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sábado, 5 de junho de 2010

O dossiê do dossiê do dossiê...

O dossiê do dossiê do dossiê...



Por Leandro Fortes, na revista "Carta Capital"



No modorrento feriado de Corpus Christi, os leitores dos jornais foram inundados com informações sobre uma trama que envolveria a fabricação de dossiês contra o candidato tucano à Presidência, José Serra, produzidos por gente ligada ao comitê da adversária Dilma Rousseff. O time de espiões teria sido montado pelo jornalista Luiz Lanzetta, dono da agência Lanza, responsável pela contratação de funcionários para a área de comunicação da campanha petista. O primeiro desses documentos seria um relatório sobre as ligações de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB, com Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Uma história tão antiga quanto os dinossauros e já relatada inúmeras vezes na última década, inclusive por CartaCapital.


A notícia sobre o suposto dossiê, que ninguém sabe dizer se existe de fato, veio a público em uma reportagem confusa da revista Veja e ganhou lentamente as páginas dos jornais durante a semana até ser brindada com uma forte rea-ção do PSDB e de Serra. Na quarta-feira 2, o pré-candidato tucano acusou Dilma Rousseff de estar por trás da “baixaria” e cobrou explicações. A petista disse que a acusação era uma “falsidade” e o presidente do partido, José Eduardo Dutra, informou que a cúpula da legenda havia decidido interpelar Serra na Justiça por conta das declarações.


Os boatos sobre a fábrica de dossiês parecem ser fruto de uma disputa interna entre dois grupos petistas interessados em comandar a estrutura de comunicação da campanha de Dilma Rousseff, um ligado a Lanzetta, outro ao deputado estadual Rui Falcão. A origem dessa confusão era, porém, desconhecida do público, até agora. CartaCapital teve acesso a parte do tal “dossiê” que gerou toda essa especulação. Trata-se, na verdade, de um livro ainda não publicado com 14 capítulos intitulado Os Porões da Privataria, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.


O livro descreve com minúcias o que seria a participação de Serra e aliados tucanos nos bastidores das privatizações durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. É um arrazoado cujo conteúdo seria particularmente constrangedor para o pré-candidato e outros tantos tucanos poderosos dos anos FHC. Entre os investigados por Ribeiro Jr. estão também três parentes de Serra: a filha Verônica, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Está sendo produzido há cerca de dois anos e nada tem a ver com a suposta intenção petista de fabricar acusações contra o adversário.


É essa a origem das informações sobre a existência do tal “dossiê” contra a filha de Serra. E a razão de os tucanos terem lançado um ataque preventivo às informações que constam do livro. De fato, Ribeiro Jr. dedicou-se a apurar os negócios de Verônica. Repórter experiente com passagens em várias redações da imprensa brasileira, Ribeiro Jr. iniciou as apurações a pedido do seu último empregador, o Grupo Diá-rios Associados, que congrega, entre outros, os jornais Correio Braziliense e O Estado de Minas. O livro narra, por exemplo, supostos benefícios obtidos por Marin Preciado em instituições financeiras públicas, entre elas o Banco do Brasil, na época em que outro ex-tesoureiro de Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira, trabalhava lá. Para quem não se lembra, Oliveira ficou famoso após a divulgação de sua famosa frase “no limite da irresponsabilidade” no conjunto dos grampos do BNDES.


Em uma entrevista que será usada como peça de divulgação do livro e à qual CartaCapital teve acesso, Ribeiro Jr. afirma que a investigação que desaguou no livro começou há dois anos. À época, explica, havia uma movimentação, atribuída ao deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), visceralmente ligado a Serra, para usar arapongas e investigar a vida do governador tucano Aécio Neves, de Minas Gerais. Justamente quando Aécio disputava a indicação como candidato à Presidência pelos tucanos. “O interesse suposto seria o de flagrar o adversário de Serra em situações escabrosas ou escândalos para tirá-lo do páreo”, diz o jornalista. “Entrei em campo, pelo outro lado, para averiguar o lado mais sombrio das privatizações, propinas, lavagem de dinheiro e sumiço de dinheiro público.”


A ligação feita entre o nome de Ribeiro Jr. e o anunciado esquema de espionagem do comitê de Dilma deveu-se a um encontro entre ele e Lanzetta, em Brasília, no qual se especulou sobre sua contratação para a equipe de comunicação da campanha petista. Vencedor de três prêmios Esso e quatro prêmios Vladimir Herzog, entre muitos outros, Ribeiro Jr., 47 anos, é conhecido por desencavar boas histórias. Herdeiro de uma pizzaria e uma fazenda em Campo Grande (MS) e ocupado com a finalização do livro, o jornalista recusou o convite.


Na entrevista de divulgação do livro, Ribeiro Jr. afirma que a obra estabelece a ligação de diversos tucanos com as privatizações e desnuda inúmeras ações com empresas offshore para fazer entrar no Brasil dinheiro oriundo de paraísos fiscais. “São operações complicadas e necessitam ser explicadas com cuidado para os brasileiros perceberem o quanto foram lesados e em quanto mais poderão ser.”


A aproximação entre Ribeiro Jr. e Lanzetta, contudo, teria sido suficiente para que grupos interessados em ganhar espaço na campanha petista desencadeassem uma onda de boatos sobre a formação de um time de contraespionagem para produzir dossiês contra os tucanos. Diante do precedente dos “aloprados” do PT, a mídia embarcou com entusiasmo na versão depois assumida com tanto vigor pelos próceres tucanos. É mais um não fato da campanha.


O mesmo fenômeno envolveu o ex--delegado federal Onésimo de Souza, especialista em contraespionagem que chegou a oferecer serviços ao PT de vigilância e rastreamento de escutas telefônicas. Como cobrou caro demais, acabou descartado, mas foi apontado como futuro integrante da tal equipe de arapongas de Dilma Rousseff.


Por ordem da pré-candidata, qualquer assunto relativo a dossiê e afins está proibido no comitê de campanha instalado numa casa do Lago Sul de Brasília. Dilma se diz “estarrecida” com as acusações veiculadas, primeiro, na revista Veja e, em seguida, por diversos outros veículos - sempre com foco na suposta espionagem, nunca no conteúdo do suposto dossiê. Aos auxiliares, a petista mandou avisar que não aceitará, “em hipótese alguma”, a confecção de dossiês durante a campanha e demitirá sumariamente quem se envolver com tal expediente.

Anvisa:”Butantan nunca requereu avaliação da fábrica de vacina contra gripe”

Anvisa:”Butantan nunca requereu avaliação da fábrica de vacina contra gripe”


Por Conceição Lemes, no "Vi o Mundo"


Desde 1999, o Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo, alardeia que vai iniciar a produção da vacina contra influenza, ou gripe, num futuro próximo.


Na Folha de S. Paulo, em 19 de outubro de 1999,  o professor Isaías Raw, à época presidente da Fundação Butantan, promete para 2000:


O Butantan …no próximo ano [2000] inicia a produção da vacina contra influenza, um tipo de gripe (que, apesar de não eliminar a doença, evita internações custosas e a morte de idosos). Só essa iniciativa reduzirá o custo da vacina dos idosos à metade.


