O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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terça-feira, 1 de junho de 2010

Dando nome aos bois: o que houve foi 'pirataria' e 'sequestro'


O número de visitantes do meu blogue deu um salto desde o ataque israelense à flotilha de ajuda humanitária a Gaza.

Sinal de que há uma demanda por jornalismo de verdade, que a grande imprensa não atende.

É simplesmente repulsiva a forma como está sendo noticiado o episódio.



Quase ninguém diz que se tratou de um ato de PIRATARIA. E foi. Não há outro nome para a agressão de um bando armado a embarcações civis em alto mar.

E o que aconteceu com os ativistas que não foram mortos nem feridos pelo bando armado? Terão sido detidos, como se lê e ouve na mídia?

Não, porque o bando armado não tinha autoridade para deter ninguém, muito menos em águas internacionais.

O que houve não passou de um SEQUESTRO. Nem mais, nem menos. Então, nunca existiram 700 pessoas detidas, o que há são 700 pessoas sequestradas.

Se quem as tivesse sequestrado fosse o governo de Chávez, Castro ou Ahmadinejad, a terminologia da mídia, com certeza, seria rigorosamente exata.

Também é um embuste dá-los, agora, como deportados, já que não entraram em Israel por vontade própria, mas sim arrastados por sequestradores. Estão sofrendo mais uma violação dos seus direitos, ao não serem simplesmente soltos para ir onde quisessem, mas sim despachados na marra para um país que não escolheram.



Em se tratando de Israel, os jornalistas pisam em ovos e são obrigados a utilizar os mais evasivos eufemismos.



Depois, existe quem esteja perdendo tempo e desperdiçando espaço com análises sobre a ridícula alegação israelense de que seus assassinos teriam exercido o direito de autodefesa. O que não é sério, não devemos levar a sério, caso contrário nos acumpliciaremos com a desinformação.

Se qualquer barco é atacado por piratas no meio do oceano, a tripulação, sim, reage em legítima defesa.

Os piratas, não. Eles estão simplesmente tentando neutralizar as vítimas, para concretizarem seu intento ilegal.

Se, para tanto, as matam, o que fizeram foi cometer homicídio, por motivos vis. Ou seja, um crime dos mais crapulosos.

Não são questões semânticas: a linguagem também pode servir para atenuar o impacto de episódios escabrosos, facilitando sua absorção e progressivo esquecimento.

Os jornalistas que se mancomunam com esses contorcionismos retóricos, entretanto, não estão sendo imparciais, mas sim amorais. Ao contribuírem para a aceitação do inaceitável, fazem uma opção pela carreira, em detrimento da missão.

Lembremos Brecht: "em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar".

Nove seres humanos valorosos deram a vida para que nada parecesse impossível de mudar. O mínimo que podemos fazer é honrar seu sacrifício.



Assassinos, incoerências e o Brasil


Assassinos, incoerências e o Brasil


Por Laerte Braga (*)


Por Laerte BragaO jornal israelense AL HAARETZ afirma em sua edição de primeiro de junho que a decisão do governo nazi/sionista de atacar uma flotilha que conduzia pacifistas e ajuda humanitária para palestinos na faixa de Gaza foi um crime “contra Israel”.



“Um bando de imprudentes, irresponsáveis e pessoas bêbadas pelo poder decidiu em uma ação que estava fadada a resultar em pessoas mortas e feridas.. O que aconteceu foi um crime, contra Israel. Nenhuma pessoa sensata em Israel ou no exterior vai comprar a coleção de mentiras e pretextos com os quais os responsáveis estão tentando justificar-se”. Nenhuma das vítimas foi autorizada a falar.



Há uma foto divulgada pelo governo terrorista de Israel em que soldados aparecem sendo “atacados” por bastões, por pessoas dentro de um dos navios. Não mostra que os soldados estavam descendo em puro ato de pirataria para ocupar o navio e impedir a ajuda humanitária aos palestinos em Gaza.



