diz Alckmin sobre vice de Serra

"Essa discussão do vice está superada, a pesquisa mostra que não teve efeito", sustenta o candidato a governador de São Paulo em rápida entrevista à Fórum.

Por Glauco Faria [05 de julho de 2010]

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, falou rapidamente à Fórum sobre sucessão presidencial, durante almoço de bolsistas que participam do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Para ele, o imbróglio para a escolha do vice não afetou a candidatura Serra e avalia que a internet pode ser um diferencial na campanha deste ano. Confira abaixo:

Fórum – Estamos a dois dias do início oficial da campanha eleitoral e o senhor já falou sobre a importância do horário eleitoral gratuito. A diferença de tempo entre Dilma e Serra pode ser decisiva para a petista?

Geraldo Alckmin – Acho que não e no caso do segundo turno o tempo será igual, independentemente do número de partidos. O Serra conseguiu um tempo que eu diria ser suficiente com a coligação de PSDB, DEM, PPS, PTB, PMN e PHS. E no segundo turno o tempo é igual.

Fórum – Mas pela polarização entre os dois principais candidatos é possível que não haja segundo turno...

Alckmin – É difícil hoje achar que não haverá segundo turno, o Serra tem boas possibilidades e essa última pesquisa mostrou um crescimento da candidatura dele. Estamos otimistas.

Fórum – A demora para a escolha do vice e também o fato do deputado Índio da Costa não ser tão expressivo politicamente prejudicou a candidatura Serra?

Alckmin – Isso está superado e o importante foi preservar a aliança, a presença dos democratas que, além de trazer força política, garante um bom tempo de televisão. O fato de ser do Rio de Janeiro é bom, porque estamos falando de um dos maiores colégios eleitorais do Brasil. Essa discussão do vice está superada, a pesquisa mostra que não teve efeito.

Fórum – O deputado Índio da Costa tem se manifestado bastante pelo Twitter, o senhor acha que as redes sociais e a internet podem ser um diferencial dessa eleição?

Alckmin – Eu já estou no Twitter, tenho quase 19 mil seguidores e vejo nessa eleição que a questão da informática, do Twitter, da comunicação via internet, vai ter muito mais força porque até a última eleição tudo era praticamente proibido e agora tudo é praticamente permitido. Teremos uma nova mídia, muito forte e com efeito no eleitorado, principalmente o eleitorado jovem.


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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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PT já sabe como neutralizar Índio

Informe JB - Leandro Mazzini
Jornal do Brasil - 06/07/2010

OS PETISTAS JÁ têm pronto o discurso de mídia para neutralizar o vice de José Serra (PSDB), Indio da Costa (DEM), se ele lançar mão da imagem o relator do Ficha Limpa. Vão lembrar que Indio apenas fez uma redação em cima do primeiro parecer do então projeto, redigido pelo federal José Eduardo Cardozo (PT-SP). O Indio quer aparecer, porque o verdadeiro relator foi o Zé Eduardo, lembra Vaccarezza, o líder do governo na Câmara.

Mistério Pró-Dilma, Berlusconi tem o direito de escolher candidato afinado com ele no Brasil. Mas foi um mistério, logo depois do encontro a sós com o presidente, o premier italiano dizer que acredita na volta de Lula em 2014.

Mistério 2 Um Fiorino branco, carroceria fechada e propaganda de frozen, tem vaga cativa a 20 metros do Ministério da Justiça.

Mas não vende o produto, o telefone não existe e o site pintado é de uma vodka russa chamada Diamond.

Cultura export A Indonésia enviou comitiva de 20 representantes a Brasília para conhecer as políticas do Ministério da Cultura.

Na pauta, Sistema Nacional de Cultura, Vale Cultura etc.

Pimentécio Itamar Franco, potencial candidato ao Senado, anda incomodado com o movimento Pimentécio organizado por aliados comuns de Pimentel (PT) e Aécio Neves (PSDB), que disputam a Casa Alta. Em chapas distintas, claro.

Campanha quente O PR do Rio pediu à ABI e à Procuradoria Eleitoral apuração num jornal sobre discrepância no espaço dado ao PMDB de Cabral, mais citado, e ao adversário Fernando Peregrino.

Caixa O governador do DF, Rogério Rosso, para recuperar o caixa, começou operação contra sonegadores.