Em 14 de maio de 2003, o Diário Oficial do Estado de São Paulo informa que a fábrica “começará a operar em 2005.”



Em março de 2005, a Butantan em Revista, publicação do próprio instituto,  diz que “até 2008 deverá atender totalmente as necessidades brasileiras de vacinas contra a gripe”.



Em 6 de janeiro de 2006 , na Folha Online, acena com vacina contra a gripe aviária para o semestre de 2006.



Em 26 de abril de 2007, com claque e convidados especiais, entre eles o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o Instituto Butantan inaugura a fábrica de vacinas contra gripe. O evento é notícia em toda a mídia.



Serra discursa na inauguração da fábrica de vacinas contra gripe, do Butantan, em 2007


Cortadeira de ovos embrionados; é neles que o vírus da gripe é inoculado para produzir posteriormente a vacina


Na ocasião, o portal do Governo do Estado São Paulo e o site da Secretaria Estadual de Saúde trombeteiam: SP ganha primeira fábrica de vacina contra gripe do hemisfério sul.


Embora o Ministério da Saúde tenha pago metade dos R$ 70 milhões investidos na fábrica, curiosamente o ministro Temporão “sumiu” da nota oficial (parte dela está abaixo). Os bônus foram para Serra e o seu secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.



Textualmente a nota oficial do governo de São Paulo diz:


1. O investimento do governo do Estado na nova fábrica foi de R$ 34 milhões para as obras. O Ministério da Saúde investiu outros R$ 34 milhões para a aquisição de equipamentos de última geração.


Parêntese do Viomundo: O custo divulgado inicialmente foi de R$ 68 milhões. Porém, Serra, em discurso feito na inauguração, dá outro valor: O investimento foi perto de R$ 70 milhões, metade o governo de São Paulo, metade o governo federal.  É o que passou a ser divulgado.


2. A fábrica contra gripe (comum) terá capacidade de produzir até 40 milhões de doses de vacina por ano. A partir de 2008, o Instituto Butantan suprirá completamente a demanda nacional, o que vai gerar economia de R$ 100 milhões aos cofres públicos.



3. Atualmente [abril de 2007], as 20 milhões de doses utilizadas na imunização gratuita de maiores de 60 anos e outros grupos de risco são produzidas (monovalentes) na França pela empresa [farmacêutica Sanofi Pasteur, que produz na Europa o imunizante contra a gripe], importadas pelo Ministério da Saúde e envasadas pelo governo paulista.



BUTANTAN CULPA ANVISA PELO ATRASO


Apesar desses e outros anúncios, até hoje o Instituto Butantan não produziu  uma única dose de vacina contra gripe.


Essa realidade tornou-se pública há dez dias, mais precisamente em 26 de maio.  Os deputados estaduais do PT Antonio Mentor (líder do partido na Assembleia Legislativa paulista) e Fausto Figueira (presidente da Comissão de Saúde e Higiene) foram, em diligência, ao Butantan apurar a denúncia de que a fábrica de vacinas contra gripe não estaria funcionando.


Otávio Mercadante, diretor-técnico do Butantan, confirmou-lhes. Mercadante foi chefe de gabinete de José Serra no Ministério da Saúde, de 1998 a 2002.


Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo em 28 de maio aponta estes culpados pelo atraso de três anos nas operações:



…A fábrica está parada porque o Butantan ainda não obteve as certificações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da Sanofi Pasteur, multinacional que detém a tecnologia de produção da droga.


A Folha acrescenta:


Para o diretor do Butantan, Otávio Mercadante, a demora está dentro do prazo previsto. A vacina usada no Brasil é importada. Em 1999, o governo brasileiro firmou um acordo com a Sanofi. O laboratório forneceria a vacina ao país com exclusividade por alguns anos e, em troca, transferiria a tecnologia de produção ao Butantan.



Na quarta-feira, 1º de junho, esta repórter contatou a assessoria de imprensa do Butantan para saber se o diretor Otávio Mercadante confirmava a informação publicada pela Folha de que os atrasos se deviam à falta de certificações da Anvisa e da Sanofi Pasteur. Telefonou várias vezes em horários diferentes. A telefonista deixava tocar até a ligação cair. Ninguém atendeu. Mandou, então, e-mail.  Não obteve resposta.


“ Otávio Mercadante também nos afirmou que havia pendências de certificação com a Anvisa; não falou sobre a Sanofi Pasteur”, diz ao Viomundo Antonio Mentor, que questionou a Anvisa. Fausto Figueira adiciona: “O Mercadante prometeu discutir o caso com o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e dar uma resposta rápida sobre os motivos da fábrica parada”.


R$300 MILHÕES PERDIDOS EM TRÊS ANOS


Estranho. Como é possível o diretor-técnico do Butantan dizer que vai consultar o secretário da Saúde para saber os motivos de a fábrica de vacinas parada se é ele quem dirige o instituto desde 2003?


Além disso, a Anvisa desmente a informação de que a nova fábrica do Butantan ainda não produz contra gripe por falta de certificação da agência.  O seu diretor, Dirceu Barbano, em e-mail a Mentor diz:


A informação do Butantan de que sua nova unidade de fabricação de vacinas ainda não produz vacinas por falta de autorização da Anvisa não é verdadeira.


O Butantã nunca requereu processo de avaliação para a nova fábrica [a de vacinas contra gripe] para a Certificação das Boas Práticas de Fabricação – CBPF.


Essa certificação se dá por meio de inspeções que serão realizadas apenas mediante solicitação do laboratório Butantan, o que até o momento não ocorreu.


O Viomundo conversou com o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.


“A informação de que a fábrica não está em operação por falta de certificação da Anvisa é incorreta”, frisa Raposo. “Essas certificações em plantas são feitas pela Vigilância Sanitária do Estado em conjunto com a Anvisa. É a Vigilância Estadual que nos provoca. Hoje à tarde [quarta-feira, 1 de junho] conversei com a inspetora da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Ela me informou que até agora não recebeu qualquer pedido do Butantan para certificação da nova fábrica.”


Tentamos ouvir a Sanofi Pasteur Brasil nessa sexta-feira, não obtivemos retorno. A informação divulgada pela Folha é de que a farmacêutica concederá a certificação ao Butantan no segundo semestre deste ano. Quanto à transferência de tecnologia, iniciada em 1999, se concluiu em abril de 2007, quando a nova fábrica foi inaugurada, segundo a Agência Fapesp.


Agora, a promessa é de que fábrica entrará em operação ainda em 2010.  Foi o que informou Otávio Mercadante a Mentor e Figueira em 26 de maio.


Considerando que a fábrica de vacinas contra gripe deveria estar funcionando desde 2008, a sua inoperância já fez com que o governo federal deixasse de economizar R$ 300 milhões nesses três últimos anos.  Afinal, é o Ministério da Saúde que compra e distribui o imunizante, que é aplicado gratuitamente na rede pública de todos os estados. Dinheiro que poderia ser aplicado em outras áreas da saúde em vez de ser destinado à Sanofi Pasteur para a compra de vacina pronta.