Os últimos governos de Israel, além do bloqueio a Gaza, já cortaram a água de parte dos palestinos, racionaram para outros, se apropriaram dessa água em terras palestinas, cercaram a região, construíram um muro, não há alimentos suficientes para todos os habitantes da faixa e nem medicamentos. É genocídio puro, no melhor estilo dos campos de concentração de Hitler.



Essa organização internacional que Israel mantém procurando sobreviventes do nazismo em todas as partes do mundo deveria se voltar para dentro do estado terrorista. Os nazistas estão lá e agora se chamam sionistas. A bandeira é a mesma, só está escondida.



As ações brutais e criminosas não permitem que se pense diferente.



São hordas de assassinos que se escondem atrás de uma legítima defesa que, na prática, defende apenas a opressão, a violência, a barbárie e o roubo, pois se recusam a cumprir resoluções da ONU, acordos internacionais e tomam terras de palestinos.



Têm o apoio dos Estados Unidos que tanto como Israel deixaram de ser nações. São um conglomerado terrorista que se impõe dessa maneira, a violência. ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A.



Vivem desse terrorismo de estado. A gota d’água foi o acordo firmado pelos governos do Brasil, Turquia e Irã sobre o programa nuclear iraniano. Torciam pelo fracasso das negociações conduzidas por Brasil e Turquia para ter a justificativa de mais uma boçalidade, um ataque ao Irã, precedido de sanções econômicas.



As tais armas químicas e biológicas que imputaram a Saddam, na verdade, foram usadas sim, na guerra Iraque e Irã, quando os EUA sustentou o governo iraquiano com armas dessa natureza. E são usadas por soldados da própria empresa ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A contra iraquianos e afegãos.



São assassinos, são cínicos, são terroristas.



No Brasil a senadora Marina da Silva, pré-candidata do PV – Partido Verde – à presidência da República, criticou os termos do acordo firmado pelo Brasil, Turquia e Irã e fez menção a uma suposta maneira de agir dos iranianos, qual seja a de fugir de compromissos e responsabilidades.



Está se saindo melhor que a encomenda (é braço da candidatura José Arruda Serra, não é respeitada nem em seu partido, a seção fluminense omitiu seu nome no lançamento do candidato Gabeira, triste fim para alguém que foi ministra do governo Lula até poucos meses atrás e agora acha que está tudo errado).



Dizer que Marina busca o poder pelo poder? Claro que não. A despeito de todo o seu passado íntegro e militante pelo meio-ambiente, vai se transformando em uma espécie de Roberto Freire, uma espécie de carregador de malas de José Arruda Serra. Não enxerga além de uma realidade que só será objeto de políticas concretas se dentro de uma totalidade que a senadora parece não perceber, ou não quer perceber.



Deve ser a tal privatização da Amazônia defendida por FHC e naturalmente nos planos de José Serra. O que chamam de sustentabilidade é isso.



Marina vai como que num labirinto, seguindo o rastro de milho deixado pelo candidato tucano.



A posição do Brasil sobre o crime cometido por Israel contra pacifistas oriundos de todas as partes do mundo foi correta e perfeita. O presidente Lula cutucou inclusive os Estados Unidos, parceiro de Israel em ações de terrorismo de estado. O presidente executivo da empresa ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A não condenou Israel, apenas lamentou.



Os maiores acionistas da empresa são os grupos sionistas e Obama, uma espécie de sou, mas quem não é, espertalhão, oportunista, prefere lamentar o fato.



A brasileira que estava a bordo de um dos navios e está detida em Israel aguardando ser deportada para o seu país disse que foi mal tratada junto com outros tripulantes e passageiros.



É prática dos soldados de Israel. Torturam palestinos, estupram mulheres palestinas, crianças, assassinam idosos, roubam bens, pertences, terras e segundo entendem são o “povo superior”.



Deve ser a superioridade da estupidez.



A exceção do sócio na ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A os outros aliados naturais de Israel foram cuidadosos, mas condenaram a ação. Não há nada que a justifique.