Os atacadistas e supermercados estão na mira.

Do volante Rosso, ex-diretor da Fiat, recebeu para almoço semanas atrás o ex-piloto Emerson Fittipaldi.

Tropeços Rachaduras pequenas no piso de um setor do novíssimo Centro Administrativo de MG assustam visitantes e servidores.

Nada demais, informou o governo. Mas haverá reparações.

Ana$ta$ia Governador de Minas, Antonio Anastasia embarca para Washington amanhã para encher o cofre do estado.

Ana$ta$ia 2 Com o BID, serão US$ 137 milhões para obras de infraestrutura. Com o Bird, US$ 461 milhões como repasse, por cumprimentos das metas como a melhoria da qualidade do ensino.

Novo Jornal: BMG cria novo caixa 2 para campanha de Azeredo

Novo Jornal

IPSEMG transfere para Fundação Renato Azeredo comissão de 5% dos gastos com medicamentos pelo funcionalismo público mineiro

Inacreditável como é grande a criatividade dos administradores públicos diante da impunidade existente. Mais uma vez através do BMG, que esteve envolvido em todos os escândalos financeiros ocorridos em Minas e no Brasil desde o final da década de 80.

O Banco Central, instalado em frente à sede o BMG em Belo Horizonte, capital mineira, parece não notar a existência do mesmo.

Sabidamente o BMG é uma instituição financeira que existe juntamente com o Banco Rural, apenas para promover operações heterodoxas e lavar o dinheiro da corrupção praticada pelos governantes mineiros.

O BMG depois de movimentar junto com o Banco Rural uma montanha de dinheiro que irrigou a hoje reconhecida campanha corrupta do senador Azeredo ao governo mineiro em 1999. Participou do Valerioduto e Mensalão mineiro. Por esse motivo, grande parte de sua diretoria encontra-se respondendo criminalmente pelo fato.

Como o nome BMG ficou marcado pelos esquemas anteriormente citados, vem desde então constituindo “correspondentes”, com razão social diferente para operar em seu nome nos mais diversos ramos.
Assim ocorreu no famoso “empréstimo consignado”.

Agora, através da triangulação com uma empresa denominada Aceito Administração de Cartões e Prestação de Serviços Ltda, instalada na Cidade de Barueri, São Paulo.

Abocanhou através da Fundação Renato Azeredo, sem qualquer licitação a exploração do cartão para compra de medicamentos para o funcionalismo público mineiro. Pelo visto, enquanto não conseguirem abocanhar todo rendimento do funcionalismo, não estarão satisfeitos.

A engenharia da corrupção

Em parceria com o poderoso ABC Farma, entidade que congrega todas as farmácias do País, o IPSEMG celebrou através da Fundação Renato Azeredo um contrato sem qualquer licitação com a empresa de cartões de crédito “Aceito Cartões”.

Embora instalada no estado de São Paulo quase que a totalidade de seus sócios é de mineiros, sendo um deles Flávio Souza Franco, correspondente do BMG, com escritório instalado na Rua Espírito Santo, 283, lj 01 - Centro - Belo Horizonte.

A empresa, Aceito Administração de Cartões e Prestação de Serviços Ltda, na qual Flávio Souza Franco e sócio foi coincidentemente fundada em 02 de julho de 2009, pouco antes da celebração do convênio.

Tudo entre amigos

Porém, a ilegalidade maior está no fato do BMG fazer parte do conselho curador da Fundação Renato Azeredo. Fundação esta que só tem sido utilizada para fazer política para o senador Azeredo. Tudo através de convênios financiados pelo poder público. Basta observar o Sitio da fundação.

Estima-se que a receita da Fundação Renato Azeredo proveniente apenas do “cartão medicamentos” será de R$ 1.200.000,00, mensal.

Integrantes do mercado de cartões de crédito afirmam que a “ABC Farma”, (tradicional financiador eleitoral de Eduardo Azeredo através das farmácias filiadas) junto com “Aceito Cartões” pagou pelo direito de exclusividade na exploração do “cartão medicamentos”, R$ 500 milhões. Metade do que o Banco do Brasil pagou para explorar com exclusividade o crédito consignado oferecido ao funcionalismo público mineiro.

Operação esta já desfeita por completa ilegalidade.

