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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Histórias da manipulação da mídia

De Getúlio a Lula, histórias da manipulação da imprensa*


Por Altamiro Borges


"O Sr. Getúlio Vargas, Senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar". Carlos Lacerda, dono do jornal golpista Tribuna da Imprensa (01/05/1950).


"Sim, eu uso o poder [da Rede Globo], mas eu sempre faço isso patrioticamente". Roberto Marinho, proprietário do maior conglomerado midiático do Brasil.


Desde a sua origem, a chamada grande imprensa se aliou às forças mais reacionárias da política brasileira. Ela nunca escondeu o seu ódio aos movimentos sociais, seja aos camponeses em luta por um pedaço de terra ou aos operários em greve por melhores salários e condições de trabalho. Diante dos governos progressistas, mesmo os mais tímidos, ela conspirou e pregou golpes. Com raras exceções, ela deu apoio às ditaduras mais arbitrárias e sanguinárias. Através de expedientes sujos, como o denuncismo vazio, chantageou o poder público para obter concessões e subsídios. O discurso da "liberdade de imprensa" sempre serviu aos propósitos ilícitos dos barões da mídia.


Como sintetiza o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, um dos primeiros a alertar para o perigo do golpe militar de 1964, a mídia hegemônica protagonizou todas as iniciativas de desestabilização política dos governos de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart. "A grande imprensa levou Getúlio ao suicídio, com base em nada; quase impediu Juscelino de tomar posse, com base em nada; levou Jânio Quadros à renúncia, aproveitando-se da maluquice dele, com base em nada; tentou impedir a posse de Goulart, com base em nada.. A grande imprensa, em países em desenvolvimento, é a grande porca das instituições" [1].


Elitista e golpista já na origem


Os poucos jornais burgueses que se consolidaram, tornando-se porta-vozes da elite nativa, nunca esconderam sua opção de classe. O Jornal do Brasil, fundado em abril de 1891, dois meses após a promulgação da primeira Constituição republicana, publicou vários artigos pregando o retorno à monarquia. Devido ao seu conservadorismo, a sede do jornal foi atacada por grupos armados e os redatores abandonaram seus postos. Já O Estado de S. Paulo, criado em 1875, até defendeu algumas idéias progressistas na sua origem, como a abolição da escravatura, com a "indenização aos proprietários". Desde o início, porém, o jornal foi um ardoroso inimigo das lutas sociais.


Na revolta de Canudos (1893-1897), o Estadão publicou artigo de Olavo Bilac saudando o cruel massacre dos camponeses. "Enfim, arrasada a cidadela maldita! Enfim, dominado o antro negro, cavado no centro do adusto sertão, onde o profeta das longas barbas sujas concentrava sua força diabólica" [2]. Não poupou papel no ataque às primeiras greves operárias, satanizando os líderes anarquistas. Em 1932, ele insuflou a oligarquia cafeeira paulista num fracassado levante militar. Sob o comando de Júlio Mesquita, o jornal foi participante ativo das conspirações que levaram ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e ao golpe militar que derrubou João Goulart em 1964.


A Folha de S. Paulo nasceu em 1962 da fusão de três jornais - as Folhas da Manhã, da Tarde e da Noite. A Folha da Manhã, fundada em 1921, fez oposição cerrada à chamada revolução de 1930. Tanto que em 24 de outubro daquele ano, a multidão que festejava a deposição de Washington Luís destruiu as máquinas de escrever e os móveis da redação deste jornal. O grupo, dominado pela oligarquia paulista, não deu tréguas para Getúlio Vargas e, já como Folha de S. Paulo, sob o comando de Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira, clamou pelo golpe. Na sequência, deu apoio à "linha dura" dos generais e cedeu suas peruas para levar presos políticos à tortura [3].


A trajetória do primeiro império midiático do Brasil, os Diários Associados, foi mais pragmática. Assis Chateaubriand apoiou "a revolução de 1930, mas apenas no que ela tinha de conservadora - um nacionalismo com cores fascistas... Logo depois da rápida aproximação, ele aderiu ao bloco conservador. Primeiro, ligou-se aos interesses britânicos; depois, aos norte-americanos. Fez campanha contra a criação da Petrobras. Dizia que ‘a exploração dos recursos naturais do país por estatais brasileiras era coisa de comunista’ e que o lema ‘O petróleo é nosso’ era um ‘chavão soviético’" [4]. Chatô apoiou o golpe de 1964 e lançou a campanha "ouro para o bem do Brasil" para legitimar a ditadura e, de forma oportunista, para salvar seu império que afundava na crise.