Foi um ato insano, de um governo insano, nazi/sionista e põe fim a qualquer dúvida sobre a natureza dos que governam Israel. São criminosos, assassinos, cometem crimes contra a humanidade.



O mundo inteiro sabe disso, é preciso por um fim a essa crueldade sob pena de cumplicidade.



A pergunta é simples – “somos humanos, ou somos sionistas bárbaros e sanguinários?” –



Não há como escapar desse dilema, dessa pergunta.



A ação contra grupos pacifistas não deixa margem a qualquer dúvida.


*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no "Estado de Minas" e no "Diário Mercantil". É colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".

Anistia Internacional: O Ataque à Frota


Anistia Internacional: O Ataque à Frota


Por Carlos Alberto Lungarzo (*)


Por Carlos LungarzoO Secretariado Internacional de Anistia Internacional publicou no dia 31 de maio um comunicado sobre o ataque de tropas israelenses à frota de voluntários em auxílio da população bloqueada de Gaza. O original deste comunicado, em árabe, francês, espanhol e inglês se encontra neste link. A tradução é literal.



É Necessário Investigar os Homicídios Israelenses de Ativistas da Frota de Gaza


Anistia Internacional tem pedido a Israel o início imediato de uma investigação credível e independente sobre os homicídios, executados por suas forças armadas, de pelo menos 10 ativistas da frota organizada para protestar pelo bloqueio israelense da Faixa de Gaza.


“As forças israelenses parecem ter feito uso excessivo de força – manifestou Malcolm Start, diretor do Programa de Anistia Internacional para Oriente Médio e Norte de África- Israel afirma que suas forças atuaram em legítima defesa, pois teria sido atacada pelos ativistas, porém não é credível que os meios letais que foram empregados estivessem justificados. Parecem uma resposta totalmente desmesurada à ameaça que tenha podido ocorrer”.


Anistia Internacional tem pedido às autoridades israelenses que, em primeiro lugar, façam públicas de imediato, as regras de intervenção ditadas às tropas que efetuaram este ataque mortal.


“Os ativistas da frota explicaram claramente que seu objetivo principal era protestar contra a persistência do bloqueio israelense, que constitui uma forma de castigo coletivo, sendo, portanto, uma violação do direito internacional” - assinalou Malcolm Smart.


O bloqueio não afeta especificamente os grupos armados, mas castiga toda a população de Gaza, ao restringir a entrada de alimentos, medicamentos, material educativo e materiais de construção. Seus efeitos são sentidos entre os mais vulneráveis dos 1,5 milhões de habitantes do território: crianças, idosos e doentes.


O bloqueio constitui um castigo coletivo, de acordo com o direito internacional, e deve ser imediatamente levantado.


Em virtude do direito internacional, Israel tem o dever de garantir o bem-estar da população de Gaza, incluindo seu direito a saúde, a educação, a alimentação e moradia adequada.


FIM DO COMUNICADO


*Carlos Alberto Lungarzo é graduado em matemática e doutor em filosofia. É professor aposentado e escritor, autor do livro "Os Cenários Invisíveis do Caso Battisti". Para fazer o download de um resumo do livro clique aqui. Ex-exilado político, residente atualmente em São Paulo, é membro da Anistia Internacional (registro: 2152711) e colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".


Charge: Carlos Latuff

O DIA EM QUE MANÉ GARRINCHA DEU CHAPÉU NA FALTA DE CABEÇA DO JANJÃO BABÃO

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Raul Longo
Foto: Jasmim Losso Arranz

Siqueira, diga aí para o Robson e o Jorge tomarem cuidado! A doença do Janjão Babão, aquela que faz distribuir essas manipulações da informação sem qualquer desenvolvimento de algum raciocínio, pega! E esse texto que o Robson assina como presidente da FAP de Minas Gerais é um exemplo.

Até perdoável que, a partir de certa idade, o aposentado não queira nem saber o que acontecerá além de seus incertos cinco ou dez anos futuros. Compreensível não lhes ser possível calcular quanto os recentes aumentos do salário mínimo tornam os rendimentos mais vantajosos, apesar das reduções previstas pela Reforma da Previdência; do que se recebessem sobre os salários congelados desde 94, mantidos por Serra se eleito em 2002.