Curioso é que o dinheiro não entrou na contabilidade do IPSEMG nem da Fundação Renato Azeredo. Fato idêntico ocorrido em relação ao governo do Estado quando recebeu R$ 1.200.000,00 do Banco do Brasil.

Depois de denunciado o ocorrido em relação ao Banco do Brasil pela Associação dos Jornalistas do Serviço Público (AJOSP) e Associação dos Contribuintes do IPSEMG (ASCON), o Ministério Público Estadual de Minas Gerais instaurou um inquérito para apurar o destino do dinheiro. Certamente que novamente o Ministério Público irá verificar e informar para onde foi todo o dinheiro do “Cartão Medicamento”.

Certeza da impunidade

Pelo visto o Senador Eduardo Azeredo (PSDB), não aprendeu qualquer lição com o processo de corrupção que responde no Supremo Tribunal Federal.

Desta vez, em vez de dinheiro público, irá gastar em sua campanha para deputado federal parte do valor gasto com sacrifício mensalmente pelo funcionalismo público ativo e inativo.

O senador não perdoa nem o dinheiro dos velhinhos e velhinhas aposentadas.

Alguns contemporâneos de seu pai Renato Azeredo não aceitam que Eduardo use o nome de seu pai para lesar o funcionalismo público mineiro.

Ofício enviado pelo presidente do IPSEMG encaminhando “cartão medicamento”.

Contrato celebrado entre Fundação Renato Azeredo ABCFARMA – Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico – e aceito pela Administradora de Cartões e Prestadora de Serviços Ltda.

Inscrição da empresa “Aceita” que comprova sua data de fundação em 02/07/2009.

Página do site da Fundação Renato Azeredo que comprova ser o BMG integrante de seu conselho curador.

Dilma terá mais palanques estaduais

Candidata do PT terá estruturas em 27 estados contra 25 de Serra

Com uma ação direta do Palácio do Planalto em negociações para fechar os palanques estaduais, a aliança encabeçada por PT e PMDB montou estrutura regional mais robusta para a candidatura presidencial de Dilma Rousseff do que a da aliança PSDB e DEM em torno de José Serra. Levantamento feito pela reportagem mostra que Dilma terá 41 palanques de candidatos a governadores espalhados pelos 27 estados. Já Serra conseguiu garantir palanques em 25 estados.A senadora acreana Marina Silva (PV) terá palanque em apenas três estados: São Paulo, Rio e Bahia. Até no Acre, o PV estará coligado com o PT no palanque do seu amigo Tião Viana.

O grande número de palanques de Dilma, segundo os petistas, pode até lhe criar problemas, já que em muitos casos ela terá que se dividir entre duas campanhas. Os tucanos reconhecem que a força da máquina governamental criou dificuldades para estruturar candidaturas dos aliados de Serra. Tanto que o tucano não terá palanque estadual no Amazonas e na Paraíba. No Maranhão, a solução surgiu em torno da candidatura do ex-governador Jackson Lago (PDT), que corre o risco de perder o registro com a Lei da Ficha Limpa. “O governo usou seu poder de fogo para formar os palanques de Dilma. Mas Serra conseguiu palanques competitivos em quase todo o Brasil”, diz o líder da minoria, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

Estratégias invertidas

Para montar palanques para Serra, o PSDB teve que criar várias candidaturas. Serão 16 tucanos disputando governos estaduais. Já o PT inverteu a estratégia, priorizando as alianças em torno de Dilma: serão apenas 10 petistas em disputa nos estados, contra 18 em 2006.

Líder do governo na Câmara e um dos coordenadores da campanha de Dilma, Cândido Vaccarezza (PT-SP) avalia que ela larga com enorme vantagem. “O importante não é Dilma ter até dois ou três palanques por estado, mas ter palanques fortes. Não concordo que ela conseguiu isso devido ao peso da máquina, mas por termos acertado na linha política, e por fazer parte de um governo que deu certo. O Serra errou mais.”

Serra ainda pode perder os apoios de Expedito Júnior (PSDB), em Rondônia, e Joaquim Roriz (PSC), no DF, se suas candidaturas forem impugnadas pela Ficha Limpa.

Fonte: http://www.diariosp.com.br/Noticias/DiaaDia/8111/dilma+tera+mais+palanques+estaduais
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