Diante de tudo isso, estas perguntas são inevitáveis:


1) Por que o Butantan inaugurou  a fábrica em 2007 sem que ela estivesse realmente pronta para operar?


2) Alguém lucrou com o atraso em mais de três anos do início da produção de vacinas?


3) Alguém perdeu?


4) Por que o Butantan não revelou à sociedade o que estava acontecendo?


5) Po que apesar dessa situação, propagandeou em 2009 que iria produzir a vacina da gripe suína, embora não estivesse dando conta nem da vacina contra gripe comum?


6) A não revelação da situação real seria devido a receio de que o caso pudesse respingar no então governador José Serra, já que o Butantan é órgão do governo do Estado de São Paulo?


A sociedade tem o direito de saber a verdade, as respostas disso tudo. Afinal, estamos falando de saúde e recursos públicos.

Dona Dadá da Jaca


Dona Dadá da Jaca


Por José Ribamar Bessa Freire (*)


No bairro de Aparecida, em Manaus, o apelido é uma instituição. Lá, ninguém tem nome. Só apelido, que é sempre cortante como um bisturi. Perguntem quem é dona Darcicleide, mãe do Thomáz Augusto, ninguém sabe; mas dona Dadá, a mãe do Fon-Fon, todo mundo conhece. Conhecia. Ela morava na Rua Coronel Salgado, na beira de uma enorme cratera, chamada de ‘Covão’, depois aterrada e, hoje, ocupada, às terças-feiras, pela feirinha livre. Sua casa ficava nos fundos do terreno baldio que, no mês de setembro, abrigava o Bingo da Quermesse da Paróquia.


No final dos anos 50, quando os padres redentoristas construíram a igreja, a casa foi demolida. Mas antes disso, durante anos, dona Dadá, que era viúva, manteve no quintal um pequeno pomar doméstico, com várias árvores frutíferas, entre as quais se destacava uma jaqueira, enorme e troncuda, que dava umas senhoras jacas, respeitáveis, de até dez quilos, com bagos carnosos, doces, de cheiro forte e inebriante. Era a famosa jaca-mole-manteiga, anunciada no pregão do seu Messias pelas ruas da cidade.


Quando chegava o fim do ano, a jaqueira ficava coalhada com dezenas de jacas. Dona Dadá aproveitava tudo. Cortava a fruta - e aí a gente sentia o perfume em todos os becos do bairro. Selecionava os bagos, retirando aquela camada grudenta. Com a polpa, preparava um doce tão delicioso, mas tão delicioso que nem militante do PSOL botaria defeito. Do caroço assado, fazia castanha saborosa. Das folhas, remédio caseiro: um xarope expectorante bastante eficaz. Tosse, pelo menos, o Fon-Fon nunca teve.


Por essa razão, dona Dadá ganhou um – digamos assim – sobrenome: Dadá da Jaca. Na Aparecida, apelido é tão importante que tem até sobrenome. Em conseqüência, Fon-Fon herdou o da mãe e ficou conhecido, para sempre, como Fon-Fon da Jaca.


Fon-Fon da Jaca


Dadá? Tudo bem! Fon-Fon? Vá lá que seja! Afinal, ele tinha o lábio ligeiramente leporino. Mas ‘da Jaca’? Sabe-se lá por qual razão a família implicou com esse ‘sobrenome’. A jaqueira dava sombra, dava fruto, dava alimento, dava compota, dava remédio, mas dona Dadá também dava - comentavam as más línguas, infernizando a vida do Fon-Fon. A maledicência não tinha limites. Diziam que Fon-Fon era assim, amarelão empombado, porque seu Osvaldo – o Merisvaldo, caseiro dos padres – comeu muito a jaca da senhora sua mãe e costumava consolar a viúva nas noites chuvosas de Manaus.


Foi justamente num daqueles temporais amazônicos que uma jaca pesadona despencou, na madrugada, fazendo um rombo no telhado de zinco, caindo em cima da cama da Dona Dadá onde – dizem, dizem, eu não sei – Merisvaldo sonhava que comia compota de jaca. Esse foi o pretexto de dona Dadá pra se livrar do apelido que tanto desgosto lhe causava. Mandou o Merisvaldo derrubar a jaqueira, achando que assim resolveria três problemas: o do telhado, o do apelido e o de sua reputação. Com a jaqueira cortada, acreditava que o ‘da Jaca’ seria extirpado de sua identidade e voltaria a ser simplesmente Dadá.


Mas o homem põe e Deus diz: “põe”. Merisvaldo botou. Botou no toco. Levou vários dias para derrubar a jaqueira, que tinha mais de vinte metros. Cortou na base, deixando apenas a parte inferior do tronco, de um metro mais ou menos. Dona Dadá se arrependeu, porque com aquele toco assim exposto, os seus vizinhos passaram a identificá-la como Dadá do Toco do Merisvaldo. A emenda foi pior do que o soneto.


Antes que o apelido se consolidasse e seu filho fosse chamado de Fon-Fon do Toco do Merisvaldo, dona Dadá pediu, por amor de Deus, que arrancassem aquele mondrongo. As raízes estavam tão profundamente enterradas, que o caseiro pediu ajuda do Rodolfinho, o sacristão. Depois de quinze dias, o toco foi extraído, deixando um enorme buraco. A canalha do bairro não duvidou em mudar o codinome pra Dadá do Buraco.


- Tapa o buraco – implorou ela ao Merisvaldo. Com seus dentes de jacaré expostos, ele trouxe carradas de entulho de umas reformas lá na Fábrica de Cerveja XPTO e fechou tudo direitinho. Os vizinhos, então, que nunca aceitaram a derrubada da jaqueira, passaram a chamá-la de Dadá do Buraco Tapado. Ela não podia nem freqüentar a banca de tacacá da dona Alvina, que gritavam seu apelido, deixando saudades dos tempos em que era apenas Dadá da Jaca.


Carequinha querido


Por que me lembrei disso? A memória é caprichosa, tem lá suas armadilhas, permitindo associações inimagináveis. Nesse feriado, quando vi a procissão na TV, a imagem da dona Dadá ficou bubuiando em minha cabeça. Juro que cheguei até sentir o cheiro da jaca. E isso porque na festa de Corpus Christi, durante muitos anos, era ela que colocava velas e flores no altar da igreja de Aparecida, enfeitava o tabernáculo e puxava o hino com sua voz gasguita: “Criaturas todas, a Jesus saudemos / Deus sacramentado / vinde e adore-emos”.


Dai recordei poema de Bertold Brecht. Um prisioneiro socialista com uma faca riscou letras enormes na parede da cela: VIVA LENIN! Guardas viram e mandaram um pintor apagar aquilo. Com um pincel o cara cobriu letra por letra com cal, o que destacou ainda mais as palavras. Aí mandaram um segundo pintor, que cobriu tudo com tinta escura, mas horas depois, quando secou, as letras teimosas apareceram em relevo. Chamaram então um pedreiro que, com uma talhadeira, cavou letra por letra, deixando gravada a inscrição invencível. “Agora, derrubem a parede” – disse o preso socialista.