Isso sem contar que José Serra promulgaria o projeto da Reforma tal qual imaginado por FHC, reduzindo a contribuição ao sistema pelo empresariado e aumentando aos empregados.

Compreensível que o aposentado que contribuiu ao longo de tantos anos e com menor tempo de jogo à frente, não queira saber dos desvios da Georgina e outros tantos. Ninguém quer pagar por desfalques de sonegadores patronais, entre eles as grandes empresas da imprensa, mas o Robson e o Jorge precisam saber que é essa imprensa sonegadora a que mais insemina estas meias informações que distribuem babando.

É próprio da idade de muitos aposentados e não haveremos de insistir por outro comportamento, mas se o Robson ou o Jorge forem como o Janjão, também sofrem de senilidade precoce e apenas babam informações sem a recomendável e natural mastigação racional.

Afinal, convenhamos, Siqueira, na linha desse desarticulado raciocínio podemos reivindicar tudo. Por exemplo, eu poderia reclamar de falta de investimentos na área cultural que possibilite publicar meus livros ou produzir meus roteiros. Mas ainda sou jovem ou, se não jovem, ao menos saudável o suficiente para deduzir que não se trata de produzir livros e roteiros meus ou de meus amigos e, sim, de desenvolver uma política cultural que, daqui a 20, 30 anos, tenha construído uma nação com capacidade de produção cultural correspondente ao seu significado perante o mundo, tal qual ocorre nos mais importantes países da Europa. Por que não?

Citei aí a Europa ao acaso, mas é exemplo providencial se lembrarmos que nas nações de lá também houve muita polêmica sobre as inevitáveis reformas previdenciárias, tais quais a ocorrida no Brasil na mesma época. Apesar de não terem sofrido tantos desfalques e sonegações, por maior vigilância e responsabilidade que só agora experimentamos – e também pela impunidade muito menor do que a aqui mantida até meados desta década – na Europa também tiveram de calcular redutores previdenciários pelos mesmos motivos que igualmente nos atingem: aumento de longevidade dos aposentados e aumento de jubilados, entre outros fatores que colapsariam o sistema em poucos anos e, assim, obrigaram os governos responsáveis e previdentes a implantar a reforma.

Nesses países também houve políticos que deram a grita e tiveram chiliques eleitoreiros, foram às lágrimas e fundaram “Psois” mundo afora. Mas a verdade é uma só: não adianta o governo destinar verbas para publicações dos meus livros se, primeiro, não resolver o problema da fome e do analfabetismo, pois de que me adianta livros na prateleira? Quero é que me leiam e para que me leiam preciso de leitores. Não de prateleiras.

Janjão Babão não conseguirá estabelecer a relação de raciocínio analógico que tento aqui, mas insista com o Robson e o Jorge até que percebam que povo faminto e analfabeto não tem condições de ler nem de ir ao cinema, então de nada adiantaria ficar reclamando por essas verbas dedicadas ao fomento do mercado exterior que lamentam aí, pois eu e meus amigos não seríamos beneficiados nem mesmo que o governo aplicasse tudo no que produzimos. E para aplicar na justa retribuição aos que passaram a vida contribuindo, é o mesmo caso. Porque se, compreensivelmente, o aposentado conta com o benefício pelos anos ou décadas que lhe restam, o governo responsável há de pensar nas próximas gerações de aposentados.

E haveremos de tê-los devidamente remunerados na integralidade do que hoje fazem por merecer. Esses aposentados do futuro, comovidamente agradecerão o esforço dos atuais e, muito mais comovidos do que se agradecessem apenas a integralidade mensal de seus igualmente merecidos salários, agradecerão pela sobrevivência do sistema previdenciário.

