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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

O silêncio de Hillary Clinton



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O silêncio de Hillary Clinton



Giora Becher, embaixador israelense no Brasil, em artigo publicado na Folha de S.Paulo, tenta ocultar a estratégia da barbárie. Israel decreta um bloqueio e busca a chancela de um sistema normativo que o condena. É assim que deve ser compreendida a brutalidade da "democrática" sociedade israelense.


Por Gilson Caroni Filho (*)


No artigo "Sionismo: armadilhas de origem” [21/01/09], escrito em parceria com o economista Carlos Eduardo Martins, afirmamos que, por sua própria ideologia fundadora, Israel jamais se submeteu - ou se submeterá- a leis internacionais ou preceitos humanitários, assim como jamais se sentiu- ou se sentirá - obrigado a respeitar quaisquer acordos ou tratados que firme. Desde sua fundação, e em toda sua história, Israel definiu a si mesmo como um Estado fora da lei, uma força expansionista em permanente confronto com os "terroristas" de territórios ocupados.


O ataque - em águas internacionais - a uma missão que levava alimentos, materiais de construção e medicamentos para a população da Faixa de Gaza, brutalmente devastada pela operação "Chumbo Derretido", realizada no início de 2009, é apenas mais uma ação que confirma a cristalina certeza israelense: o que conta é o apoio dos aliados estadunidenses que procuram assegurar a hegemonia política na região. A comunidade internacional não deve ser levada a sério.


Uma acintosa exibição dessa má ou falsa consciência pode ser encontrada nas palavras do embaixador Giora Becher, embaixador israelense no Brasil, em artigo publicado hoje, 1/6, na Folha de São Paulo: "os organizadores estavam cientes de que suas ações eram ilegais. Sob o direito internacional, quando um bloqueio marítimo está em vigor, nenhuma embarcação pode ingressar na área bloqueada. Em conformidade com as obrigações de Israel sob esta lei, os navios foram avisados várias vezes sobre o bloqueio marítimo ao longo da costa de Gaza".


Em uma eficiente inversão ideológica, Becher tenta ocultar a estratégia da barbárie. Israel decreta um bloqueio e busca a chancela de um sistema normativo que o condena. É assim que deve ser compreendida a brutalidade da "ocidental" e " democrática" sociedade israelense: como mera afronta á lógica formal que objetiva legitimar os ditames de uma extrema-direita fundamentalista e religiosa.


Convém recordar alguns fatos. Recente resolução do Conselho de Segurança da ONU recomendou a Israel, em termos extremamente brandos, que subscrevesse o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Dupla perda de tempo. Primeiro porque será ignorada, como foram todas as resoluções anteriores instando o Estado judeu a cessar suas ações imperialistas e de massacre contra os palestinos. Segundo porque, mesmo que uma liderança eventual acedesse em subscrever o TNP, o “povo eleito" o ignoraria solenemente. Ou alguém supõe que Tel-Aviv permitiria inspeções de Agência Internacional de Energia Atômica a seus arsenais nucleares?


Não esperem da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, propostas de fortes sanções comerciais e financeiras contra Israel, muito menos ameaças nada veladas de intervenção militar. Essas ela reserva para o Irã, país signatário do TNP e sem histórico de agressões a vizinhos e atos de pirataria de Estado. Ou mesmo palavras duras de condenação e advertência, quando não de clara intimidação, como as dirigidas ao Brasil. Sobre Nethanyahu e seus soldados, de Hillary só se pode esperar o silêncio cúmplice dos assassínios.


Israel, fiel aliado de Washington durante a Guerra Fria, é encarado como uma “ilha de civilização ocidental no Oriente Médio". Merece, como escreveu José Arbex Jr (Caros Amigos, dezembro de 1998) "todo apoio e consideração contra os” bárbaros islâmicos" que, aliás, nem sequer existem".