O poema, hoje, ficaria ainda melhor se Brecht tivesse usado a palavra ‘Liberdade’ no lugar de ‘Lenin’. Mas olha só como a memória faz suas piruetas, permitindo que José Melo entre nessa história como Pilatos no Credo. É que me enviaram pela internet o recorte de um jornal de Humaitá (Am) dizendo que José Melo, ex-secretario do Eduardo Braga (PMDB – vixe, vixe!) estava sendo disputado para ser candidato a vice-governador na chapa de todos os prováveis candidatos. “Ele é o carequinha mais querido do Amazonas” – bajulava o jornal.


Ora, uma consulta ao Diário Oficial da União (p.124, 11/04/2002) mostra que houve desvio dos recursos da merenda escolar e que os recibos apresentados pelo Carequinha, referente à entrega de ovos para as escolas, em 1995, quando ele era secretário de educação, “apresentam fortes indícios de falsificação”. Por isso, José Melo ficou conhecido em todo o Amazonas como José Melo Merenda.


Ele, que na época da ditadura, trabalhou para a AESI e o SNI, agora está querendo derrubar a jaqueira, arrancar o toco, tapar o buraco e, se preciso, derrubar a parede para que esqueçam que ele é o José Melo Merenda. Inutilmente. A gente carrega a memória e a história da gente no próprio corpo, na nossa identidade. Cada tentativa de esconder, revela ainda mais. Eis o que eu queria dizer: José Melo Merenda é, sem dúvida alguma, a Dadá da Jaca da política amazonense.


*José Ribamar Bessa Freire é antropólogo, natural de Manaus e assina no "Diário do Amazonas" coluna semanal tida como uma das mais lidas da região norte. Reside no Rio de Janeiro há mais de 20 anos e é professor da UERJ, onde coordena o programa "Pró-Índio".  Mantém o blog "Taqui pra ti" e é colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?"

Contra a Bolívia, Serra vira Bush


Contra a Bolívia, Serra vira Bush


Por Altamiro Borges*

Frustrada a jogada marqueteira do “Serrinha paz e amor”, o presidenciável demotucano resolveu assumir de vez a postura de candidato da direita. Mais realista do que o rei, ele vestiu a modelito do ex-presidente George Bush, que difundiu 932 mentiras – entre elas, a de que o Iraque possuía armas químicas e bacteriológicas – para justificar a invasão daquela nação rica em petróleo. Para agradar a direita brasileira e estadunidense, José Serra decidiu bombardear a sofrida Bolívia.


De forma leviana, o Bush nativo atacou: “Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice”. O ex-governador paulista, cúmplice do consumo aberto de crack nas ruas centrais da capital, mentiu descaradamente. Ele sabe que o maior produtor mundial de cocaína é a Colômbia (50,8%), seguida do Peru (35,7%). Mas preferiu ser cúmplice do aliado colombiano, o direitista Álvaro Uribe, acusado de vínculos com a narco-terrorismo.


O exterminador da política externa


A mentira do demotucano não se deu por descuido ou para criar mais um incidente diplomático – um mês antes, ele já havia dito que o Mercosul “é uma farsa”. Essas bravatas têm objetivos bem calculados. Como afirma Marco Aurélio Garcia, assessor do governo Lula, “Serra está tentando ser o exterminador do futuro da política externa”. O seu intento é atrair o apoio dos setores mais retrógrados da sociedade brasileira, contrários ao Mercosul, aos governos progressistas da região e ao projeto de integração soberana da América Latina.


Serra também tenta ganhar a confiança – e o apoio, aberto e camuflado – do governo dos EUA. A secretária Hillary Clinton, que parece mandar mais do que o fraco Barack Obama, está muita irritada com a postura do Brasil na negociação do acordo de paz com o Irã. Ela também chiou diante da posição brasileira que condenou enfaticamente o golpe em Honduras, no ano passado. Os EUA discordam das relações fraternais do Brasil com os governos da Bolívia, Venezuela ou Cuba. José Serra quer se cacifar como o candidato do imperialismo na disputa de outubro.


Direita serviçal do império


Como já apontou o jornalista Bernardo Joffily, do sítio Vermelho, José Serra utilizou esta mesma estratégia eleitoral no pleito de 2002. “O presidenciável do PSDB-DEM tem uma antiga fixação contra os vizinhos do Brasil. Quando ele tentou pela primeira vez a Presidencia, em 2002, usou como bordão a ‘ameaça’ de que ‘o Brasil pode virar uma Argentina ou uma Venezuela’. Até o jingle da sua campanha dizia que ‘não vou ser outra Argentina’”. Só que ele se deu mal!


A direita brasileira, cujo PSDB é sua expressão partidária, não tolera a atual política externa. Ela sempre pregou o “alinhamento automático com os EUA”, promovido de maneira servil – tirando os sapatinhos – pelo governo FHC. Ela nunca escondeu o seu ódio aos governos progressistas de Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa ou Raul Castro, taxando-os de “ditaduras”, mas foi cúmplice do golpe em Honduras e criticou o abrigo brasileiro ao presidente deposto Manuel Zelaya. Os demo-tucanos também tentaram sabotar o ingresso da Venezuela no Mercosul.


Orquestração com a mídia colonizada


A ofensiva do Bush brasileira também é articulada com a mídia nativa, que mais se parece com uma sucursal rastaqüera do império. Não por mera coincidência, na mesma semana em que José Serra atacou a Bolívia, a revista Veja publicou nova “reporcagem” contra Evo Morales. Semanas antes, ela já havia destilado veneno racista contra os bolivianos. Agora, confirmou as mentiras do demotucano sobre o tráfico de cocaína. No mesmo rumo, a Folha de S.Paulo estampou no título “PF avaliza visão de Serra sobre a Bolívia”, requentando documentos antigos da polícia federal.


Como afirma o jornalista Luis Nassif, as obviedades da campanha tucana são de cansar. “Serra dá o tiro na Bolívia. Aí a Veja aparece com a matéria prontinha, mostrando o perigo boliviano. Daqui a pouco vão ressuscitar os 200 mil guerrilheiros das Farc que invadirão o Brasil pelo mar... Onde esse pessoal está com a cabeça? Criaram um mundo circular em que meia dúzia de neocons fala para eles próprios sem se dar conta do entorno. É um autismo assustador”.


*Fonte: http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=cfd2b32e4caf5678c34b631f56c03686&cod=5776

Auto Draft

Auto Draft

Fascismo Paulistano: Lojistas vão jogar desinfetante em moradores de rua

Fonte: Brasília Confidencial


VALÉRIO CAMPOS


O Conselho Comunitário de Segurança do centro de São Paulo decidiu, nesta semana, desencadear uma ofensiva contra a presença de moradores de rua na região. A ofensiva compreenderá, essencialmente, duas ações paralelas no bairro Santa Cecília.