Os Diários Associados, através de dezenas de jornais e rádios e da primeira emissora de televisão do país, a TV Tupi, criada em 1950, adotaram o estilo do "jornalismo marrom", criado nos EUA no final do século 19 por Handolph Hearst e Joseph Pulitzer. Através de artigos sensacionalistas, Chatô pressionou governos e empresários, arrancando benesses públicas e anúncios publicitários [5]. Seu império midiático foi erguido com base na corrupção ativa. "Chatô fez tudo isso usando estritamente o dinheiro dos outros e os favores do Estado. Ele foi amigo de todos os presidentes: sentia-se dono do Brasil, ou o ‘rei’, como prefere Fernando Morais em sua biografia de Chatô, talvez para enfatizar as arbitrariedades e o absolutismo desse barão da imprensa tupiniquim" [6].


Anarquistas, comunistas e Última Hora


No conturbado período histórico que antecedeu o golpe de 1964, a imprensa ainda não havia se consolidado como poderosa indústria monopolista. Na tardia formação do capitalismo nacional, o jovem movimento operário e sindical investiu na luta de idéias e construiu veículos próprios. Os anarquistas, hegemônicos nesta fase, editaram jornais com expressiva tiragem, concorrendo com os veículos burgueses. Estudos apontam a existência de mais de 500 jornais operários desde o surgimento das primeiras oficinas até a revolução de 1930. O primeiro deles foi o Jornal dos Tipógrafos, criado no Rio de Janeiro, em 1858, como decorrência da primeira greve no país.


Com a crise do anarquismo e a fundação do Partido Comunista, em 1922, "a imprensa anarquista perde espaço e o seu lugar é assumido pela imprensa comunista. Esta será a principal ferramenta de disputa ideológica e política com a nova burguesia industrial e as velhas oligarquias", explica Vito Giannotti. "Em 1946, os comunistas tinham, em quase todos os estados, vários jornais. Oito eram diários: Tribuna Popular (RJ), Jornal do Povo (PE), Hoje (SP), Momento (BA), Democrata (CE), Folha do Povo (PE), Tribuna Gaúcha e Folha Capixaba... Nos subúrbios da capital, no Rio de Janeiro, era comum encontrar brigadas de comunistas vendendo a Tribuna Popular. Entre eles estavam comunistas ilustres, como Oscar Niemeyer, Gregório Bezerra e Graciliano Ramos" [7]. Foi a segunda maior rede de jornais diários do país, superada apenas pelos Diários Associados.


A imprensa anarquista e comunista, porém, foi sempre barbaramente perseguida. Jornalistas e gráficos de esquerda foram presos e assassinados e seus jornais foram empastelados. Para conter o avanço das idéias socialistas, o governo autoritário do general Eurico Gaspar Dutra cassou, em 7 de maio de 1947, o registro legal do Partido Comunista do Brasil - que teve curtos suspiros de vida legal neste período da história. Em 10 de maio de 1948, também cassou o mandato de todos os parlamentares comunistas - um senador, 14 deputados federais e 46 deputados estaduais. Seus jornais foram fechados e 15% dos sindicatos reconhecidos oficialmente sofreram intervenção.


Além destes veículos anticapitalistas, um jornal disputou a hegemonia neste período com as suas idéias nacionalistas - a Última Hora. Criado em 1951 por Samuel Wainer, um judeu nascido na Bessarábia (região situada entre a Romênia e a Ucrânia), o jornal inovou com reportagens vivas, diagramação criativa e um time qualificado de jornalistas. Ele cresceu rapidamente e montou sua rede nacional, com edições em várias capitais. Getúlio Vargas, acossado pela imprensa golpista, investiu pesado neste veículo, reunindo o apoio de empresários nacionalistas, como o banqueiro Walter Moreira Sales e os industriais Francisco Matarazzo e Ricardo Jafet. Instituições estatais, como o Banco do Brasil, também participaram do consórcio que financiou a Última Hora.