A docilidade do texto do Conselho de Segurança não poderia ser mais elucidativa. Não há condenações, não se fala em ataques, mas “em ações” Os nove ativistas mortos não imaginavam que a arrogância, o terror e o sadismo com que o Exército israelense trata as populações palestinas fossem extensivos aos que se empenham em ações humanitárias. O ataque à flotilha é uma lição da velha ordem internacional. Nela, procura-se mostrar a inutilidade do humanismo como um referente ético sem valor de uso nem de troca.


Compreende-se, agora, o real significado das palavras de Hillary sobre o acordo nuclear assinado entre Irã, Brasil e Turquia. Para quem vê a guerra como campo de experiência e exercício de hegemonia, soluções diplomáticas para crises internacionais tornam o mundo bem mais perigoso. Melhor contar com as determinações consagradas do terrorismo de Estado.


*Gilson Caroni Filho é sociólogo e mestre em ciências políticas. Mora no Rio de Janeiro, onde é professor titular de sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha). É colunista da Carta Maior, colaborador do Jornal do Brasil e do blog "Quem tem medo do Lula?".

O sionismo é um cancro - Deve ser extirpado


O sionismo é um cancro - Deve ser extirpado


Por Laerte Braga (*)


Por Laerte BragaEm Portugal se usa a expressão cancro para um câncer. “Doença caracterizada por uma população de células que cresce e se dividem sem respeitar os limites normais, invadem e destroem tecidos adjacentes e podem se espalhar para lugares distantes no corpo através de um processo chamado metástase”.


O sionismo, que controla os Estados Unidos e o estado de Israel é um cancro. Tem que ser extirpado. Não respeita limites normais, invade e destrói células adjacentes e se espalha por diferentes partes do mundo num processo em que a metástase é destruição de qualquer possibilidade de futuro digno. A opção dos outros países do mundo é buscar a sobrevivência como nações soberanas e íntegras em si e por si, ou submeter-se a essa doença estúpida.


Imaginar que é possível controlar o processo de crescimento dessas células sem o tratamento adequado e no momento preciso, é aceitar resignado o fim.


A tendência que se observa é levar a boçalidade sionista para conversas infindáveis, tímidas advertências sobre a ação contra pacifistas em águas internacionais e continuar a permitir o massacre de palestinos, um genocídio que envergonha nações ditas democráticas.


Acreditar que Obama vá tomar alguma atitude é acreditar em fantasias. Obama só difere de Bush no estilo. É mandatário de um grupo terrorista que controla o complexo ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A. Um espertalhão que faz o discurso da paz, comprou o prêmio Nobel da Paz e impõe ao mundo as mesmas guerras boçais que Bush impôs e os norte-americanos, historicamente, como precursores do terrorismo de Estado, tem imposto em cada canto do planeta.


Mentiram sobre as armas químicas e biológicas no Iraque, mentiram sobre o Afeganistão (onde estão sofrendo sérias derrotas militares) e sustentam o terror praticado por Israel contra o povo palestino. Submetem países como a Colômbia à condição de colônia e subjugam pelo horror da violência o povo colombiano (as eleições foram uma fraude).


Patrocinam golpes de estados como o que aconteceu em Honduras em junho do ano passado para atender a interesses de seus acionistas. Não têm respeito por absolutamente nada que não seja a vocação imperialista e terrorista que os caracteriza. Sequer pelos seus cidadãos. Associações de veteranos norte-americanos das guerras do Iraque denunciam que foram usadas armas químicas e biológicas e muitos deles, hoje, padecem de doenças incuráveis por conta desse patriotismo canalha que é a marca registrada da empresa ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A.


Tem seus tentáculos doentios espalhados por todo o mundo, por todos os países. No Brasil não se ouviu uma única palavra do candidato presidencial José Arruda Serra de condenação à barbárie contra pacifistas. É a face visível de um dos tentáculos dos EUA. Como o seu partido o PSDB.


A brasileira Iara Lee, libertada depois de humilhações impostas pelos terroristas de Israel, afirma ter imagens que comprovam a barbárie dos militares daquela organização criminosa. Os espanhóis detidos a bordo de navios que levavam ajuda humanitária a palestinos denunciaram maus tratos e o governo de seu país parece estar disposto a contemporizar para evitar problemas já que sede de importantes bases da OTAN, braço do terrorismo EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. O silêncio covarde do rei que tem mania de querer mandar os outros calar a boca. É cumplicidade se assim agir.