Uma das providências, a ser adotada por moradores e comerciantes, pretende impedir que ONGs e restaurantes dêem comida aos pedintes. A outra providência combinada pelo Conselho Comunitário atribui aos comerciantes a tarefa de jogar desinfetante, a cada manhã, sobre os moradores de rua que dormem nas portas das lojas.


Essas decisões foram tomadas por representantes de moradores e comerciantes de Santa Cecília, da Polícia, da Subprefeitura da Sé, da Guarda Civil e da Santa Casa. De acordo com o presidente do Conselho Comunitário de Segurança, Jorge Rodrigues, “deveria haver um local que concentrasse todas as instituições que querem doar (comida aos moradores de rua). Isso não pode ser feito no meio da rua, sem higiene”.


Estratégia semelhante parece estar em uso perto do aeroporto de Congonhas. Muita gente estava acostumada a dormir sob o viaduto João Julião da Costa Aguiar. De uma hora para outra, caminhões despejaram enorme quantidade de terra no local. Não há nenhuma placa indicando alguma obra, mas a Prefeitura informa que estuda um projeto de paisagismo para o local.


A expulsão dos moradores que viviam embaixo do viaduto é aplaudida pela presidente do Conseg local, a professora Miriam Bock. Ela afirma que a zona sul de São Paulo precisa de ajuda, porque “o prefeito (Gilberto Kassab, do DEM) tem uma política de tirar os moradores de rua do centro e eles se espalham por aqui praticando pequenos furtos”.

Auto Draft

TV de Israel ridiculariza Lula por seu apoio ao presidente do Irã







Para quem não sabe o significado de hipocrisia da mídia, aí está. O governo israelense bombardeando de forma covarde e sangrenta uma embarcação humanitária, que viajava em missão de paz em águas internacionais, e, enquanto isso, a TV de Israel "Latma TV" se dá a cara-de-pau de criticar o Lula, ridicularizando a ele e ao Brasil, pelo acordo com Ahmadinejad, presidente de um país que, diga-se, ostenta um histórico bem mais pacífico do que Israel. O conteúdo do vídeo é uma afronta total, uma falta de respeito sem limites. Chegam a insinuar claramente que o "Lula não tem cérebro". Imagino que o Netanyahu tenha.


Agradeço ao nosso colaborador Kais Ismail pelo envio do vídeo.

Operação harém - a fábrica de dossiês


Operação harém - a fábrica de dossiês


Por Laerte Braga (*)


Por Laerte BragaDetalhes de uma operação da Polícia Federal revelando um esquema de prostituição entre dançarinas, atrizes e aliciadores no meio televisivo foram divulgados nesta semana por alguns veículos da mídia. A notícia fala em “programas” que chegam a custar 20 mil reais, mais as despesas em caso de viagens. A FOLHA DE SÃO PAULO chegou a publicar extensa matéria sobre o assunto em sua edição de domingo, 30 de maio.



Sem qualquer ironia, Geraldo Jonk, no interior do Mato Grosso ouviu um barulho estranho durante uma pescaria em família e não pensou duas vezes. Pegou sua espingarda e disparou. Matou Edersila Jonk, sua mulher. A explicação foi singela. Pensou que o barulho fosse de onça.



O esquema desmontado pela Polícia Federal envolve modelos, dançarinas e atrizes. A operação envolve dois aliciadores, até agora os nomes públicos, foi descoberta através de escutas e tinha o nome de “FAMOSAS DA TEVÊ”. Muitas delas capas de revistas. A PF dispõe dos nomes dos clientes. Políticos, empresários e jogadores de futebol. Uma famosa assistente de palco de uma emissora de tevê, numa das conversas, relata que ganhou 10 mil reais num programa.



Uma das ligações mostra um governador interessado numa das “mercadorias”, uma dançarina de um programa. Não foi atendido, pois a moça, naquele momento estava namorando um “playboyzinho”. Outras opções lhe foram oferecidas.



As investigações indicam que as mulheres mais famosas exigem programas em hotéis de alto luxo, determinam a posição da relação sexual para o “negócio.” Um resort na República Dominicana chegou a criar um manual de conduta para as brasileiras que freqüentam o local.



Collor de Mello, quando presidente, fez saber a um figurão da GLOBO que tinha interesse em um “programa” com determinada atriz, à época em voga, estrelando novelas e outras coisas mais. A moça a princípio resistiu, depois aceitou. Encontraram-se num helicóptero da FAB em Brasília.



Sérgio Naya era um dos clientes mais assíduos das “meninas da GLOBO”. Como tinha um hotel em Miami o custo para ele era mais baixo. Num desentendimento de outros “negócios” com a rede, entrou em desgraça e quando da queda de edifícios de sua empreiteira foi fustigado pela rede todos os dias durante algum tempo. É que deixara umas faturas em aberto. Não fora isso era bem capaz do JORNAL NACIONAL atribuir a culpa ao vento e VEJA sair com capa dizendo que “os pedreiros foram os culpados”.



De um modo geral a GLOBO coloca nas primeiras filas dos programas de auditórios candidatas a atrizes ou a dançarinas. Quando se negam a aceitar intermediar um “negócio” qualquer com um cliente em potencial não voltam mais. É claro que isso não está escrito em nenhum contrato, mas qualquer empresário FIESP/DASLU sabe disso.



Ascensões rápidas na rede costumam ser sinal de aquiescência ao esquema. Claro e óbvio que a rede usa laranjas. Mas um negócio que rende 20 mil reais a uma dançarina, ou a uma modelo, ou a uma ex BBB (uma delas estava com cachê de liquidação, dois mil reais), pode resultar num contrato publicitário com a rede de milhões. Depende de deixar o cliente potencial em estado de graça.



Quando a GLOBO foi buscar Xuxa na extinta MANCHETE, a apresentadora declarou a jornalistas que deixava a antiga emissora com pesar. Tinha, segundo ela, um carinho muito grande por Adolfo Bloch, que a colocava no colo todas as vezes que iam renovar o contrato.



Xuxa foi uma espécie de ministra da educação de uma pelo menos geração de crianças brasileiras. Ana Maria Braga deve fazer um esforço tremendo para conseguir andar em duas pernas, a tendência é cair de quatro e vende a donas de casa da ideologia da cozinha todas as manhãs.



É desnecessário falar do Big Brother Brasil. Só o registro que é um programa mundial, apresentado em vários países e que na Colômbia, por exemplo, numa de suas edições, teve participação do presidente/traficante Álvaro Uribe.



Inventaram a profissão de ex-BBB.



A queda na circulação dos chamados grandes jornais, das revistas nacionais ensejou o aparecimento de jornais de segunda categoria onde a capa é sempre um “objeto” mulher e os títulos retratam o modelo, como há dias num desses, na primeira página – “Poliça invade a Coréia e deixa nove na horizontal”. A glorificação do BOPE, a estupidez oficializada, qualquer que seja o nome que tenha, nos vários estados brasileiros, a violência somada a baixaria.