A "oligarquia da grande imprensa", como atacava Wainer, não deu trégua ao concorrente. Chatô, Roberto Marinho e Carlos Lacerda, dono da golpista Tribuna de Imprensa, usaram o artigo 160 da Constituição, que proibia estrangeiros de serem donos de jornais, para exigir o fechamento da Última Hora. Em 1953, eles arrancaram a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a origem e o financiamento do jornal. Wainer se defendeu num documento intitulado "O livro branco da imprensa amarela", mas chegou a ser preso. O suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, levou multidões às ruas e fez a Última Hora vender 700 mil exemplares. Na seqüência, o jornal deu irrestrito apoio a João Goulart até sua deposição em 1964.


Uma das primeiras ações dos generais golpistas foi cassar os direitos políticos de Samuel Wainer, que se exilou na Europa. Outros veículos nacionalistas e de esquerda, como A Classe Operária, fundado em 1925, também foram fechados. O regime militar uniformizou a imprensa brasileira. Somente a mídia conservadora, de direita, pôde prosperar. Nos primeiros anos da brutal ditadura, prevaleceu o clima da "paz dos cemitérios". A liberdade de expressão, e não a falsa "liberdade de imprensa" dos empresários do setor, foi suprimida com truculência. Aos poucos, organizações e jornalistas progressistas reuniram força e coragem para erguer a heróica imprensa alternativa, com jornais como O Pasquim, Opinião e Movimento [8]..


NOTAS


1- "Wanderley Guilherme dos Santos analisa a crise". Entrevista para Maurício Dias. Revista Carta Capital, 17/06/05.
2- Maria de Lourdes Eleutério. "A imprensa a serviço do progresso". História da imprensa no Brasil. Editora Contexto, SP, 2008.
3- Ler o artigo "A morte do ‘democrata’ Octavio Frias", na página??? deste livro.
4- "Meias verdades". Retrato do Brasil. Editora Manifesto, MG, 2006.
5- Ana Maria de Abreu Laurenza. "Batalhas em letra de fôrma: Chatô, Wainer e Lacerda. História da imprensa no Brasil. Editora Contexto, SP, 2008.
6- Bernardo Kucinski. "Chatô: o poder da chantagem". Revista Teoria&Debate, março/abril de 1995.
7- Vito Giannotti. História das lutas dos trabalhadores no Brasil. Editora Mauad, RJ, 2007.
8- José Carlos Ruy. "Alternativos: imprensa de resistência". Revista Princípios, agosto de 2007.


*Este texto compõe as páginas 71 a 76, cap. 4, do livro "A ditadura da mídia", do jornalista Altamiro Borges, membro do Comitê Central do PCdoB.

Trevas Medievais: Irã já assassinou 2 e vai matar mais 9


Por Celso Lungaretti


O Governo do Irã já executou dois cidadãos envolvidos com as manifestações de protesto contra fraude eleitoral na reeleição do ultraconservador presidente Mamhoud Ahmadinejad e promete mais nove execuções para os próximos dias.


É cruel. É bárbaro. É grotesco. É inconcebível. É inaceitável. É infame. É repulsivo.


Uma das primeiras noções de justiça a que os homens chegaram, em tempos imemoriais, foi a do olho por olho, dente por dente.


E, ao longo dos séculos, consagrou-se o entendimento de que só crimes capitais devem ser punidos com a pena capital.


Mais recentemente, os cidadãos de países realmente civilizados abandonaram até mesmo este pretexto para assassinarem legalmente seus semelhantes.


Alguém perguntará: a Justiça dos EUA não é civilizada?


Respondo: quanto a isto, não. De jeito nenhum!


Permanece ancorada na mentalidade vingativa e autoritária, bem ao estilo de uma nação moldada por fanáticos religiosos que a Inglaterra expeliu por não suportar mais sua intolerância.


Marx estava certo, a trajetória da humanidade é uma marcha para a civilização, à qual vamos penosamente ascendendo degrau por degrau, a despeito dos retrocessos transitórios.


Regimes fundamentalistas não passam de excrescências medievais num mundo que se tornou capitalista e, hoje, enfrenta o desafio de trocar a primazia do lucro pela do atendimento das necessidades humanas ou perecer.


Encaram governos como expressão de desígnios superiores, daí punirem com a morte quem os tenta derrubar, porque ofenderam a divindade.


O crime imputado aos 11 foi exatamente este: o de "inimigos de Deus".


É um problema de cultura? Devemos respeitar o primitivismo, deixar que os povos atrasados se trucidem à vontade? Se os indigenas ainda praticassem o canibalismo, o certo seria cruzarmos os braços enquanto eles se banqueteassem com os inimigos derrotados?