Os mortos pelos terroristas israelenses são todos turcos e estavam á bordo dos navios abordados pelos piratas sionistas.


O crime chocou inclusive a judeus ortodoxos que não praticam ou vivem dentro do espectro terrorista do sionismo. Na quarta-feira manifestaram-se diante da Casa Branca, matriz do terrorismo de estado mundial.


O presidente da EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, Barack Obama, uma empulhação absoluta, disse que seu governo vai buscar junto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas as sanções contra o governo do Irã.


Matar, saquear, roubar, estuprar, torturar, manter campos de concentração, construir muros, condenar um povo ao genocídio, tudo isso pode, desde que seja para garantir o sócio no terrorismo sionista.


A culpa é do Irã. Um dos porta-vozes do governo terrorista de Israel negou maus tratos e afirmou que “nós judeus não deixamos ninguém morrer de fome”. Judeus não, mas terroristas sionistas sim.


Os países que se pretendem soberanos precisam repensar suas políticas externas, aqueles que não querem aceitar o jugo desse novo Reich e buscar formas além da diplomática para enfrentar essas hordas de bárbaros e insanos. Não há sentido no diálogo se ele é unilateral e serve apenas às potências terroristas para manter as políticas de violência e estupidez que mantêm em todas as partes do mundo.


No caso específico do Brasil é necessário parar e pensar sobre que futuro queremos. Se o tacão nazista dos EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, ou se desejamos ser protagonistas ativos de um futuro de paz e prosperidade que signifique mais que liberdade, signifique justiça em todos os sentidos.


Contar com as forças armadas brasileiras é bobagem. Em sua imensa e esmagadora maioria é controlada de fora pela organização terrorista. Pensam e agem como norte-americanos.


Num momento em que percebemos a força de nosso País, o acordo Brasil, Irã e Turquia é hora de perceber também que somos uma grande nação e estamos vivos e despertos para a realidade. A força dessa vida há de vir do povo, da rejeição aos canalhas que se rotulam patriotas, sejam civis ou militares.


A experiência do terror está viva ainda, falo do golpe de 1964, o período que fomos colonizados e brutalizados pelos EUA, com a cumplicidade da maioria dos nossos militares.


O que aconteceu com a flotilha que levava ajuda humanitária a palestinos não pode ser assunto de uma semana de mídia, mesmo porque a grande mídia é podre, corrupta, comprável e é um dos tentáculos do terrorismo nas suas mais variadas formas, a alienação é uma delas.


Houve um crime contra a humanidade, uma barbárie. Um ato de insanidade reprovado e condenado inclusive por judeus capazes de compreender o significado de Israel para esse povo, mas capazes também de rejeitar esse papel de potência terrorista.


E as armas nucleares de Israel? Vai aí alguma sanção? Nada.


A culpa é do Irã.


Quem se der ao trabalho de conhecer os resultados das investigações sobre o 11 de setembro de 2001 vai ficar estarrecido com as mentiras do governo de Bush. Milhões de norte-americanos começam a questionar essas mentiras.


O dilema vivido pelo povo palestino é o mesmo, embora não tenha ainda atingido a essas proporções a barbárie explícita, contra povos africanos, latino-americanos, asiáticos, na cobiça desmedida da organização EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.


É aquela história da flor, batida e surrada, mas real. Arrancam uma flor, pisam no jardim e entram em nossas casas quando não mais podemos reagir.


A falência da Europa é uma realidade que se constata a cada dia. A construção de uma comunidade onde as grandes potências determinam os rumos dos países mais fracos resultou nessa distorção que se verifica na Grécia e vai em escalada natural atingir Portugal, Espanha, Itália, até que outros sejam devorados.


O fator principal? A Comunidade Européia, a despeito de um ou outro vagido de independência, é um dos tentáculos do terrorismo político, econômico e militar do complexo EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Nações como a Grã Bretanha precisam pedir licença a Washington para ir ao banheiro.