Provavelmente ninguém mais se lembrará qual terá sido o governo que assumiu essa responsabilidade, mas mesmo que não esteja vivo para testemunhar, se o Robson utilizar algo de suas potencialidades cerebrais, poderá imaginar esse futuro ou concluir em quão exíguo tempo a realidade do sistema previdenciário de 2002, poderia se tornar seu presente. Um pesadelo pelo qual Janjão baba na fronha todas as noites.

Estimule o Robson e o Jorge a raciocinar quão mais inacessível se tornaria a atual situação previdenciária, na continuidade do engessamento do país com aquele espetacular e internacionalmente notável nível de desemprego promovido pela política neoliberal, ainda defendida pelo último militante do candidato José Serra. Estimule-os a calcular em quanto mais se inviabilizaria o sistema com a queda de contribuições pelo desemprego e baixos salários.

Estimule-os! Pois esclerose do tipo da do Janjão Babão, o último dos militantes demotucano, é coisa que pega, mas se a superarem serão capazes de concluir por eles mesmos e sem ajuda de suplementos geriátricos que, ao ajudar na solução da crise europeia através da Grécia, o governo também está investindo, e de forma muito mais efetiva, na progressão do sistema previdenciário, pois assim como não adiantaria investir em minha geração de escritores e produtores culturais, sem imaginar uma progressão futura para a arte e a cultura brasileira, não adianta coisa alguma deixarmos que o mundo se lasque para melhor remunerar nossos aposentados de agora. Remunerar até quando, se não teremos uma Europa para adquirir nossos produtos agrícolas, manufatureiros ou industrializados? Incluindo os nossos produtos culturais.

Até quando, Siqueira, poderemos sustentar nosso crescimento se não tivermos nos países vizinhos, como a Bolívia, parceiros necessários às nossas eventuais deficiências, como a de gás natural?

Que atendimento poderemos oferecer a outras prementes necessidades desses senhores aposentados, como a saúde, por exemplo, em que mundialmente se destacam os avanços e conhecimentos de países como Cuba?

Ajude-os, Siqueira, a entender o óbvio. Evidente que essas colaborações do governo brasileiro no exterior não são meros presentes e, sim, investimentos humanitários. Nunca país algum ajudou o Brasil a fundo perdido e nem nós o poderíamos fazer, ainda que algum governo quisesse.

Ajudamos, sim, a enriquecer os Estados Unidos, a Inglaterra, a Alemanha e outros, mas estes também tiveram de pagar comissões. Das quais muito pouco ou nada foi revertido para o povo, o cidadão, o contribuinte. No entanto, que Robson não se engane, pois que eles pagaram, pagaram sim, não o valor devido, nem a quem de direito, mas pagaram.

Agora, se o Robson recebeu alguma parcela dessas comissões, já não está aqui quem falou! Afinal, por aí se explicaria a autoria do texto injustificavelmente distribuído pelo Jorge, este sim, único a se manter babão qual Janjão. Mas, do contrário, ajude ambos a vencer a síndrome esclerótica do Janjão Babão, para que consigam perceber, nas evidências da realidade mundial, não haver possibilidades para que cidadãos de qualquer atividade ou em inatividade se mantenham no atraso ao qual o Brasil foi manietado por tão longos anos, atraso esse agravado naquele período compreendido entre 1994 e 2002.

Exemplo evidente está na atual dificuldade de acompanharmos a promoção de nosso próprio crescimento, por déficit de mão de obra qualificada, técnicos especializados, engenheiros e peritos que atendam à demanda de nossas atividades produtivas.

E o Jorge e o Robson a distribuírem estupidez sobre o PRO-UNI como qualquer Janjão Babão! O que é isso agora? Virou religião? De último eleitor do José Serra, Janjão se tornou o guru de nova seita de zumbis que têm no babador o símbolo máximo! Quanto mais idiotices se distribuir pela internet e menos se raciocinar sobre o conteúdo e as reais intenções daquilo que se distribui, mais próximo se está de alcançar o Babador Dourado.

Façam-me o favor! Gente adulta agindo pior do que criança aliciada por pedófilo. Que coisa mais vergonhosa!


Pra finalizar, vou te pedir outro favor, Siqueira. Repasse para o Robson e o Jorge o que vou te contar.