O pior é que nem de longe existe unanimidade no Irã. Muitos resistem -- e se parecem muito com os estudantes que faziam passeatas de 100 mil no 1968 brasileiro! As execuções estão servindo para os intimidar.


Israel e os EUA municiam a oposição a Ahmadinejad? Provavelmente, sim.


Mas, daí a concluirmos que o governo por ela formado seria subserviente a ambos vai uma grande distância.


Os franceses também apoiaram os estadunidenses em sua luta pela independência (para atingir os interesses de seus inimigos ingleses), mas, nem por isso, o governo resultante foi capacho da França.


Salta aos olhos que quem está nas ruas do Irã encarando a morte de peito aberto, o faz por idealismo. São esses os nossos iguais, não os déspotas e os carrascos.


Revolucionários não podem compactuar com essas execuções, crimes hediondos, pois estarão atirando no próprio pé: quem corre mais risco do que nós, de ser executado por tentar derrubar governos?


A rua é sempre de duas mãos. O que Ahmadinejad faz hoje inspirará os Pinochets de amanhã.


Celso Lungaretti é jornalista, escritor e ex-preso político. Mantém o blog "Náufrago da Utopia", é autor de livro homônimo sobre sua experiência durante a ditadura militar e colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?"

3 de Fevereiro no Brasil e no mundo

Dicionário da Sônia*


3 de fevereiro
1969 Morte: Eduardo Mondlane, fundador da Frelimo - Frente de Libertação de Moçambique, assassinado por agentes da ditadura de Salazar, na Tanzânia, com uma encomenda-bomba.


1990 Frederick de Klek, presidente da África do Sul, anuncia medidas como o fim da pena de morte, a soltura de presos políticos não envolvidos em mortes ou atos de terrorismo, mas Mandela exige mais concessões para ser libertado.


1994 Morte no campo: Adair, Iracy, Osmar, Áurea e Alcides Magave, posseiros assassinados por Orival Q. Ferreira, Alfredo Barata Lobato, Gilberto R. Silva, Ronaldo Santiago Costa, a mando de Aderbal Limeira Távora, no AP, 3 executores condenados em 14/10/2003, mas o mandante escapa.


1995 Início da obra de despoluição da Baía de Guanabara, prevista para durar 5 anos e, passados 15 anos, com gasto de R$ 2 bilhões, não cumpriu as metas ambientais estabelecidas.


1995 José Mauríco Conti, juiz, autoriza que seja feita uma auditoria em todas as contas bancárias do ex-governador de SP, Orestes Quércia, responsabilizado por prejuízos causados ao erário.


1995 Entra em colapso o mais antigo banco de investimentos inglês de 232 anos, o Barings Bank, quando Nick Leeson, operador financeiro, perde US$ 1,4 bilhão em especulação primariamente em contrato de futuros.


2003 Tony Blair, Premier britânico, diz haver provas inquestionáveis de que o Iraque tem armas de destruição em massa.


2006 Petrobras anuncia que pela 1ª vez em sua história, as exportações de petróleo superam as importações.


2006 Hugo Chávez, presidente da Venezuela, viaja a Cuba para receber prêmio da UNESCO.


2006 Moçambique quer criar universidade de medicina com apoio de Cuba.


2007 Brasil investiga 500 patentes nos EUA, Europa e Ásia relacionadas a espécies minerais e animais brasileiras, para sustentar ação junto a OMC.


2009 Pesquisa CNT/Sensus: Lula tem 84% de aprovação dos brasileiros, e 12,2% de desaprovação. Seu governo recebeu avaliação positiva por 72,5% dos entrevistados, contra 5% de avaliações negativas, melhor avaliação de um governo em toda a série histórica.


2009 TRE-RJ pede às TVs Globo e Bandeirantes informações a respeito de campanhas publicitárias nacionais da Sabesp - Companhia de Saneamento de São Paulo, já que é uma empresa pública estadual, sem prestação de serviço fora do estado de SP. Só à Globo foram pagos R$ 7,450 milhões para veicular campanha nacional, um possível uso da máquina estadual para favorecer a provável candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência.


2009 Farc - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia libertam ex-governador colombiano, Alan Jara, seqüestrado há 7 anos, que em entrevista coletiva acusa o presidente Álvaro Uribe de não fazer nada pela libertação dos presos.


*Sônia Montenegro mantém o blog "Farmácia de pensamentos" e é colaboradora do blog "Quem tem medo do Lula?"

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