As políticas da organização terrorista para a África são de terra arrasada.. Não importam as mortes por fome, as doenças, as guerras civis, nada disso, importa que possam chegar e tomar conta das riquezas. Não foi por outro motivo que os assassinos de Tel Aviv ofereceram armas atômicas ao antigo regime branco da África do Sul.


Na Ásia a China isola-se em torno de seus interesses de grande potência. Fecha-se, cuida de si e o Japão já percebe o abismo que se avizinha. Países como Paquistão submetem-se ao terrorismo dos norte-americanos.


A Rússia, outrora contraponto desse terrorismo se vê a cada dia mais cercada por bases militares da OTAN e o governo do presidente Putin segue a política de uma no cravo e outra na ferradura, sem enxergar que está ficando isolado e perdendo força.


As posições brasileiras refletem, neste governo Lula, o grito de independência. Quando um jornalista como Élio Gaspari, pressupostamente sem rabo preso (era assim antes de receber convite para passar dois anos em Harvard) afirma que não temos nada com o Oriente Médio, ou com o Irã, está apenas vendendo o discurso do patrão. Do dono. Presta-se a isso.


A ação terrorista de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A é um câncer e se não abrirmos os olhos a AMBEV vai continuar pagando os estudos da filha de José Arruda Serra nos EUA, com a certeza que se o pilantra de São Paulo for eleito presidente da República viramos um Paquistão da vida.


Você acha que a AMBEV é brasileira? Deixa de ser bobo, já foi, não é mais. É como a VALE, dentro de dois anos no máximo transfere sua matriz para um país europeu.


Ou tratamos o câncer terrorista de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A agora, ou a metástase vai nos levar a uma condição sem futuro algum que não a morte como País independente e soberano.


Temos a ver com o Irã sim. Não importa a distância. Temos a ver com o mundo globalizado segundo a ótica dos donos. Temos que optar pela sobrevivência como Nação soberana.


Não é esse simplismo hipócrita de críticas escritas em Washington que vai nos levar a permanecer bípedes, ao contrário dos que já caíram de quatro.


As lições da ação terrorista de Israel estão aí. É só percebê-las. E o mundo não se esgota em nossa geração, existem as gerações vindouras, nossos filhos, netos.


Que Brasil vamos querer para eles? As críticas à política externa brasileira são exatamente porque a política externa brasileira não tira os sapatos, como a de FHC, ou a de Serra, para revistas humilhantes em aeroportos de New York, por chanceleres trêfegos e sem caráter como qualquer Láfer ou Lampreia da vida.


É um exame preventivo que previne e detecta o câncer. Ele está aí. EUA/ISRAEL TERRRORISMO S/A.


O caminho passa necessariamente pela integração latino-americana. Do contrário seremos esmagados como se esmaga a baratas. E se pensarmos bem, baratas são eles.


*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no "Estado de Minas" e no "Diário Mercantil". É colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".

Farinha multimistura pooode!

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O CAÇADOR QUE FOI COMIDO PELO LOBO MAU E A INDIGESTÃO DE CHAPEUZINHO VERMELHO COM A MULTIMISTURA DA VOVÓ

Raul Longo
Foto: Jasmim Losso Arranz

Na floresta da internet, Chapeuzinho Vermelho também é minha correspondente. E ela vai pela estrada afora tão contente que nunca se importou com fome, miséria, crianças subnutridas e nada disso.

Chapeuzinho Vermelho era uma tucana. Boa gente, Chapeuzinho nunca chegou a ser uma demotucana. Mas tucana, era. Talvez até seja ainda, no entanto já me confessou abertamente que, nesse “homem horrível” (palavras dela para se referir ao José Serra), não vota.

Chapeuzinho Vermelho vai votar na Marina Silva. Ela mora em apartamento de bairro chique e urbanizado de Florianópolis, mas acha bonito proteger as florestas.

Por outro lado, se ela não gosta do “falso e mentiroso” (outras de suas qualificações ao Serra), também não simpatiza com o “apedeuta”. Chapeuzinho ainda não aprendeu que a palavra é um adjetivo de dois gêneros e, como todos os demais apedeutos e apedeutas do país, continua xingando o Presidente sem a correta concordância de gênero.