Em 1983 eu estava no Chile. País e povo adorável, de cordialidade e disposição de espírito com muitas similaridades em relação ao brasileiro, me fazendo sentir uma profunda vontade de promover intercâmbios culturais entre nossos países; até porque, então, era raro um brasileiro por lá, e nos tinham uma sensível e comovente admiração, embora tão pouco soubessem de nós quanto nós, deles. Mas viviam perguntando sobre atores e atrizes das novelas que a Globo exportava para lá, e eu tentando demonstrar que aqueles enlatados não correspondiam à nossa realidade, não passavam de bobagens comerciais, pseudocultura.

Um ou outro jovem chileno conhecia as músicas do Chico Buarque ou do Milton Nascimento e, aí sim, encontrava onde estabelecer paralelos com Victor Jarra e Violeta Parra, entre nossas difíceis histórias de resistência aos regimes nazistas das ditaduras militares que nos vitimavam. Mas ainda me faltava encontrar os fundamentos, as razões de tamanha admiração e carinho pelos brasileiros, enquanto reclamavam de argentinos, peruanos e bolivianos. Lembro ter deduzido, brincando com alguns amigos chilenos: “- Si tuviera una frontera entre nosotros, tampoco gustarían de los brasileños.”

Mas na manhã do dia 21 de janeiro daquele 1983 é que percebi a verdadeira e única razão de, apesar de tão menosprezados pelos espoliadores internacionais que mantinham negócios com os governantes de nossa ditadura militar, ainda despertávamos o interesse de povos e instituições bem intencionadas. Porque ainda insistiam em relações honestas com nosso país.

Honestas relações que, sem dúvida, muito nos ajudou a manter a sobrevivência de alguma dignidade como nação, mesmo quando nos surrupiavam minérios por transamazônicas hoje tão esquecidas, aqui e no Chile, quanto as novelas da Globo daquela época. E um honesto interesse que sobreviveu mesmo depois de piratearem com tanto descaramento nossos potenciais, patrimônios e rentáveis empresas públicas abandonadas e sucateadas para subavaliação de contratos de privatização, em troca de serviços e atendimentos superfaturados aos cidadãos.

Antes e muito depois daquele ano de 1983 diversos foram os desfalques ao povo brasileiro, mas graças a esses que promoviam e conquistavam algum interesse e respeito ao Brasil, muitas instituições nacionais sobreviveram mesmo quando estávamos lá no fundo do poço, com uma dívida enorme e apontados como o menos confiável país do mundo pra qualquer tipo de investimento.

Ninguém pode afirmar com absoluta certeza, mas é bastante possível que até mesmo a Previdência Brasileira tenha sido beneficiada por estes pioneiros que, antes do Presidente Lula, foram os primeiros a sair pelo mundo promovendo uma imagem mais digna desse nosso país, valorizando nosso povo, demonstrando não sermos apenas o país da miséria social, dos frequentes e violentos atentados contra os direitos humanos nos calabouços de quem deveria garantir nossa segurança e bem-estar.

Lembra-se, Siqueira, quem nos emprestava algum valor como povo, mesmo quando Gonzaguinha tinha de cantar que não estávamos com a bunda na janela para passarem a mão nela? Mesmo quando, mais do que o Maradona, o então Ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, nos tratava como moleques, e aos nossos governantes como tratantes sem palavra.

Lembra-se, Siqueira, quanta dignidade nos emprestaram as chuteiras de nossos jogadores de futebol, mesmo quando nosso principal representante no exterior, o Celso Lafer, se submetia a tirar os sapatos para ser revistado como suspeito sempre que chegava em aeroporto dos Estados Unidos?

Está lembrado, Siqueira? Pergunte ao Robson e ao Jorge se eles lembram.

Eu me lembro, Siqueira. Lembro-me muito bem, porque naquela manhã de janeiro de 1983, na sala de café da pensão onde morava e depois nas ruas, durante o decorrer de todo aquele dia 23, fui acometido por chilenos que vinham me abraçar soluçando, chorando. Nas mãos, um exemplar dos tantos jornais e revistas que reproduziam manchetes de grandes noticiários internacionais, lamentando e anunciando a morte de Mané Garrincha.