Simone de Beuvoir não falou da condição da mulher imaginando que o capitalismo fosse se apropriar desse espírito de liberdade que é inerente ao sujeito, ao ser e se atira na percepção do outro à idéia de um mundo construído no amor e no respeito primeiro por si, para que se possa conhecer o outro. Huxley fala nisso também.



Nem Celso Furtado diagnosticou e definiu a chamada revolução feminista como “a mais importante revolução do século XX”, supondo que tudo poderia vir a terminar em mulher melancia, mulher melão, miss laje, vai por aí afora.



O preço do segundo no horário nobre é dos mais altos.



Imagino que os “negócios” da GLOBO e outras incluam caixas de sabão OMO, o que lava mais branco. E daquele que tira todas as manchas e de quebra perfuma o ambiente. É mais inteligente que você. Capaz de tirar a moça do caixa do pedágio e transformá-la em mercadoria do perfume da natureza destruída na sanha insana do capitalismo.



Para quem opera assim, distorcer fatos, mentir, inventar histórias, criar notícias segundo as conveniências dos seus clientes, de permeio as moças, é o de menos. Atribuir dossiês falsos a adversários políticos então é barbada. É prática da rede. Tem especialistas no assunto e quando precisa compra no mercado os melhores do ramo.



Foi dessa forma que arrancaram, em 2002, 250 milhões de dólares do governo FHC e jogaram Roseana Sarney na arena dos leões depois de incensar a moça como candidata presidencial e fabricar pesquisas no IBOPE. Foi esse e a emenda que permite a participação de capital estrangeiro em redes de rádios e tevês o preço do apoio, àquela época, a José Arruda Serra.



O portal GLOBO.COM é um dos exemplos mais precisos dessa maneira predadora de tratar o ser humano, sobretudo o ser mulher. Vende como manchete situações de novelas em que importante é o sucesso, os caminhos pouco importam, não deixam marcas, existe OMO. Vende alienação



São quadrilhas sofisticadas e não diferem dos traficantes comuns que aliciam meninas pobres para vendê-las em capitais européias. Só na hipocrisia.



É a “sociedade do espetáculo” em que o ser é mercadoria. Um desvario de Susana Vieira reclamando das condições do hotel numa determinada cidade do Nordeste vira manchete. “Não estou acostumada a isso, gosto de conforto”.



O jornalista Luís Nassif mostrou em artigo em seu portal que o tal dossiê atribuído a Dilma Roussef e que mostra Arruda Serra imerso em corrupção familiar foi feito por um jornalista do ESTADO DE MINAS, a pedido do ex-governador Aécio Neves, na troca de chumbo que precedeu a indicação de Arruda Serra como candidato tucano. Aécio tomou conhecimento que Arruda Serra estava levantando fatos de sua vida pessoal e providenciou a contra ofensiva. Um jornal diz até que o dossiê montado pelo jornalista mineiro vai virar livro.



Nassif pulou fora do barco corrupto e venal da mídia prostituta e prostituída, prostituidora. Resta como um personagem do filme de François Truffault, no célebre romance de Ray Bradbury, FARENHEIT 451. Migrou para a floresta onde guarda em sua alma o jornalismo decente e inteligente da coragem e da dignidade que por algum tempo habitou a mídia deste e de outros países.



A nota na coluna do jornalista Juca Kfoury sobre um tapa que Aécio teria dado em sua namorada num hotel no Rio, foi encomendada e serviu de alerta para o mineiro. Kfoury nas horas que não está atazanando Ricardo Teixeira (um santo perto dele) está a serviço de Arruda Serra.



Arruda Serra leu a nota antes de sua publicação, tudo combinadinho, acertadinho e pago, lógico.



VEJA e GLOBO fazem parte do esquema, isso é fora de qualquer dúvida. A GLOBO é antes de mais nada o grande bordel tecnológico do País.



É só lembrar que o JORNAL NACIONAL, o da mentira, nas eleições de 2006 deixou de noticiar o acidente com um avião da GOL e centenas de mortos (que já fora noticiado por seus concorrentes), para não distrair o telespectador do dossiê fabricado contra Lula e cujo objetivo era levar as eleições para o segundo turno e tentar derrotar o petista.



A caravana da cidadania do mesmo JORNAL NACIONAL cumpria esse papel também. Como aquele anúncio dos 45 anos da rede. Roberto Requião chamou Bial de mentiroso, Miriam Leitão de leviana e ambos assentaram em cima. Retrucar como? O governador estava falando a verdade.



Quase meio século de bandalheiras.



Esse esquema que a Polícia Federal chama de Operação Harém existe desde os primórdios da GLOBO. Está incorporado ao espírito da rede, é bem o retrato do caráter do grupo que a controla.



Ou da falta de caráter.



A ex-ministra já exigiu de José Arruda Serra provas que teria partido dela o dossiê e Nassif já mostrou que tudo não passou de troca de amabilidades entre tucanos, o próprio Arruda Serra e Aécio Neves.



E Arruda Serra quer Aécio para vice.



Isso é só o começo. Vem mais por aí. Quadrilhas como GLOBO, PSDB, DEM, PPS, VEJA, não são de jogar a toalha por um motivo simples. Vivem de extorsão, vivem de chantagens, vivem de iludir e enganar as pessoas (ouvintes, leitores, telespectadores).



O programa SEM FRONTEIRAS, da GLOBONEWS na manhã de sexta-feira, apresentado por Sílio Boccanera (nome de pirata, bem de acordo) critica a decisão de grupos pacifistas de protestar contra o cerco a Gaza (crianças morrem de fome diariamente), perguntando por que os pacifistas não entregaram os alimentos, os medicamentos e o material escolar ao governo terrorista de Israel para que ele fizesse a doação aos palestinos?



Ora, Gaza é terra palestina, os sionistas teriam roubado as doações, como roubam terras, água, saqueiam propriedades, destroem, prendem, torturam, estupram, matam, constroem muros. Em nenhum momento o jornalista (ou pirata israelense, a soldo de Israel?) falou em violência, nos assassinados pelos soldados terroristas de Israel. Para ele houve uma provocação, só isso.



Com certeza o produto desse negócio é bem maior que um programa com atriz, dançarina ou modelo. Muito mais que 20 mil. E o manual de condutas é elaborado em Washington ou Tel Aviv, pela organização EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.



Ah! Um detalhe final. A atriz que esteve com Collor vivendo emoções num helicóptero disse depois que o “cara é estranhésimo, tem cada gosto”.



É o modelo ou a nova ordem econômica como chamam. A globalização. A sociedade democrática, cristã e tudo em nome da liberdade de expressão. E William Bonner faz aquela cara de sério, dramático, porta-voz da verdade. E tripudia sobre o Homer Simpson, como chama de forma depreciativa –idiotas – os telespectadores do JORNAL NACIONAL, o da mentira. Pergunta quem quer um bom dia, ou deixa que a turma decida a cor da gravata que vai usar.



Bem que Aldous Huxley diz que a cor tem uma transcendência bem maior, que a percepção “reguladora” do cérebro. Mas a de Bonner é para ludibriar.