Um erro elementar, mas ao menos tenho de reconhecer que ultimamente Chapeuzinho procura não os cometer nas correspondências que me endereça. Tadinha! Isso a faz ficar tão ansiosa que acaba de me enviar logo duas.

A primeira é o repasse do comentário de alguém de tão preclara desimportância que, para não fugir da história, vou tratá-lo como O Caçador. E caçador é, de fato. Daqueles que ficam caçando pelos órgãos de desinformação do PiG qualquer bobagem que entenda desqualificar o governo Lula. Foi encontrar numa afirmação da Cristina Lobo da Globo um diz-que-diz-que Lula queira ser lembrado como grande estadista como Getúlio Vargas, e o Caçador, querendo se passar por cômico, ficou no ridículo de se perguntar para quando seria o suicídio.

Como as costumeiras bobagens do PiG há muito não despertam maiores interesses, deixei, em minha resposta a Chapeuzinho, esse assunto por último. Mas a outra mensagem trata da suspensão, já antiga, do Programa Multimistura pelo Ministério da Saúde. Isso sim é algo que preocupa e interessa.

Aliás, sempre interessou desde que ouvi falar dos excelentes resultados obtidos pela dieta desenvolvida pela Dra. Clara Brandão, médica do Paraná, para as crianças subnutridas do Pará. A adoção dessa dieta como programa da Pastoral da Terra levou à indicação de Dona Zilda Arns ao Prêmio Nobel. Foram salvas as vidas de centenas de crianças e não entendo porque Gomes Temporão ordenou a suspensão da organização do programa pelo Ministério.

Claro que Chapeuzinho Vermelho nunca teve a menor ideia do que venha a ser a multimistura, de quem seja a Dra. Clara ou a Dona Zilda. Tampouco alguma vez se preocupou com a subnutrição infantil. Chapeuzinho só quer ir estrada afora, muito contente no último modelo de automóvel importado, percorrendo as mais finas docerias e restaurantes da cidade. Mas como há algum tempo circula pela internet o relato de que a Dra. Clara um dia procurou o vice-presidente para pedir auxílio pela manutenção do programa e, apesar de ter feito José de Alencar chorar pelas fotos de crianças esquálidas e visivelmente recuperadas pela administração da dieta, não obteve a reintrodução no Ministério.

Foi aí que Chapeuzinho encontrou um jeito de me assustar com o tamanho da boca do Lobo Mau, embora nem tão grande que dê para melhor comer as criancinhas atendidas pelos demais programas de governo, conforme publicado pela BBC: “...de acordo com o índice (Índice Global de Fome pesquisado pela Unidade Internacional de Pesquisa em Política Alimentar) alguns países demonstraram uma grande melhora nos níveis de subnutrição desde 1990. Em primeiro lugar está o Vietnã, seguido pelo Brasil. Ao citar as medidas adotadas pelo Brasil para a melhora nos níveis de subnutrição, o relatório cita programas do governo como o Fome Zero, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e também o aumento do salário mínimo.”

Além de repassar a Chapeuzinho Vermelho essa matéria pelo link: BBC Brasil - Notícias - Mais de um bilhão de pessoas passam… também contei a ela que tentei e continuo tentando me informar porque o Programa Multimistura foi cortado do Ministério, mas até agora não recebi nenhuma informação confiável e atualizada. Parece mesmo um segredo sobre o qual o Ministério não se pronuncia. Nem mesmo quando inquirido, em 2007, pela revista Isto É.

Apenas posso imaginar que o Gomes Temporão não tenha sido corrompido. Aliás, disso podemos ter certeza, pois, se fosse o caso, certamente a oposição já teria armado uma CPI.

Evidente! Se ao antecessor, no primeiro governo Lula, foi montada uma CPI que o acusava de pertencer à “máfia dos vampiros”, que ele próprio, Humberto Costa, investigava; imagine o Temporão!


