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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Folha tenta justificar a sua lambança e se desmoraliza ainda mais


A redação tenta, mas não consegue justificar a última traquinagem do Otavinho... Balanço final do "Benjamingate"*: Não dá para não tapar o nariz


Por Celso Lungaretti


Eu nem pretendia escrever mais sobre o tiro que Cesar Benjamin deu no próprio pé, ao se deixar utilizar como azeitona na empada da Folha de S. Paulo, mas não resisto a esta Nota da Redação ridícula que o jornal acaba de cometer:

"A Folha avaliou que era de interesse público publicar [grifos meus: o vocabulário é tão limitado quanto a argumentação...] o artigo. Trata-se do depoimento de uma pessoa com credibilidade, que atuou na cúpula do PT e que narrava uma conversa com o então candidato à Presidência. O texto não afirmava que o ataque havia ocorrido, mas que o candidato relatara a ação".

Em primeiro lugar, o jornal afinal admite, implicitamente, que o ataque não ocorreu. Só que esconde sua ambígua mea culpa no Painel do Leitor, depois de haver trombeteado a acusação falsa numa página inteira. As boas práticas jornalísticas exigiriam que desse ao restabelecimento da verdade o mesmo destaque concedido à mentira desmascarada.

Quanto aos critérios editoriais enunciados, ensejam mais um questionamento: e se Lula, da mesmíssima forma, houvesse relatado sua viagem a Marte, seria "de interesse público publicar o artigo"? Qualquer bobagem que o Lula diga e uma pessoa com credibilidade reproduza, é digno de publicação nas páginas da Folha?

Ora, tratava-se de uma tentativa de estupro, em local com muitas testemunhas. Então, das duas, uma:
- ou realmente ocorreu e cabia à Folha comprová-la, com depoimentos da vítima, dos companheiros de cela e dos carceireiros;
- ou não ocorreu e a Folha jamais deveria ter dado tanto espaço, para que se aludisse com tamanha dramaticidade, a um não acontecimento, potencialmente dos mais danosos à imagem do presidente da República.
Trocando em miúdos, se o ataque não ocorreu e "o então candidato" apenas "relatara a ação", então, evidentemente, tratou-se de uma brincadeira, de uma piada. E isto deveria estar expresso de maneira inequívoca no texto.

Porque há uma grande diferença entre um presidente que faz gracejos de mau gosto e um presidente que tentou estuprar "o menino do MEP". E a Folha sabe muito bem disto.

Para fingir que não praticou um jornalismo manipulador e irresponsável, a Folha novamente subestima nossa inteligência. E se desmoraliza ainda mais.

Ou seja, a fábrica de factóides da rua Barão de Limeira está especializando-se em manipular episódios obscuros para afixar etiquetas falaciosas em personagens políticos: Dilma Rousseff, sequestradora; Lula, estuprador.

Agora, a propaganda enganosa da direita vai martelar essas acusações mentirosas até que passem por verdade, como ensinava Goebbels.

Colaboração enviada por Celso Lungaretti, jornalista e escritor, que mantém o blog "Náufrago da Utopia"

*E você sabe o que Ben Bradlee (editor-chefe do caso Watergate) faria numa situação dessas? Luís Nassif responde.
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