A culpa? Ora, alguém tem dúvida?  É do Irã. Ou de Chávez.. Dos que desejam a paz e denunciam a barbárie, como agora, no ataque sionista/terrorista a navios de paz e na suposta ingenuidade do repórter da GLOBONEWS, como se sionistas fossem entregar alguma coisa.



A expressão “assassinos” usada pela brasileira Iara Lee para retratar os soldados de Israel se aplica aos donos desses haréns. Não se mata só com tiros.



“E as pessoas se curvaram e rezaram para o Deus de neon que elas criaram”. Verso de Paul Simon em THE SOUND OF SILENCE.





*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no "Estado de Minas" e no "Diário Mercantil". É colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".


A charge é uma cortesia do cartunista Bira Dantas, também colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".

Ficha limpa e eleições: o cheiro do golpe

O projeto de Lei denominado Ficha Limpa foi aprovado nesta última sexta-feira, dia 4 de junho de 2010, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Com esse projeto, os candidatos condenados pela Justiça não poderão candidatarem-se, elegerem-se e até mesmo perderão o cargo, caso eleitos.


A Justiça Eleitoral ainda não decidiu se manterá a aplicabilidade da Lei para esse ou no próximo ano.


Mesmo assim, o que não pode passar despercebido é o fato da Justiça multar várias  vezes o presidente Lula e sua  candidata, Dilma Rousseff. Somam-se cinco multas e os processos ainda continuam em trâmite.


Por essa razão, este humilde blogueiro afirma, com preocupação, que estamos diante de um projeto de golpe. No caso de Dilma sair vitoriosa - e ela tem muitas chances de conseguir isso - a mídia e os partidos de oposição só terão o trabalho de acionar "o gatilho".


Esperemos para ver se isso ocorrerá após as eleições, em outubro.


Um abraço!


Roder

Auto Draft

A tragédia do Oriente Médio (para reler e refletir)



Os folhetins, o cinema e a TV nos acostumaram a observar os complexos dramas das pessoas, povos e nações a partir de uma ótica simplista: heróis-vilãos-vítimas.

Ou, simplificando mais ainda, a acreditarmos que quem causa sofrimento às vítimas são os bandidos e quem as defende, os mocinhos.

No fundo, trata-se do velho e obtuso maniqueísmo, a que os pensadores marxistas contrapuseram a dialética: Bem e Mal não existem como instâncias metafísicas que, desde os píncaros do paraíso celestial ou das profundezas do inferno, teleguiam a práxis humana, mas sim como resultado das decisões e ações adotadas pelos homens em cada situação.

No primeiro caso, alguns encarnam o Bem absoluto e o Mal absoluto, sem nuances: os mocinhos são sempre mocinhos e os bandidos, eternamente bandidos.




Na análise marxista, os papéis vão sendo assumidos a cada instante, de forma que o mocinho de ontem poderá ser o bandido de hoje, e vice-versa.

A esquerda mundial até hoje não se recuperou do pesadelo stalinista, que, como Isaac Deutscher bem assinalou, foi um amálgama do pensamento sofisticado dos revolucionários europeus com a religiosidade primitiva da Santa Mãe Rússia.

E a História, infelizmente, favoreceu essa perda de densidade crítica por parte da esquerda. O nazifascismo parecia mesmo encarnar o Mal absoluto, colocando os que o combatiam na condição de cruzados do Bem absoluto.

Veio a guerra fria e a estreiteza de visão se consolidou definitivamente, de ambos os lados. A política mundial se tornou um mero western daqueles tempos em que os mocinhos se vestiam sempre de branco e os bandidos só usavam trajes negros.

Então, desde a década de 1950, quando os EUA se colocaram como protetores de Israel e os soviéticos se compuseram com o líder egípcio Gamal Abdel Nasser, ficou estabelecido que a única forma progressista de encararmos os conflitos do Oriente Médio é beatificando os árabes e satanizando os judeus.

A questão no Oriente Médio é muito mais complexa.

Em primeiro lugar, temos um povo (o judeu) milenarmente perseguido, não só devido à maldade intrínseca dos poderosos de todos os tempos, mas também a uma certa vocação para o martírio: nunca quis misturar-se aos outros povos e conviver harmoniosamente com eles, fazendo, pelo contrário, questão de preservar sua identidade cultural/religiosa e de ostentá-la aos olhos de todos.

Então, mais do que a outros povos, fazia-lhe imensa falta um território próprio. Constituindo uma colônia minoritária em outros países e segregando-se rigidamente dos naturais desses países, neles despertava previsível hostilidade.

Ademais, os judeus eram invejados pelos gênios da cultura e da ciência que produziam (Marx, Freud, Einstein e tantos outros) e por seu êxito nas finanças, além de despertarem a hostilidade dos governos pela participação marcante que tinham em movimentos libertários/revolucionários.

É sintomático, aliás, que a esquerda hoje esqueça ou omita a importantíssima contribuição do Bund (União Judaica Trabalhista da Lituânia, Polônia e Rússia) para a gestação do movimento revolucionário russo, no início do século passado.

HOLOCAUSTO – Ao buscar um inimigo comum contra o qual unir a nação alemã, Hitler não precisou pensar muito: os judeus eram a opção óbvia.

Finda a II Guerra Mundial, a indignação que o Holocausto provocou na consciência civilizada fez com que a idéia do lar judaico passasse a ser vista com simpatia generalizada.

Foi quando os judeus cometeram seu maior erro de todos os tempos: aceitando a liderança espúria de fundamentalistas religiosos/terroristas sanguinários, implantaram seu estado nacional numa região em que se chocariam necessariamente com outros fundamentalistas religiosos/terroristas sanguinários.

A Inglaterra, império decadente, bem que tentou impedir, em vão. E as pombas desnorteadas, judeus imbuídos dos melhores ideais, acabaram aderindo em massa ao projeto sinistro dos falcões.

Então, uma das experiências socialistas mais avançadas que a humanidade conheceu, a dos kibutzim (comunidades coletivas voluntárias israelenses), acabou sendo tentada num país que logo viraria bunker – e, melancolicamente, foi definhando, até quase nada diferir hoje em dia das cooperativas dos países capitalistas.

As nações árabes só não exterminaram até agora o estado judeu porque jamais o enfrentaram juntas e disciplinadas, sob um verdadeiro comando militar. Mesmo quando vários exércitos combateram Israel, atuaram praticamente como unidades independentes, em função das querelas e disputas de poder entre os reis, sheiks, sultões, califas, emires, etc., de países cuja organização política e social ainda é feudal.

Os israelenses, por enquanto, têm compensado sua inferioridade numérica com a superioridade de seus quadros e equipamentos militares, bem como com a repulsiva prática de promover massacres intimidatórios, reagindo de forma desproporcional e freqüentemente genocida aos ataques que sofre.

Os movimentos fundamentalistas/terroristas árabes agem como provocadores: sabem que jamais conseguirão enfrentar de igual para igual Israel, mas atraem retaliações contra seus povos, na esperança de que isto acabe trazendo as nações para o campo de batalha. Querem ser o estopim de uma guerra santa e não hesitam em sacrificar os seus em nome dos desígnios de Alá.