Além de dia de luto nacional, Pinochet, ainda ditador, não declarou feriado. Mas foi o mesmo que fizesse, pois por uns três dias as pessoas compareciam ao trabalho, e não trabalhavam. Todos lembrando do Garrincha e da Seleção Brasileira no Campeonato Mundial ocorrido naquele país, duas décadas antes.

Como o Robson e o Jorge devem saber, Mané Garrincha morreu pobre e sem aposentadoria. De resto, é só você incentivá-los a parar de babar porque certamente ainda não estão em idade de ficar imitando o Janjão Babão. Mas qualquer neurologista pode adverti-los sobre o futuro de cérebros que não são utilizados.

Muito mais vivo que os zumbis de Janjões, ainda hoje Mané Garrincha é maior merecedor de boa aposentadoria do que esses que não usam a cabeça nem para levar chapéu.

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Depois de tudo isso, a nossa Agência Assaz Atroz recomenda:

"É"

A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...

Né, Gonzaguinha?







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Raul Longo é jornalista, escritor e poeta. Ponta do Sambaqui, 2886
Floripa/SC. Colabora com a Agência Assaz Atroz e com este "Quem tem medo do Lula?"


Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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Uma aula de política nacional em dois minutos e meio







Assista também a "Uma aula de política internacional em 50 segundos"

Xeque à ONU


Por Celso LungarettiTanta gente destaca as semelhanças entre a Alemanha nazista e Israel que nem vou me dar ao trabalho de relacionar os pontos comuns. Saltam aos olhos.

Só acrescentarei um, que até agora tem passado despercebido.

A impotência da Liga das Nações em conter Adolf Hitler levou à sua dissolução.



Se a Organização das Nações Unidas, que a sucedeu, continuar sendo incapaz de enquadrar Israel, também não terá razão nenhuma para continuar existindo.

Que seja dissolvida, pois, evitando dispêndios cuja única contrapartida, nas situações agudas, tem sido a produção de retórica inócua.



Pois o que acaba de acontecer, por mais que a propaganda israelense tente embaralhar e maquilar os fatos, não passou de um ataque pirata, em águas internacionais, contra embarcações que cumpriam uma missão humanitária.



Houve pessoas assassinadas e houve pessoas sequestradas; uma ofensa gravíssima a nações livres e a seus cidadãos.



Isto não pode ser aceito passivamente, de forma nenhuma.



Assim como não poderiam ter ficado sem resposta enérgica os horrores denunciados no Relatório Goldstone.


Assim como não poderia estar sendo permitido que um país com liderança tão insensata e truculenta desenvolva um projeto nuclear sem controle internacional de nenhuma espécie.






Respaldado no poder econômico e de mídia de judeus do mundo inteiro, Israel aplica, há décadas, a lei do mais forte.



A ONU terá de agir da mesma maneira, se quiser ser respeitada: fazendo valer a força maior de que teoricamente dispõe.



Para começar, exigindo o imediato levantamento do bloqueio israelense a Gaza.



Depois, impondo a rigorosa apuração desse episódio de pirataria em alto mar, seguida da não menos rigorosa punição dos responsáveis.



E passando a colocar em mesmíssimo plano, na discussão de sanções contra projetos nucleares clandestinos, os casos do Irã e de Israel.



Ou o que vale para um vale para o outro, ou é melhor deixarmos de palhaçada. Da forma parcial como está equacionando o problema, a ONU perde toda autoridade moral.



Israel colocou a sucessora da Liga das Nações em xeque; cabe-lhe decidir se é mate ou ainda tem fibra para virar o jogo.



Só existe uma certeza: se não sair da posição defensiva, sua derrota será inevitável.



E o mundo virará terra de ninguém, com a prevalência da força sobre a razão, como Israel tudo faz para que aconteça.



Celso Lungaretti, jornalista e escritor

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