O Humberto, apesar de ter iniciado as investigações contra o esquema montado desde 1990 e durante toda a gestão do atual candidato tucano à Presidência, se viu acusado como envolvido naquilo que ele próprio investigava e só foi inocentado agora, em fevereiro deste ano.

Por aí se percebe o poder dessa gente! E no caso do Humberto Costa não ficaram só por aí, não! Também o arrolaram no “Escândalo dos Sanguessugas”, do qual se concluiu não ter qualquer envolvimento, como declarado pelo relator Fernando Gabeira, que, como se sabe, faz parte do triunvirato dos Fefês: Collor de Melo, Henrique Cardoso, e o próprio Gabeira.

Mas lá a coisa é como aqui em Santa Catarina: o governador é investigado por ligação com o tráfico, e a polícia invade a UDESC para dar pancada em estudante que reclama contra aumento de tarifa de ônibus que o prefeito diz ser a mais baixa do Brasil, e todo mundo sabe que é a mais alta.

Absurdo? Pois é! Humberto Costa que investigou as falcatruas no Ministério da Saúde acabou acusado e não se elegeu governador por Pernambuco, mas o ministro do período investigado se elegeu à prefeitura de São Paulo e, apesar de ter pedido que não mais votassem nele se abandonasse o cargo para se candidatar a governador, acabou elegendo-se governador do estado. Aliás, como o foi Maluf, que também pediu que nele não mais se votasse, caso o Pita não prestasse.

Conclusão da teimosia paulista: Pita não prestou e morreu impune. Maluf foi eleito deputado, embora não possa sair do Brasil pelo risco de ser preso por roubar o Brasil. Quanto ao José Serra, todos sabem no que deu.

Absurdo? Vá saber lá por quais absurdos o Ministério da Saúde até hoje não deu explicação pelo fim do Programa Multimistura! Mas, pelo ministro ter-se vendido à Nestlé ou à Procter & Gamble, por certo não foi, pois do contrário teria uma CPI. Ah, isso teria sim, senhor!

E não é por ser do PMDB que o Temporão se safaria de uma CPI, não. Não é, porque em 2008 a bancada de seu próprio partido pediu sua cabeça por ter tido peito de acusar a corrupção na FUNASA, presidida pelo afilhado do líder do PMDB na Câmara.

Interessante observar, aí, é que o líder do PMDB é o Henrique Eduardo Alves, primo do Garibaldi Alves, relator da CPI do Fim do Mundo, aquela dos Bingos, que investigou tudo, menos os bingos. Além do que, ambos os Alves são sócios da Rede Globo no Rio Grande do Norte.

O que é que o PiG tem a ver com a multimistura, não sei. Só sei que a Nestlé e a Procter & Gamble são anunciantes da Globo, mas até onde vai dar esse liame de interesses nem imagino, embora pareça mesmo que o caso do Programa Multimistura da Dra. Clara Brandão acabou enroscando o Temporão.

E olha que o Ministro não é de se intimidar! Enfrentou até a própria mãe, uma senhora lusitana muito da carola, que se aliou à CNBB pra rogar praga no filho quando citou a questão do aborto como problema de saúde pública.

Afora isso o ministro tem se pautado por atitudes corajosas ao enfrentar os preconceitos no atendimento público às diversidades de orientação sexual e na eficiência ao combate de epidemias que se proliferaram ao longo da última década do século XX. Mas na questão do Programa Multimistura deixa a desejar uma explicação, e concordo que devamos cobrá-la, sempre, sob qualquer governo.

Do Serra é bobagem cobrar qualquer coisa. Todos os jornalistas lá de São Paulo que cobraram alguma explicação que não quisesse explicar, o governador mandou demitir. Se (mangalô pé-de-pato três vezes!) esse que você chama de “choque de congestão” for eleito presidente, nós é que seremos destripados como cidadãos inoportunos.