Os governantes feudais árabes, entretanto, têm mais medo de serem desalojados dos seus tronos do que ódio por Israel. Sabem que o despertar das massas contra o inimigo nacional pode derivar para levantes revolucionários em seus países. Preferem preservar o status quo, ao preço de fecharem os olhos a atrocidades como as cometidas contra os palestinos em Gaza.

Não se trata de nenhum filme de mocinho-e-bandido, pois só há vilãos entre os atores políticos; ninguém que mereça nossa simpatia e apoio.

Quanto às vítimas, estas sim são indiscutíveis: os civis que, nas últimas seis décadas, têm sido abatidos como moscas, devido à cegueira e (sejamos francos) imoralidade monstruosa desses atores políticos.

No fundo, a solução sensata seria o estabelecimento dos judeus noutro território qualquer – quantos países paupérrimos não lhes cederiam terras e autonomia administrativa, em troca de recursos e cooperação para seu desenvolvimento?

Mas não é a sensatez que rege o mundo e sim, como Edgar Allan Poe destacou, o horror e a fatalidade.

Então, os Hamas da vida continuarão ensejando carnificinas e os israelenses seguirão massacrando os vizinhos, trucidando seus velhos, mulheres e crianças, até que surja um novo Lawrence da Arábia e consiga levar à vitória a guerra santa sonhada pelos fundamentalistas/terroristas árabes.

O que temos no Oriente Médio é uma tragédia: os acontecimentos marcham insensivelmente para o pior desfecho e nada podemos fazer, exceto atenuar, tanto quanto possível, os banhos de sangue.



ESCREVI ESTE ARTIGO EM JANEIRO DE 2009, NA ESTEIRA DOS MASSACRES QUE ISRAEL PERPETRARA NA FAIXA DE GAZA.

PERMANECE, INFELIZMENTE, ATUALÍSSIMO.

OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS NOS REVELAM, P. EX., QUE O BLOQUEIO DE GAZA SÓ FUNCIONOU PORQUE O EGITO COLABOROU COM ISRAEL NESSE INTENTO DESUMANO.

AGORA, FINALMENTE, SE DISPÔS A REVER SUA POSIÇÃO DE CONSIDERAR O HAMAS PIOR INIMIGO AINDA DO QUE O ESTADO JUDEU.

QUANTO A ISRAEL, FICAMOS SABENDO QUE SE TORNA, CADA VEZ MAIS, UM MONSTRO DE FRANKENSTEIN: AS ILUSÕES DE OUTRORA VÃO CEDENDO LUGAR À DURA REALIDADE DE QUE OS JUDEUS SOFISTICADOS NÃO QUEREM NELE RESIDIR, DAÍ O CRESCENTE AFLUXO DE JUDEUS MAIS PRIMITIVOS (E, PORTANTO, IMPIEDOSOS) PARA QUEM COMPENSA TROCAR A POBREZA NA QUAL VIVIAM PELOS RISCOS DE SE ESTABELECEREM NUMA ZONA DE CONFLITO.

ESSES NOVOS CONTINGENTES SÃO PREDOMINANTEMENTE DE FANÁTICOS RELIGIOSOS -- E, COMO TAIS, TENDENTES A APOIAR QUAISQUER SOLUÇÕES DE FORÇA CONTRA OS PALESTINOS.

ELES AUMENTAM MÊS A MÊS SUA ASCENDÊNCIA NA POLÍTICA E NO EXÉRCITO ISRAELENSES. E QUEREM MESMO QUE SURJAM CONFRONTOS COMO O ATUAL, PARA FECHAREM TODAS AS PORTAS AO DIÁLOGO CIVILIZADO, CONSOLIDANDO A OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO USURPADO AOS PALESTINOS.

DAÍ A HIPÓTESE, COGITADA POR ALGUNS ANALISTAS, DE QUE O MASSACRE DA FLOTILHA DE AJUDA HUMANITÁRIA EM ÁGUAS INTERNACIONAIS NÃO TENHA SIDO UM FESTIVAL DE ERROS E ABUSOS, MAS SIM UMA PROVOCAÇÃO DELIBERADA, URDIDA PELOS FALCÕES ISRAELENSES PARA AFASTAREM AINDA MAIS QUALQUER POSSIBILIDADE DE SOLUÇÃO NEGOCIADA.

IDEM O RECENTE ANÚNCIO DE NOVAS OCUPAÇÕES NO EXATO INSTANTE EM QUE OS ESTADOS UNIDOS EMPENHAVAM-SE EM BUSCAR UM ACORDO, O QUAL IMPLICARIA, PELO CONTRÁRIO, DEVOLUÇÃO DE TERRA AOS PALESTINOS.

MANTENHO MINHA ANÁLISE: O QUE ESTAMOS VENDO SÃO EVOLUÇÕES NO SENTIDO DE UMA ENORME TRAGÉDIA QUE NINGUÉM ESTÁ CONSEGUINDO EVITAR.

OS JUDEUS SÓ CONSEGUIRÃO PERMANECER EM ISRAEL SE CHEGAREM A ALGUMA FORMA DE ENTENDIMENTO COM OS LEGÍTIMOS PROPRIETÁRIOS DAQUELAS TERRAS.

NO LONGO PRAZO, A ALTERNATIVA PARA ELES É: COEXISTÊNCIA PACÍFICA OU EXPULSÃO (EVENTUALMENTE EXTERMÍNIO).

MAS, APROFUNDANDO SUA INTRANSIGÊNCIA, CONTRIBUEM INSENSIVELMENTE PARA ESSE DESFECHO.

MAIS DIA, MENOS DIA, OS POVOS ÁRABES SE UNIRÃO E VÃO ALCANÇAR A VITÓRIA. SE OS JUDEUS NÃO RECUAREM DE SUA LOUCURA BELICISTA, ACABARÃO COLHENDO O QUE ESTÃO PLANTANDO.

NO ENTANTO, NÃO VEJO MOTIVO NENHUM PARA NOS REGOZIJARMOS COM BANHOS DE SANGUE.

FICO ENOJADO AO VER CIDADÃOS ANTEGOZANDO DESDE JÁ O DIA EM QUE TAL "CANCRO" SERÁ "EXTIRPADO". QUEM GOSTA TANTO ASSIM DE VER PESSOAS MORRENDO, POR QUE NÃO VAI MATÁ-LAS PESSOALMENTE?

CONTINUAREI LAMENTANDO QUE SEJAM O HORROR E A FATALIDADE A REGEREM OS DESTINOS DO MUNDO, ENQUANTO O CAPITALISMO, JÁ PUTREFATO E CADA VEZ MAIS DESTRUTIVO EM SEUS ESTERTORES, NÃO CEDER FINALMENTE LUGAR À COOPERAÇÃO E SOLIDARIEDADE ENTRE OS HOMENS.



Por: Celso Lungaretti, jornalista e escritor

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