Já na mensagem do seu amigo caçador de besteiras da mídia sobre o comentário da moça da Globo capaz de ouvir todas as conversas que correm por Brasília – como se aquilo fosse uma só esquina – apesar de minhas dúvidas de que Cristina Lobo consiga passar tão despercebida pelos rebanhos dos ingênuos cordeiros do Distrito Federal; caso o Presidente Lula de fato tenha expressado vontade de ser lembrado como estadista pelo seu 2º mandato, ressalta-se aí uma imensa modéstia do nosso governante.

Veja na relação abaixo, se é preciso que termine o mandato para Lula ser considerado grande estadista. Só mesmo na cabeça dessa Lobo Bobo!

- Em 2007 o presidente Lula recebeu o Prêmio Nehru.
- Em 2008 recebeu em Paris o Prêmio Félix Houphouët, oferecido pela UNESCO; ao menos um terço dos vencedores anteriores ganhou depois o Prêmio Nobel da Paz".
- No mesmo ano foi à Espanha receber o 1º. Prêmio Internacional Dom Quixote de La Mancha.
- Em 2009, recebeu em Paris o 1º World Telecommunication and Information Society Award;
- Em 2009, em Londres, recebeu o Prêmio Chatham House 2009 por sua atuação na América Latina;
- Em 2009, em Nova York recebeu o Prêmio Woodrow Wilson for Public Service.
- Em 2009, recebeu, em solenidade na sede da Organização das Nações Unidas, o Prêmio Sucesso Internacional.
- Em Roma, durante a Cúpula Mundial da Alimentação das Nações Unidas recebeu o Prêmio Contra a Fome, da ActionAid, e um par de luvas de boxe pelo sucesso na luta contra a fome no Brasil.
- Neste 2010 recebeu o prêmio de Estadista Global, inédito no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Justificativa: Lula foi eleito para o prêmio por ser um líder político que usou o mandato para melhorar o mundo. Detalhe: foi a primeira vez que o Fórum concedeu um prêmio, em 40 anos de existência.

Em 10 de maio deste ano, em Brasília, o diretor-geral do Programa Mundial de Alimentação da ONU entregou a Lula o prêmio de Campeão Mundial da Luta contra a Fome.

Em sua edição de 23/9/2009, a revista americana Newsweek afirmou ser Lula "o político mais popular do mundo" e que ele era nada menos que a maior estrela da 64ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. "As câmeras podem focar na personificação do americano descolado, Barack Obama, ou nos autocratas exibicionistas e despeitados como o iraniano Mahmoud Ahmadinejad e o venezuelano Hugo Chávez, mas a maior estrela disponível será o duro, barbado e ex-torneiro mecânico", diz o texto.

"É um longo caminho do faminto Nordeste do Brasil para a sala da Assembleia Geral das Nações Unidas, mas o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, conhece cada passo desse caminho", afirmou a Newsweek, completando que o presidente "é considerado agora o líder de uma potência regional e um porta-voz autodesignado para as nações emergentes de todo o mundo".

Em sua edição de 29/4/2010 a Time, revista semanal de maior circulação no mundo, elegeu Lula um dos líderes mais influentes do planeta.

Quanto ao suicídio do Vargas, todos sabem que foi provocado pela insistente perseguição dos entreguistas da mídia liderados por Carlos Lacerda, cuja ausência no cenário político brasileiro foi muito lamentada pelo Fernando Henrique Cardoso.

Mas Lula, mais ainda do que Vargas, termina o mandato com um índice de aprovação popular jamais alcançado no Brasil e no mundo, apesar de todo o esforço do PiG que, ao invés de derrubá-lo, acabou derrubado aos mais baixos índices de audiência e circulação já registrados pelo IBOPE e IVC.

De forma que se o seu amigo se deixou comer pela Cristina Lobo, por ser tão bobo tem mesmo muitos motivos para se suicidar. Bem ao contrário desse nordestino que almoçou todos os que pretendiam lanchá-lo e, pela elegância e educação de não dar sequer um arroto apesar da barriga cheia, continua querido por todo o país e muito além de nossas fronteiras.

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*Raul Longo é jornalista, escritor e poeta. Ponta do Sambaqui, 2886
Floripa/SC. Colabora com a Agência Assaz Atroz e com este "Quem tem medo do Lula?"


Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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